segunda-feira, 13 de julho de 2015

BIOGRAFIA: ADAMI, Hugo; Pilade Francisco Hugo Adami (1899-1999).

BIOGRAFIA: ADAMI, Hugo; Pilade Francisco Hugo Adami (1899-1999). O pintor, ator, cenógrafo e cantor lírico conhecido como Hugo Adami, nasceu em São Paulo e estudou com Giuseppe Barchitta, na Escola Profissional Masculina do Brás; e, depois, com Georg Elpons (1865-1939), Enrico Vio (1874-1960), William Zadig (1884-1952) e Alfredo Norfini (1867-1944), no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo, 1915). Adami estudou música e tornou-se cantor de ópera, trabalhando durante dois anos na Companhia Leopoldo Fróes, no Rio de Janeiro. Adami participou pela primeira vez do SNBA - Salão Nacional de Belas Artes (1921) e do Salão da Primavera (1923), ambos no Rio de Janeiro; ele viajou para Florença onde estudou arte durante o período de cinco anos (1923-1927). Adami participou da mostra do Novecento (Florença, 1926), na companhia dos pintores Achille Virgille Funi (1890-1982), Mario Sironi (1885-1961), Pietro Marrusig (1879-1930) e Mário Tosi (1895-1979). O artista visitou Paris e participou do Salão das Tulherias (1927). Adami conheceu e estabeleceu amizade com Giorgio De Chirico (1888-1878); ele voltou ao Brasil e expôs na sua primeira mostra individual, na Casa das Arcadas (São Paulo, 1928). A mostra foi comentada por Mário de Andrade (1888-1945), no ensaio publicado no Diário de Notícias. No mesmo ano Adami voltou à Itália, quando expôs na Bienal de Veneza (1929-1931). Adami regressou ao Brasil (1931), para radicar-se em São Paulo, onde foi um dos fundadores da SPAM/ Sociedade Pró Arte Moderna (1932-1935). O artista participou com Flávio de Carvalho (1899-1973) do CAM/ Clube dos Artistas Modernos, fundado (24 novembro, 1932-) por Antonio Gomide (1895-1967), Carlos Prado, Vittorio Gobbis (1894-1968) e Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Adami expôs em outra mostra individual, em São Paulo (1933); o artista expôs no SPBA - Salão Paulista de Belas Artes (1934; 1935; 1936); no penúltimo salão (1935) Adami recebeu a Grande Medalha de Prata e, no último, a Medalha de Ouro (1936). Adami participou da mostra da Família Artística Paulista (1937), juntamente com obras de Alfredo Volpi (1896-1988), Aldo Bonadei (1906-1964), Paulo Rossi Osir (1890-1959) e Clóvis Graciano (1907-1988). Obras de Adami participaram do 2º Salão de Maio (São Paulo, 1938), organizado por Flávio de Carvalho e de outra mostra do SPBA (1940). O artista voltou a viver na Europa (1937-1949) e afastou-se das atividades artísticas (1945-1970). O artista somente voltou a pintar anos depois (1975) e reapareceu no cenário brasileiro a partir da década de 1980 quando participou da mostra Do Modernismo à Bienal, no MAM (São Paulo, 1982); da Mostra Retrospectiva, no MAM (São Paulo, 1986); da Artistas Contemporâneos da Sociarte (São Paulo, 1992; 1993; 1995); da mostra Unidade e Confronto, na Escola Pan Americana de Arte (São Paulo, 1994); da Hugo Adami, 35 Pinturas, no Escritório de Arte Renato Magalhães Gouveia (São Paulo, 1996); e de mostra individual, com apresentação do crítico de arte Mário Barata, no MAM (São Paulo, 1996). A obra de Adami, Sem Título (desenho, nanquim e grafite/ papel, 20,2 cm x 40,5 cm), pertence ao acervo do MAC – USP. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: AYALA, W.: SEFFRIN, A. Dicionário de pintores brasileiros. Curitiba: UFFR - Universidade Federal do Paraná, 1997. 2ª ed., ver., ampl.< 428p. : il., color., p. 19. BARBOSA, A. M. Catálogo Geral de Obras 1963-1993. São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Fundação Bienal, 1993, p. 03. PONTUAL, R. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil. Introdução histórica e crítica de Mário Barata (et al.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559p.: il, retrs. TEIXEIRA LEITE, J. R. T. Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, 1988, p. 13.

sábado, 11 de julho de 2015

BIOGRAFIA: AITA, Zina (1900-1967).

BIOGRAFIA: AITA, Zina (1900-1967). A artista brasileira de origem italiana nasceu em Belo Horizonte e morreu em Nápoles. Aita foi artista plástica modernista, participante da dita, Semana de 22 (São Paulo, 1922). Aita viveu quase sempre na Itália, para onde sua família viajou no período da Primeira Guerra Mundial: a artista estudou com o renomado ceramista Galileo Chini (1873-1956), com ênfase nas técnicas das artes decorativas em cerâmica (Florença). Aita voltou ao Brasil, ocasião em que conheceu Ronald de Carvalho (1893-1935), Manuel Bandeira (Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, 1886-1968), Oswald de Andrade (1890-1954), Tarsila do Amaral (1886-1973), o poeta e futuro diplomata Vinícius de Moraes (1913-1980), participantes do grupo de intelectuais cariocas e paulistas, alguns como Ronald de Carvalho e Oswald de Andrade organizadores da Semana de Arte Moderna. Aita associou-se por grande amizade a Anita Malfatti (1896-1964); logo após a famosa Semana de 1922, a artista apresentou 46 obras, na mostra individual realizada na galeria O Livro, pertencente à Jacinto Silva (São Paulo). A mostra foi sucesso de crítica e levou várias das obras da artista a serem adquiridas por participantes e organizadores da semana como Paulo Prado (1869-1943), Graça Aranha(1868-1931), Nestor Rangel Pestana (18xx-1933), Yan de Almeida Prado (Joâo Fernandes de Almeida Prado, 1898-1989), e o escultor alemão Wilhelm Haarberg (1891-1956). A fotograafia de Zina Aitacom Mário de Andrade, Anita Malfatti e amigos, na inauguração de sua mostra em São Paulo, encontra-se publicada na revista Época (n. 194, especial), mostrando a artista aos 22 anos de idade, jovem e bonita. Aita voltou contra sua vontade para Nápoles, viajando com sua família, radicou-se nesta cidade italiana e dedicou-se a pintura, aquarela (1924-). Aita tornou-se conhecida no país, pois adquiriu e dirigiu manufatura de cerâmica decorativa, na técnica de faiança. A artista expôs suas cerâmicas em Monza e Faenza, onde recebeu o prêmio Assunto Sacro (1930). O Museu Internacional da Cerâmica adquiriu duas obras de Aita para seu acervo (Faenza, 1949). Aita participou de várias mostras coletivas, como a organizada na Câmara de Comércio de Nápoles (1950); da Mostra do Ultramar (1951) e da Exposição de Cerâmica (Pompéia, Itália). A artista participou de mostras religiosas como a do Angelicum, em Milão, que adquiriu a Madonna dela para seu acervo: esta mostra foi itinerante a São Paulo (1952). Aita expôs na Mostra do Meio-Dia (Roma, 1955); na Exposição de Arte Sacra, no Palazzo Real (Nápoles, 1956); na Mostra do Presépio, no Palazzo Baschi (Roma); na Manifestação de Arte Nacional, no Palazzo Real (Nápoles); na individual Cerâmica de Zina Aita, realizada na Galeria de Arte Vanvitelli (Nápoles, 1957), e participou da IV Exposição Nacional de Arte (Roma, 1967). Aita voltou ao Brasil para passar temporada, quando produziu inúmeros desenhos e aquarelas com motivos da flora e fauna tropicais, principalmente pintando figuras de pássaros brasileiros (1953). No entanto, a fase que despertou maior interesse em sua obra foi a pintura que a artista produziu na década de 1920: alguns exemplares de obras desta fase encontram-se nos acervos brasileiros, como o do MAC (USP) e na Coleção Mário de Andrade (IEB - USP), bem como em várias coleções particulares brasileiras. REFERÊNCIAS SELECIONADAS; AMARAL, A. Artes Plásticas na Semana de 22. São Paulo: Perspectiva, 1970, p. 230. ALTMAN, F.; GRANATO, F.; MENGOZZI, F.; GIRON, L. A.; GONÇALVES FILHO, A. 80 anos de Revolução: Semana de Arte Moderna de 1922. Rio de Janeiro: Época, n.194, Editora Globo, 2002, p. 07. AYALA, W.: SEFFRIN, A. Dicionário de pintores brasileiros. Curitiba: UFFR - Universidade Federal do Paraná, 1997. 2ª ed., ver., ampl., 428p. : il., color., p. 16. Graça Aranha. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Esta página foi modificada pela última vez à(s) 19h10min de 7 de junho de 2015. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gra%C3%A7a_Aranha Acesso em: 14 junho, 2015. Manuel Bandeira. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Esta página foi modificada pela última vez à(s) 19h45min de 31 de maio de 2015. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira Acesso em: 14 junho, 2015. Ukrainian Futurism, 1914-1930: A Historical and Critical Study (review). Malynne Sternstein. Modernism/modernity. Volume 6, Number 3, September 1999, pp. 157-159 | 10.1353/mod.1999.0036 Retrieved from: https://www.google.com.br/search?hl=pt&source=hp&q=Ukrainian+Futurism%2C+1914-1930%3A+A+Historical+and+Critical+Study+%28review%29.&gbv=2&oq=Ukrainian+Futurism%2C+1914-1930%3A+A+Historical+and+Critical+Study+%28review%29.&gs_l=heirloom-hp.12...1594.1594.0.5344.1.1.0.0.0.0.266.266.2-1.1.0....0...1ac.1.34.heirloom-hp..1.0.0.Vhtq0HLyFiQ Acessed in: June 06, 2015.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

BIOGRAFIA: GOBBIS, Vittorio (1894-1968).

BIOGRAFIA: GOBBIS, Vittorio (1894-1968). Nasceu em Motta di Livenza, na Itália; foi morar em São Paulo (c. 1924), depois de ter feito cursos de pintura e restauração em Veneza, conhecendo a fundo as técnicas dos velhos mestres. O pintor foi um dos fundadores do CAM [Clube dos Artistas Modernos] e da SPAM [Sociedade Pró - Arte Moderna], juntamente com Flávio de Carvalho (1899-1973), Carlos Prado (1908-1992), Antonio Gomide (1895-1967) e Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Foi Gobbis quem trouxe a cultura européia para as discussões no eclético ambiente cultural paulista, fato que revestiu-se de grande importância para a dinâmica do desenvolvimento da cultura pictórica em uma cidade ainda provinciana. Gobbis dedicou-se ainda à compra, venda, restauração e conservação da pintura de quadros. Gobbis produziu, de acordo com TEIXEIRA LEITE (1988): [...] obra não muito extensa e desigual [...]. No entanto o artista conseguiu esplêndidos momentos: suas obras participaram do Salão Paulista de Belas Artes, onde foi agraciado com Medalha de Prata (1933), Medalha de Ouro (1936) e Prêmio de Aquisição (1956). Gobbis participou do Salão Nacional de Belas Artes (1935), onde recebeu Medalha de Ouro e participou da I e II Bienal de São Paulo (1951; 1953). Na II Bienal Gobbis apresentou as obras Cajus (c. 1953, óloe/ tela, 92 cm x 73 cm), e Caminho da Penha, Vitória, Espírito Santo (c. 1953). O artista produziu obras nas técnicas de aquarela, desenho e óleo; mas seu mérito maior foi citado por Mário de Andrade no seu célebre artigo Esta Família Paulista (1939), no qual o autor enfatizou a importância da presença de Vittorio Gobbis na vida cultural da cidade. Mesmo com todas as medalhas Gobbis não conseguiu livrar-se da pobreza material, que seu espírito e vida boêmia contribuíram para acentuar; o artista morreu esquecido, aos 74 anos de idade, [...] morando por favor num fundo de quintal, num mísero aposento feito de tábuas de caixotes, tão exíguo que mal dava para lhe abrigar o corpanzil [...] TEIXEIRA LEITE, 1988). Duas obras de V. Gobbis, Nu Recostado (1931, óleo/ tela, no MASP) e Negra (1931, óleo/ tela, no acervo da Escola Paulista de Medicina), participaram da importante mostra do Novecento Sudamericano. Relações artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai, com o patrocínio do Instituto Italiano de Cultura, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (31 de agosto - 05 de outubro, 2003). A mostra, que não seguiu critério geopolítico nem cronológico, buscou integrar visualmente as obras produzidas no mesmo período no Brasil, Uruguai e Argentina, comparando-as com obras de artistas influentes do Novecento italiano (v.). Outras duas obras de Gobbis integram o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo: a instituição cultural com magníficas instalações abriga em seu segundo piso obras de sua coleção permanente. Na última sala encontram-se dois quadros de Gobbis, doações de Emmanuel Araújo: a obra Sem título, dita Lagosta (sd, e a citada Cajus com a qual Gobbis participou da II Bienal de São Paulo), a segunda pintura bem mais solta e moderna do que a primeira. Vale a visita para a apreciação dos quadros de um dos primeiros artistas italianos no Brasil, que pertenceu às primeiras vanguardas das terras paulistanas e que deve ser relembrado, Vittorio Gobbis. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ENSAIO. CHIARELLI, Tadeu. Novecento Sudamericano. Relações artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Instituto Italiano de Cultura - Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003. TEIXEIRA LEITE, J. R. T. Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, 1988, p. 220.