domingo, 22 de setembro de 2013

DEPERO, Fortunato (1892-1960). Futurismo.

 


DEPERO, Fortunato (1892-1960).
 


O artista multimídia italiano Fortunato Depero nasceu em Fondo, Val de Non, na região italiana do Trentino e morreu em Rovereto. Depero foi multimídia: artista gráfico, pintor, escultor, desenhista, designer publicitário e industrial, escritor e artista têxtil, ele estudou na Escola Real Elizabetana (Rovereto).
 
 
 No início da vida profissional a obra de Depero evolui na direção do Realismo Social associado ao Simbolismo (1907-). Depero conheceu o grupo do Futurismo (1913) e expôs na coletiva realizada na Galeria Sprovieri (Roma, 1914). Depero participou dos eventos Futuristas com o artista plástico Giacomo Balla (1871-1958); a sua participação foi destacada nas várias mostras coletivas do Futurismo Marinettiano (1913-1935).
 
 
 
Na pintura Depero realizou forte síntese angular e geométrica dos motivos, na maioria baseados nas formas das plantas, insetos, flores e animais. Esses temas foram tratados com grande diversidade de contraste de cores, intensas e brilhantes, uma das características das obras do Futurismo italiano (v.).

 
Depero escreveu o Manifesto da Reconstrução Futurista do Universo, assinado pelos Artistas Futuristas Abstracionistas (1915). Depero criou a cenografia e figurinos para os balés Smenoff, Mimismagia (1916) e Zoo (1919), que ofereceu para os Balés Russos de Sergey Diaghilev: as obras nunca foram encenadas. Neste período Depero continuou com sua pesquisa pessoal, construindo conjuntos de obras pictóricas às quais ele acrescentou sons e movimentos cinéticos. O artista produziu Móbiles (1918-1919). Depero escreveu poemas na linguagem que intitulou Onoma, com a característica de inserir a mais pura analogia verbal. Os cenários mais fantásticos e animados mecânicamente foram criados pelo artista para o Balé Plastico [Balli Plastici]. A obra foi encenada por Gilberto Clavel, musicada por Alfredo Casella, com quatro programas: Palhaço [Pagliacci]; O Homem de Baffi [L'Uomo dai Baffi]; O Urso Azul [L'Orso Azzurro] e O Selvagem [I Selvaggi], encenado no Teatro dei Piccoli (Roma, 1918).
 
Depero fundou a Casa de Arte (Rovereto, 1919), para a qual ele produziu obras de Arte Aplicada como desenho de mobiliário no seu estilo pessoal multicolorido, que produziu móveis muito originais, laqueados em cores vivas; têxteis e tapeçarias, que sua esposa Rosetta bordou. Na pintura, Depero desenvolveu novo estilo (1917-); e no Desenho ele ilustrou o livro de Gilberto Clavel, Un Istituto per Suicidi (Roma, 1918). Depero propôs novas visões arquitetônicas de cidades suspensas, em uma arquitetura dinâmica e aérea. Depero executou murais nas paredes do Cabaré do Diabo, no Hotel Elite (Roma 1922-1923); ele inventou cenário fantástico que fez muito sucesso, baseado nos DSiversos estados de espírito de complexa simbologia.
Depero passou temporada em Nova York (1928) onde trabalhou como decorador: ele criou interiores para o restaurante Paglieri (1929). O artista voltou a Itália onde fundou o Museu Depero, com suas obras que doou à bela cidade no sopé dos Alpes Tiroleses, no vale da Lagarina (Rovereto).
 
 
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:


V. FUTURISMO, abaixo. 



CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI,M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 465.
 


PIERRE, J. El futurismo y el dadaismo. Madrid: Aguilar, 1968, p. 161.

Nenhum comentário:

Postar um comentário