quinta-feira, 20 de março de 2014

BIOGRAFIA: DIULGHEROFF, Nikolay (1901-1982).


 
BIOGRAFIA: DIULGHEROFF, Nikolay (1901-1982).
Diulgheroff nasceu em Kyustendil, cidade situada no oeste do Principado da Bulgaria: ele estudou na Universidade de Artes Aplicadas (Viena, Áustria, 1920-1921), na Alemanha, em Dresden (1922), e, em seguida, tornou-se aluno da Bauhaus (Weimar, 1923-1925): ele foi próximo ao Mestre, espiritualizado e expressionista, Johannes Itten (1888-1963). Ainda aluno, Diulgheroff participou de duas exposições coletivas (Berlim, Dresden) e expôs suas obras individualmente na capital da Bulgária (Sofia, 1924).

 
Diulgheroff estabeleceu-se em Turim a fim de estudar Arquitetura na Academia Albertina (1926-1932). O artista foi apresentado a muitos eminentes Futuristas, como Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936), pintor, decorador, fundador do Movimento Futurista de Turim, escritor e editor de várias revistas Futuristas. Diulgheroff associou-se ao Futurismo, trazendo com ele a cultura característica do Construtivismo originário da Europa Central; ele assinou, com o grupo de arquitetos Futuristas italianos Virgílio Marchi (1895-1960), Alberto Sartoris (1901-1998) e Guido Fiorini (1891-1965), o Manifesto da Arquitetura Futurista Dinâmica, estado de alma, dramático (Manifesto dell’architettura dinamica, stato d’animo, drammatica), nova perspectiva racionalista na arquitetura, publicado na primeira página da revista Roma Futurista (Roma, 29 fev., 1920). A versão do documento se encontra reproduzida (HULTEN et al., 1986: 511).

Diulgheroff produziu as monografias La Nuova Archittetura [A Nova Arquitetura] (1931); Il Futurismo [O Futurismo] (1932); Gli Ambienti della Nuova Archittetura [O Ambiente da Nova Arquitetura] (1935). O artista participou do Grupo dos Seis de Turim (Gruppo dei Sei di Torino, 1929-1931), liderados pelo crítico de arte, escritor e arquiteto Edoardo Persico (1900-1936), fundado com Gigi Chèssa (1898-1935) com a adesão de Jessie Boswell (1881-1956), Nicola Galante (1883-1969), Carlo Lèvi (1902-1975) e Francesco Menzio (1899-1979), ao qual se associaram depois dele, Diulgheroff, Felice Casorati (1883-1963), o escultor, pintor e arquiteto Luigi Spazzapan (1890-1958), o escultor Umberto Mastroiani (1910-1998) e arquiteto e designer Carlo Mollino (1905-1972). O Grupo dos Seis de Turim publicou, apoiado por Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936), o único número da revista Futurismo (1924). O coletivo contactou o Grupo da Escola Romana [Scuola Romana] e expôs suas obras na mostra coletiva conjunta, realizada na Galeria La Cometa (Roma, 1930); e, no ano seguinte, em Paris (1931). Na década 1920-1930 Diulgheroff participou das mais destacadas mostras Futuristas, realizadas em Turim, Leipzig, Paris, Florença, Barcelona, Mântua e Veneza.



Diulgheroff colaborou com a receita do Frango Fiat [Pollofiat] e desenhou o interior da Taverna Santopalato, o primeiro estabelecimento dedicado à culinária Futurista: na época, Fillia e Marinetti lançaram o Manifesto da Culinária Futurista (Milão, 28 dez., 1930). Diulgheroff criou cartazes e anúncios para renomadas marcas internacionais como Amaro Cora, Cinzano e Campari. O artista foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Turim, cidade que amou, onde viveu mais de cinco décadas. Algumas obras do artista pertencem ao acervo da Galeria Nacional de Arte Moderna (Roma).
 

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:


 
DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: Il, p. 271.



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