domingo, 28 de abril de 2013

 

 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX. BIOGRAFIA: KOKOSCHKA, Oskar (1886-1980).


PERFORMANCES:
Assassinato: Esperança das Mulheres, Oskar Kokoschka 1909, no teatro, em Viena
Ópera: Assassinato: Esperança das Mulheres, Oskar Kokoschka (Paul Hindermith), 1921, no Landestheater, Stuttgart
 
O artista plástico, desenhista, pintor, cenógrafo, figurinista teatral e performático, nasceu em Pochlarn (Áustria), mas faleceu em Montreux (Suíça). Kokoschka estudou em Viena: ele participou dos famosos Ateliês Vienenses (v.), fundados pelo arquiteto Josef Hoffmann. Kokoschka foi admitido nos ativos círculos culturais, musicais e intelectuais da capital austríaca que frequentou juntamente com seu amigo Karl Krauss (1908-). Kokoschka retratou Krauss e também desenhou o retrato de seu dileto amigo de toda vida, o arquiteto precurssor da moderna arquitetura européia, Adolf Loos (1870-1933).
A arte pictórica de Kokoschka foi influenciada pelo Estilo Jovem [Jugendstil], da ala mais jovem das artes vienenses, assumida pelos 17 artistas do Grupo (Austríaco) dos Jovens [Die Jüngen] (v. no meu Blog: http://arteeuropeiadevanguarda.blogspot.com), que inssurgiu-se contra a rígida tradição acadêmica austríaca nas artes visuais. Gustav Klimt fundou a associação de artistas, conhecida como Secessão Vienense (Wiener Sezession, 1897-1932). O Grupo da Secessão Vienense (v.) publicou a revista de grande repercussão, Ver Sacrum (Primavera Sagrada, Viena, jan. 1898-1899; Leipzig, 1899-1903), o principal meio de divulgação dos associados.

Kokoschka viajou para temporada em Berlim, onde ele trabalhou com a equipe da revista Der Sturm, de Herwarth Walden, que não só publicou seus desenhos, mas também seus textos. No mesmo ano Kokoschka expôs suas pinturas na sua primeira mostra individual realizada na Galeria Der Sturm (Berlim, 1910). Durante curto período Kokoschka participou das vanguardas berlinenses; ele voltou a viver em Viena, onde aderiu ao Grupo da Sociedade Musical (1911), organizada por Alma Mahler, promotora cultural e esposa do famoso maestro e compositor, Gustav Mahler. Dois anos depois Kokoschka viajou para a Itália, quando pintou paisagens pelo caminho.


Durante o período da I Guerra Mundial (1914-1918) o artista foi convocado para servir ao exército; ele foi gravemente ferido e logo depois desmobilizado (1916). Quando Kokoschka recuperou-se ele escreveu Quatro Dramas (Vier Dramen, Berlim, 1919). O artista ocupou o cargo de professor na Academia de Arte (Dresden, 1919-1923), mas resignou (1924).

Kokoschka escreveu algumas peças teatrais, como Drama e Construção [Dramen und Bilder], encenada em Leipzig (Áustria, 1913). Kokoschka encenou a peça teatral de sua autoria, Assassinato, Esperança das Mulheres [Mörder, Hoffnung der frauen], para a qual ele criou os cenários e figurinos; um de seus desenhos cenográficos se encontra reproduzido (GOLDBERG, 2001: 54). Essa peça, que estreou no Teatro dos Jardins da Kunsthaus, foi apresentada com elenco de estudantes que tiveram o único ensaio geral antes da primeira apresentação. Na estréia improvisada, pois o autor mostrou aos atores apenas as linhas gerais da apresentação, predominou o estilo bastante exagerado de atuação, com caretas e máscaras faciais características das performances Expressionistas (Berlim, 1909). Posteriormente esta peça transformou-se na ópera em um ato, homônima, com libreto da autoria de Kokoschka e música de Paul Hindermith (Op. 12, 1919), que estreou com a orquestra sob a regência do maestro Fritz Busch, no Landesteather (Stuttgart, 04 jun., 1921). Pouco depois das apresentações da ópera em Viena e Munique, os textos e os desenhos cenográficos de Kokoschka foram publicados na revista Der Sturm (Berlim, 1910-1932). Os figurinos pareceram estranhos, pois o artista pintou nervos humanos sobre malha colante; desagradaram, irritaram os espectadores da ópera que recebeu a grande carga de oposição. Essa foi uma das primeiras peças das vanguardas austríacas encenada na Alemanha, enquanto que o primeiro performático alemão, Benjamin Franklyn Wedekind, alguns anos antes, quando suas peças foram censuradas no seu país, apresentou-as para a sociedade vienense (1905-).


Depois de sua temporada na Alemanha, Kokoschka viajou para a França e de lá, uma longa jornada levou-o ao norte da África e ao Oriente. Quando passou rapidamente por Paris, Kokoscha vendeu todas as pinturas que ele produziu na viagem para os negociantes berlinenses de arte, Paul Cassirer e Jakob Goldschmith. Kokoschka viajou para Londres através da Holanda e continuou pintando paisagens pelo caminho, além de vistas das cidades por onde passou. O artista passou anos viajando, sempre pintando nos locais de sua estadia, até que, finalmente, Kokoschka voltou para Viena: ele assustou-se ao reconhecer a escalada do nacionalismo mais radical. O artista se auto-exilou-se em Praga (1934), seguindo quatro anos depois para Londres na companhia de Olga Palkovska, que ele futuramente desposou.

No final dos anos 1930, quando ocorreu o grande expurgo nazista, Kokoschka foi tachado de Artista Degenerado (sic); ele pintou o Auto-Retrato Degenerado no ano em que foram confiscadas e destruídas 417 de suas obras (1938; v. Arte Degenerada). Kokoscha publicou o livro O ovo vermelho (Munique, 1940); o artista naturalizou-se inglês (1947), mas voltou a possuir a nacionalidade austríaca (1975).

Kokoschka viajou para a Itália (1948), e, no ano seguinte seguiu para os Estados Unidos (1949). O artista voltou a Europa, quando instalou-se em Villeneuve, cidade próxima ao Lago Genebra, onde viveu seus últimos anos de vida e faleceu. Kokoschka fundou a Academia de Verão, sucesso que permanece até hoje (Salzburgo, Áustria, 1953).


Kokoschka publicou seus Escritos, 1907-1955 (Schriften, 1907-1955; Munique, 1956); ele publicou Acompanhar na Areia Movediça (Spur im Treibsand, Zurique, 1956); a sua autobiografia Minha vida (Mein Leben, Munique, 1971); e A Obra Escrita (Das Schriftliche Werk, 04 vols. Hamburgo: Heinz Spielmann, 1963-1967). Foram publicados póstumamente a Autobiografia I, 1905-1919 (Briefe I, 1905-1919, Düsseldorf: Olga Kokoschka e Heinz Spielmann, 1984).

Obras de Kokoschka participaram da Sala Especial da Áustria, na II Bienal do Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1953), na qual ele expôs 8 de suas pinturas, entre as quais destacamos a Paisagem do Porto de Praga (1937, óleo/ tela, 90 cm x 116 cm, no acervo da Galeria Osteirreichische, Viena); o Nu Feminino Deitado (1922, aquarela/ papel, 52 cm x 70 cm); e 5 gravuras, os retratos de Paul Scheerbart (1909), de Adolf Loos (1910), de Max Berg (sd), de Karl Kraus (1910) e de Herwarth Walden (1912), na técnica de zincografia, além de duas litografias: Encontro (1914) e Jovem Lendo (sd); mais 3 gravuras na técnica de água forte: Duas Pessoas, Galo e Galinha e Cigana, todas do mesmo ano (1925); e a gravura colorida, Retrato da Srta. Gitta (1953).

Gravuras de Kokoschka participaram da mostra Gravura Expressionista Alemã, realizada no Museu Lasar Segall (São Paulo, 18 ago.- 18 set., 1987): O Princípio (1919, litografia a cores, 41 cm x 31 cm), Retrato de Mulher (sd, litografia, 51 cm x 33 cm) e Retrato (1923, litografia, 31 cm x 41 cm), que se encontram reproduzidas no catálogo da mostra. Outra exposição da qual obras de Kokoschka participaram, foi Expressionismo Alemão: Destaques da Coleção Van Der Heydt Museum, realizada no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 8 agosto - 24 setembro, 2000), itinerante ao Museu Lasar Segall (São Paulo, 2000), que trouxe 69 obras Expressionistas do acervo do Museu de Arte de Wuppertal e 121 obras do Instituto Goethe (Stuttgart) e expôs as ditas, Matrizes do Expressionismo no Brasil, apresentando 90 obras dos gravadores brasileiros Lasar Segall, Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo, na mostra internacional que ofereceu visitas monitoradas para o setor educativo, além de publicar elucidativo catálogo.

 

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

GOLDBERG, R. Performance Art: from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 1989,2001. 206 p.: il., algumas color., pp. 52-54. 15 x 21 cm (World of art).
 
CATÁLOGO. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: EDIAM/ Edições Americanas de Arte e Arquitetura, 1a Ed., dezembro 1953, pp. 74-75.
 
 
CATÁLOGO. FEHLEMANN, S. Expressionismo Alemão: Destaques da Coleção do Museu von Der Heydt. Biografias de Antje Birthälmer e Brigitte Muller. Wuppertal: Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, 2000. Rio de Janeiro: Paço Imperial. São Paulo: Museu Lasar Segall, 2000.

CATÁLOGO. Gravura Expressionista Alemã. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1987, pp. 30-38, 188, 209.

DICIONÁRIO. SCHAMALENBACH, W.; GRASSKAMP, W. (Biogr.). German Art of the 20th Century: painting and sculpture 1905-1985. Translated by John Ormond. Munich - Düsseldorf: Prestel, 1987, p. 489.

DICIONÁRIO. THOMPSON, K. A Dictionary of Twentieth-Century Composers1911-1971. London: Farber & Farber, 1973. 666p. 16,5 x24,5 cm, p. 183.

PIERRE, J. L'Univers Symboliste: décadence, symbolisme et art nouveau. Paris: Éditions d'Art Aimery Somogy, 1991, p. 360.


SHORSKE, C. Viena Fin-de-Siècle, Política e Cultura. Tradução de Denise Bottman. Campinas: Unicamp - Cia. das Letras, 1990, pp. 207-209.
 







TESCH, J.; HOLLMANN, J. Icons of Art: the 20th Century. New York: Ekhardt Hollman, Prestel, 1997. 216p.: il., pp. 72, 73.



 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX. 

 LISTAGEM
constantemente revisada e atualizada

dos principais eventos performáticos, Futuristas e Dadaístas, realizados na Bauhaus entre outros, como récitas de balé, espetáculos musicais e de dança, além de performances de arte corporal registradas em filmes e vídeos, lançados pelas vanguardas artísticas ocidentais no século XX.

1895-1930

 
EVENTO AUTOR(ES) (MÚSICO) DATA - LOCAL - CIDADE



Rei Ubu, Alfred Jarry 1895, Théâtre de l’Oeuvre, Paris

Rei Nicoló Benjamin F. Wedekind 1901, teatro particular, Munique

O Livro de Pandora, Benjamin F. Wedekind 1904, censurado, Munique

O Livro de Pandora, Benjamin F. Wedekind 1904, no teatro, Viena

Hidalla, Benjamin F. Wedekind 1905, teatro em Munique

Assassinato: Esperança das Mulheres, Oskar Kokoschka 1909, no teatro, em Viena

Evento Futurista: Rei Bombance, Felipo T. Marinetti 1909, Théâtre de l’Oeuvre, Paris

Evento Futurista: Bonecas Elétricas, Felipo T. Marinetti 1909, Teatro Alfieri, Turim

Evento Futurista: Noite Futurista, Marinetti e Francesco Cangiullo 1910, Teatro Rosetti, Trieste

Evento Futurista: Noite Futurista Marinetti e poetas 1910, Teatro Chiarella, Milão

Evento Futurista: Manifesto dos Pintores Futuristas, Felipo T. Marinetti, Giacomo Balla, Umberto Boccioni, Luigi Russolo, Carlo Carrà, Gino Severini, 8 de março,1910, Teatro Chiarella, Milão.
 
Impressões da África, Raymond Russel 1911, no Teatro Fémina, Paris

Evento  para Les Soirées de Paris: destruição de piano, Luigi Russolo, 1912

Evento Futurista: Grande Noite Futurista, Paolo Buzzi, Palazzeschi, Folgore, Pratella, Soffici, Marinetti, 1913, no Teatro Costanzi, Roma

Evento Futurista: Manifesto Arte do Ruído, Francesco Balila Pratella 1913, Teatro Costanzi, Roma

Evento Futurista: Manifesto, Arte do Ruído, Francesco Balila Pratella 1913, Villa Rosá, Roma

Poema da Atmosfera, Valentine Saint-Point 1913, Teatro Champs Elysées, Paris

Evento Futurista: Palavras em Liberdade, Marinetti, Giacomo Balla 1914, Galeria Sprovieri, em Roma

Evento Futurista: Piedigrotta, Marinetti, Cangiullo 1914, Galerias Doré, Londres

Evento Futurista: Concerto Futurista, Luigi Russolo 1914, Teatro dal Verme, Milão
 
Evento Futurista: Concerto Futurista, Luigi Russolo 1914, no teatro em Londres

Evento Futurista: Máquina de Escrever, Balla, Virgilio Marcchi 1914, no teatro em Roma
Evento Futurista: O Beijo, Síntese Teatral; F. T. Marinetti 1915,  no teatro em Roma 
Um Mês de Poesia, poetas russos 1915, no Cabaré Cachorro Viralata, em São Petersburgo

Balé Triádico, Oskar Schlemmer 1915, no teatro

Evento Dadá: Poesia Karawane, Hugo Ball, 23 de junho, 1916, no Cabaré Voltaire, na Spiegelgasse, Zurique.

Evento Dadá: Poesia Ruidista, O Fim do Mundo, apresentada pela primeira vez por Richard Huelsenbeck Dadá, 1916, no Cabaré Voltaire, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para Três Vozes em Alemão, Inglês e Francês, O Almirante Procura Casa para Alugar, Huelsenback - Janco - Tzara, 1916, no Cabaret Voltaire, Zurique

Evento Dadá: Noite de Música Russa, Hugo Ball e grupo, 1916, no Cabaret Voltaire, Zurique

Evento Dadá, Manifesto: Hugo Ball 1916, no Waag Hall, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para Sete Vozes, Tristan Tzara & sete vozes 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Danças, Sophie Taueber, Susanne Perrotet 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Canções, Emmy Hennings e Hugo Ball 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para Várias Vozes, Hugo Ball e grupo 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Dança do Vôo do Peixe, Sophie Taueber 1917, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá – Grupo da Tempestade [Der Sturm], 1917, Galeria Der Sturm, Berlim

Evento Futurista: Fogos de Artificio, Giacomo Balla (Igor Stravinsky) 1917, no Teatro Costanzi, em Roma

Balés Russos: Parada, Cocteau, Picasso (Erik Satie) 1917, Teatro Champs Elysées, Paris

As Mamas de Tirésias, Guillaume Apollinaire 1917, Conservatório René Maubel, Paris
O Céu Azul, Guillaume Apollinaire 1918, no teatro, em Paris


Evento Dadá: Lançamento do Primeiro Manifesto Dadá, por
Richard Huelsenbeck 1918, Galeria I. B. Neumann, Berlim

Evento Dadá: Lançamento do Primeiro Manifesto Dadá Publicado, Tristan Tzara, julho, 1918, na Sala Zur Meise, Zurique

Evento Dadá: Performance Dadá, George Grosz 1918, Galeria I. B. Neumann, Berlim

Evento Dadá: Manifesto, Richard Huelsenbeck 1918, Café dos Ocidentais, Berlim

Evento Dadá, Dança, Trote, Gerhard Preiss 1918, recinto fechado, Berlim

Evento Dadá na rua, George Grosz 1918, na Kürfurstendamm, Berlim

Evento Dadá: Noite do Clube Dadá, Johannes T. Baargeld 1918, Salão da Secessão, Berlim

Evento Dadá: Mostra Matinal Dadá, Várias performances 1918, no Café Áustria, Berlim

Evento Dadá: Antisinfonia em Três Partes, Efim Golyscheff 1918, no Café Áustria, Berlim

Evento Dadá: Concurso Pan-Germânico de Poesia Dadá, 1918, na Meister Saal, Berlim

Evento Dadá: Fotomontagem Teatral, Richard Huelsenbeck 1918, no Teatro Erwin Piscator, Berlim

Evento Dadá: Conversa Particular de Dois Homens Loucos e uma Lareira, George Grosz e Walter Mehring 1918, porão do Teatro Max Reinhardt, Berlim

Evento Dadá: Orestea com Final Feliz, Walter Mehring 1918, porão do Teatro Max Reinhardt, Berlim

Evento Dadá: Feira, Leitura de poesia por Else Hedwiger, 1918, Galeria Otto Burchard, Berlim

Evento Dadá: Invasão e proclamação de que o Dadá salvaria o mundo, entre outras que mandavam Cristo para o inferno;  por Johannes Baader, em 16 de agosto, ou 17 de novembro, 1918, na Catedral de Berlim, Alemanha.

Evento Dadá: saída triunfal de helicóptero no centro de círculo humano formado por participantes que deveriam escolher o Cristo verdadeiro entre dezenas de personificações que pululavam na Alemanha empobrecida do pós-guerra; por Johannes Baader, no Congresso de Cristo, na Thuringia, 1918.

Noites de Poesia, várias performances, 1918, Café dos Poetas, em Moscou

Noites de Poesia do Grupo 41, performances,1918, Cabaré Fantástico, em Tiflis 

Evento Futurista: Dança Plástica, Gilbert Clavel, Fortunato Depero 1918, Palazzo Odescalchi, Florença

Evento Dadá: Último Manifesto Decadente, Val Serner, abril,, 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Nor kakadou, dança, alunas de Rudolf von Laban 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para duas vozes, Hugo Ball e Kathe Wulff, 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Design, palestra, Viking Eggeling 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá:  A Febre do Macho,Poesia Sinultâneísta para Vinte Vozes, Tzara & 20 vozes 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Danças, SuzannePerrottet/ Kathe Wulff 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Proclamação Dadá, anúncio da morte do Superdadá, e, no dia seguinte anúncio de ressureição, notificando que superou a de Cristo por 48 horas, por Johannes Baader 1919, em Berlim

Evento Dadá: Apresentação-Dadá, Max Ernst e Hans Arp, 1920, em Colônia

Evento Dadá: Apresentação-Dadá, poesia de Jakob van Hoddis, 1920, em Colônia

Feira Dadá: Manifestos, Exposição 1920, Galeria Otto Burchard, Berlim

Evento Dadá: Palestra Performática, Richard Helsenbeck e colega, 1920, Congresso de Psiquiatria, Danzig (Hoje, Gdansk).

Evento Dadá:  Palestra Performática, Viking Eggeling, 1919, Sala zur Kaufleuten, Zurique

Os Gêmeos, Nikolai Foregger, 1920, Teatro das Quatro Máscaras, Moscou

Agitação–Propagandística: Foregger, Vladimir Mass 1920, nas ruas de Moscou

O Espetáculo da Paródia, Sergei Eisenstein, Sergei Yutkevich 1920, no teatro, Moscou

Evento Dadá: Literatura, Tzara e grupo de Breton, Jean Cocteau, Max Jacob, Pierre Reverdy, e André Salmon, Paul Éluard, Théodore Fraenkel 1920, no Palácio das Festas, Paris

Evento Dadá: Programa Matinal Dadá, leitura de 23 Manifestos Dadá, 1920, Salão dos Artistas Independentes, Paris

Evento Dadá: Noite Dadá, Tzara, Breton e grupo 1920, Clube do Faubourg, Paris

Evento Dadá, Tzara, Breton e grupo 1920, Universidade Popular do Faubourg Saint Antoine, Paris

Evento Dadá: Festival Teatral Dadá, Tzara, Breton e grupo 1920, Sala Berlioz, Paris

Evento Dadá: peça teatral, A Primeira Aventure do Senhor Aspirina, Tristan Tzara e grupo 1920, Sala Berlioz, Paris

Evento Dadá: O Passarinho Mudo, Georges Ribemont-Dessaignes 1920, Sala Berlioz, Paris

Evento Dadá: O Ventríloco Desacordado, Paul Dermée 1920, Sala Berlioz, Paris

Evento Dadá: Canibal na Obscuridade,Manifesto de Francis Picabia 1920, Sala Berlioz, Paris

Evento Dadá: Por Favor, André Breton e Philippe Soupault 1920, Sala Berlioz, Paris

Evento Dadá: Vaselina Sinfônica, Tristan Tzara e vinte vozes 1920, Sala Gaveau, Paris

Evento Dadá: O Célebre Ilusionista, Pierre Soupault 1920, Sala Gaveau, Paris

Evento Dadá: Vocês me Esquecerão, A. Breton e P. Soupault 1920, Sala Gaveau, Paris

Evento Dadá: O Sexo do Dadá, Paul Dermée 1920, Sala Gaveau, Paris

Evento Dadá: Grande Baile Dadá, Christian Shad e Val Serner 1920, Salão de Dança, Genebra

Evento Dadá: Grande Noite Dadá,, Manifesto de Picabia 1920, Teatro da Obra, Paris

Evento Dadá: Festival Dadá, Tristan Tzara 1920, Sala Gaveau, Paris

Evento Dadá: Grande Exposição, Manifestos, Poemas, Arte 1920, Galeria Montaigne, Paris

Evento Dadá: Performance, Phillip Soupault e T. Tzara 1920, no teatro, Paris

Evento Dadá - Merz, Kurt Schwitters e grupo 1920, em vigília, Praga

Lírio da Vida, Loie Fuller 1920, em Paris

Cinema: curta-metragem, Loie Fuller 1921, em Paris

Ópera: Assassinato: Esperança das Mulheres, Oskar Kokoschka (Paul Hindermith), 1921, no Landestheater, Stuttgart

Evento Dadá: O Processo de Barrès, André Breton e grupo 1921, Sociétès Savantes, Paris

Evento Dadá: Excursão à Igreja São Julião, 1921, arredores de Paris

Evento Futurista: Teatro da Surpresa, Francesco Cangiullo e Trupe Rodolfo de Angelis 1921, Teatro Mercadante, Nápoles; turnê por Roma, Palermo, Florença, Gênova e Turim

O Rapto das Crianças, Nikolai Foregger 1922, União Artistas de Circo, em Moscou

Balé Triádico, Oskar Schlemmer 1922, Landestheater, em Stuttgart

Eventos Futuristas: os Balés Mecânicos, Ivo Pannagi e  Vinício Paladini 1922, excursão por teatros na Itália, terminado em Paris

Evento Futurista: Ao Modo de Tango, Mássimo Campigli, Anton Giulio Bragaglia, Filippo de Pisis, Ubaldo Oppi, Enrico Prampolini, Ottone Rosai, Carlo Socrate, Sciltian (Alfredo Casella), 1922?, Teatro dos Independentes Experimentais (Roma, 1922-1931)
 
O Gabinete das Figuras, Oskar Schlemmer 1922, no Nationaltheater, Weimar

Evento Dadá: Noite do Coração Barbado, T. Tzara/ Filmes Sheeler 1923, Galeria Montaigne, Paris

Evento Dadá: o Coração Barbado, Tzara/ Filmes de Man Ray, Hans Richter, outros filmes, 1923, Teatro Michel, Paris

Evento Dadá: o Coração à Gaz, Tristan Tzara 1923, Teatro Michel, Paris

Evento Dadá: O Guarda-Roupa Espelhado, Louis Aragon 1923, Paris

Balé Triádico, Oskar Schlemmer 1923, Teatro Nacional, Weimar

Evento Dadá - Merz: Poesia Anna Blume, Kurt Schwitters 1923, em Weimar

Evento Dadá - Merz - Holanda, Kurt Schwitters 1923, em Amsterdã

Evento Dadá - Merz: A Sonata Primitiva [Die Ursonate], Performance, Kurt Schwitters 1924, Salão Kiepenau, Postzdam

Evento Dadá: O Lenço de Nuvens, peça teatral de Tristan Tzara 1924,  no teatro, em Paris

Evento Dadá: Revista-Cinema-Esboço, Francis Picabia e René Clair 1924, Teatro Campos Elísios, Paris

Evento Dadá: Relâche: balé e filme, Francis Picabia e René Clair 1924, Teatro Campos Elísios, Paris

Evento Futurista: Psicologia da Máquina [Psicologia dele Macchine] Vassari (Mix, Silvio), Trupe Rodolfo De Angelis 1924, estréia  no Novo Teatro Futurista, Roma 
 
Evento Futurista: Branco e Vermelho [Bianco e Rosso] (Mix, Silvio), Trupe Rodolfo De Angelis 1924, estréia  no Novo Teatro Futurista, Roma  

Evento Futurista:  Dança do Motor de Propulsão, [La danza dell elica] (Casavola, Francesco), Trupe Rodolfo De Angelis 1924,   no Novo Teatro Futurista, Roma;  excursão na Itália

Evento Futurista: Balé Máquina do 3000, F. Depero (Casavola, Francesco, Canzone Rumorista), 1924

Evento Dadá: O Lenço de Nuvens, peça teatral de T. Tzara 1924, teatro, em Paris

Evento Futurista: Psicologia da Máquina [Psicologia dele Macchine] Vassari (Silvio Mix), Trupe Rodolfo De Angelis 1927, Teatro Arte e Ação, Paris

Evento Futurista: O Êxtase Paradisíaco de Santa Teresa [L' estasi Paradisiaca di Santa Teresa], Vittório Orazzi (Silvio Mix), 1927, Teatro Arte e Ação, Paris

Evento Futurista: Três Momentos [Tre Momenti], Luciano Folgore (Franco Casavola), 1927

Evento Futurista: O Mercador de Corações [Mercanti di Cuore], Enrico Prampolini (Franco Casavola), 1927, Teatro de La Madeleine, Paris

Evento Futurista: Teatro Futurista da Pantomima, Maria Ricotti (Luigi Russolo e Entoarumor), 1927, Teatro da Madeleine, Paris
 
A Festa, Mary Wigman 1928, teatro, em Essen

Balé Triádico; Oskar Schlemmer 1930, no Teatro Metropol, Berlim

Um Conde Persa, Kurt Jooss 1930, no teatro, em Essen

Monumento: Homenagem, Mary Wigman 1930, no teatro, em Essen

A Mesa Verde, Kurt Jooss 1930, Arquivos Internacionais da Dança


 
 

sexta-feira, 26 de abril de 2013





HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX. ARTE CORPORAL EM MOVIMENTO E CULTURA (ALEMÃ) DO CORPO [KÖPERKULTUR] (Alemanha, 1920 – c. 1938). 



O dançarino e coreógrafo Rudolf von Laban começou período de estudos de dança experimental, quando realizou obras independentes que apresentou em grandes teatros na Alemanha, onde foi viver (1920-). O coreógrafo e dançarino deixou as audiências estarrecidas com suas obras: ele apresentou danças coletivas sem música, com acompanhamento de palavras ou coro; danças com temas de sátira política ou cômicas; danças somente acompanhadas de instrumentos de percussão, sendo algumas com nudez parcial ou mesmo total dos dançarinos.


A Arte do Movimento de Laban avançou a cada novo programa, pois o artista propôs desafios a problemas diversos, que resolveu de forma muito original e completamente precurssora. Laban estava convencido que todas as pessôas deveriam poder expressar-se de forma corporal, através do movimento. A teoria de Laban, descrita em vários de seus livros , tornou-se conflitante, de certa forma, com as teorias da Cultura do Corpo, que promovia por toda a Alemanha a valorização do corpo e das atividades físicas. Laban conseguiu estabelecer c.. de vinte Escolas Laban, espalhadas por toda a Alemanha. O artista desenvolveu seu sistema de notação da dança (1928), de modo que todos os alunos de suas escolas sitas nas diferentes localidades, aprendiam o mesmo programa e reuníam-se periódicamente para executarem apresentações conjuntas. As teorias de Laban foram importantes, pois contribuíram na educação básica das crianças alemãs, produzindo o desenvolvimento de seu potencial criativo, associado às artes performáticas. Os ensinamentos de Laban igualmente serviram aos dançarinos adultos, como meio e método para sua atuante profissionalização, tanto na Dança bem como na Performance.
 
O artista inaugurou seu Instituto de Coreografia, que hoje seria visto como instituição que oferecia curso de pós-graduação nas Artes do Movimento. Laban ainda estabeleceu várias ações cooperativas entre todos os tipos de dançarinos visando assegurar seus direitos trabalhistas. O dançarino e coreógrafo estabeleceu associações de dançarinos que protegiam o trabalho do profissional da dança. Laban organizou três Congressos Internacionais de Dança (1928; 1929; 1930). Foram seus alunos tanto Mary Wigman bem como Kurt Jooss: Wigman tornou-se uma dançarina moderna com muito prestígio na Europa, e Jooss destaque da coreografia premiada das vanguardas artísticas (Essen). Com a evolução de seu trabalho, Laban escreveu vários livros sobre a dança: O Mundo dos Dançarinos [Die Welt des Tänzers] (Stuttgart, 1920); Coreografia [Choreographie] (Jena, 1926); Ginástica e Dança [Gymnastik und Tänz], e Ginástica Infantil e Dança [Kinder Gyumnastik und Tänz] (Oldenburg: 1926) e Notação de Dança [Schrifttänz] (Viena, 1928). A maioria dos livros de Rudolf von Laban se encontra traduzida (publicarei  posteriormente, MÉTODO LABAN, Inglaterra, 1939-).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:



ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color. 15 x 21 cm. (world of art).
 
PRESTON-DUNLOP, V. Apud DICIONÁRIO. BENBOW-PFALZ, T.; BERGE, L.; COLLINS, D.; ELERT, N.; FERRARA, M.; HART, K.; MARZUKIEWICZ, M.. TYRKINS, M. International Dictionary of Modern Dance. New York- London: St. James Press, 1998, 


HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX. ARTE CORPORAL EM MOVIMENTO: DANÇA PÓS-MODERNA AMERICANA (Nova York, 1960-1970). 

 

Os Acontecimentos produziram grande impacto na Arte do Movimento –Dança norte-americana. Várias das companhias de vanguarda como as de Merce Cunningham, Trisha Brown, entre outros artistas individuais como Robert Dunn e Steve Paxton, propiciaram a formação do Grupo do Teatro do Judson (v.). e, posteriormente, do Grupo Grande União (v.). Os artistas que viviam em Nova York se envolveram com a Arte do Movimento desde o início da década de 1960. Os mais destacados foram Merce Cunningham, Steve Paxton, Yvonne Rainer, Robert Morris, Robert Rauschenberg. Todos os citados inovaram, criando várias coreografias para os espetáculos nos quais se apresentaram, tanto em apresentações individuais, bem como grupais. As novas coreografias incorporaram nas performances de Dança Pós-Moderna obras de Anna Halprin, Hay, Morris, Paxton, Rainer, Rauschenberg que apresentaram como dança movimentos corporais usuais, diários e habituais, tais como andar, caminhar, correr, pular e rolar, presentes no dia a dia das pessoas comuns.




 
O bailarino e coreógrafo M. Cunningham se sentiu livre para uma ampla experimentação coreográfica, quando incorporou ações da vida diária como em Exchange [Troca] (1965). A barreira existente entre o dançarino amador e o profissional foi eliminada: pessoas comuns que nunca haviam dançado e artistas plásticos, como Robert Rauschenberg e Robert Morris, surgiram no contexto da Dança Pós-Moderna sem serem ridicularizados.

Os Acontecimentos atuaram como elementos de confronto: no papel principal, o que ocorreu também nos movimentos anteriores com os eventos Futuristas e Dadaístas. O principal local de convergência das vanguardas da Arte Corporal foi a cosmopolita Nova York. Vários artistas iniciaram esse movimento na contracultura norte-americana e participaram do grupo inicial: Vito Acconci, Lucinda Childs, Robert Morris, Bruce Nauman, Steve Paxton, Yoko Ono, Yvonne Rainer e CaroleeSheneeman, entre outros. Nessa época desapareceram as fronteiras entre várias artes: a dança, arte corporal e arte do movimento se fundiram em ações corporais multimidiáticas de grupos de artistas de orientação e formação diversificadas.
   
As primeiras performances envolvendo música e antimúsica, dança e movimento, foram realizadas por John Cage, Merce Cunningham e Robert Rauschenberg, que se conheceram no primeiro reduto das vanguardas americanas, a Faculdade da Montanha Negra [Black Mountain College] (v.), no início da década de 1950. Foi nesse local, na BMC-NC, que os citados realizaram a primeira performance conjunta chamada de Evento Teatral [Theater Event] (1952). Depois disso, quando a escola fechou as portas (1956), Cage levou seu ensino adiantado para a Nova Escola de Pesquisa Social [New Schol of Social Research], onde suas aulas foram assistidas por toda uma geração de vanguardistas que se tornaram performáticos multimidáticos.
   
A Arte Corporal, os Acontecimentos [Happenings] e as Performances (v.), foram a base de eventos que englobavam os movimentos, inclusive propiciou o surgimento da nova Dança Pós-Moderna. As coreografias se desenvolveram com movimentos mais usuais do corpo humano, como andar, correr, rolar, pular, entre outros usuais do corpo humano no dia a dia. Alguns artistas, como L. Childs, M. Cunningham, R. Dunn, S. Forti, R. Morris, Y. Rainer e S. Paxton, entre outros, foram fundamentais no desenvolvimanto da nova Arte Corporal do Movimento: a Dança Pós-Moderna. Os artistas colaboraram através da invenção de novas coreografias aplicadas aos movimentos, que passaram a serem executadas por pessoas que se associaram a formação de novos grupos, como o Grupo do Teatro Judson [Judson Dance Theater], entre outros, como o Grupo Grande União (Nova York, c. 1960-1970). A abertura dessa vanguarda propiciou a inclusão de pessoas comuns, muitas que não possuíam qualquer treino anterior na arte da dança, e passaram a participar e a desenvolver performances de movimento. Foi na cooperativa formada com o nome de Teatro da Dança Judson [Judson Dance Theater], que os novos performáticos, coreógrafos e dançarinos, passaram à ensaiar e a se apresentarem na Igreja Memorial Judson [Judson Memorial Church] ( Nova York, 1960-1965).

A dança não deixa de ser a primeira Arte Corporal por excelência; em Londres, se destacou o Grupo Performático (Britânico) Dançando para a Câmera [Dance for the Camera] (v.), que documentou, fotografou e filmou as performances mais originais da dança inglesa.


REFERÊNCIAS:

 
BENBOW-PFALZFGRAFF, T.; BERGE, L.; COLLINS, D.; ELERT, N.; FERRARA, M.; HART, K.; MARZUKIEWICZ. M.; TYRKINS, M. International Dictionary of Modern Dance. With a preface by Don McDonald; contributing ed. Taryn Benbowfalzgraff; Glynis Benbow-Niemier. New York - London: St. James Press, 1998,891p.: il., retrs.



GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance: live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il., pp. 20, 148, 156, 215, 228. 26 x29 cm.

 
PHILLIPS, L. The American Century: Art and Clture in America 1950-2000. New York: Whitney Museum of American Art, W. W. Norton, 1999,398p.: il., retrs., pp. 163-165, 247-249.



 









HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.ARTE DO MOVIMENTO – DANÇA PÓS-MODERNA (Estados Unidos, 1975-).  

 

Michael Kirby, editor da The Drama Review [Revista do Drama], publicou um número especial dedicado à dita, Dança Pós-Moderna, sendo a primeira vez que tal palavra foi utilizada na imprensa mundial (mar., 1975). No artigo Kirby explicou que o coreógrafo não aplicava padrões visuais ao seu trabalho: a sua visão era internalizada e o movimento não era pré-selecionado por suas características, mas resultava de algumas decisões, objetivos, planos, esquemas, regras, conceitos, ou problemas. Qualquer que fosse o movimento que ocorria durante a performance, tornava-se aceitável desde que limitado e controlado pelos principios que o norteavam. Essa delaração de Kirby se encontra reproduzida (PHILLIPS, 1999), que declarou sobre a Arte do Movimento – Dança Pós-Moderna que, a despeito da estiqueta Pós-Modernista usada para criar a distinção entre esta geração, e aquela histórica da dita, Dança Moderna, os que ela chamou de pós-modernos analíticos foram, de fato, modernistas, da maneira com que o termo foi compreeendido nas Artes Visuais - descrevendo obras que revelavam as condições dos meios materiais e de sua compleição. Os ditos, pós-modernos enfatizaram o movimento e a estrutura da coreografia como meios essenciais da dança; eles separaram a dança das outras artes e não fizeram referências a elementos externos.

 
PHILLIPS (1999) analisou a arte de Lucinda Childs, comentando sobre a sua obra Mistura Algodãozinho (Calico Mingling, 1973) como obra exemplar de Dança Pós-Moderna Analítica. Na apresentação quatro dançarinos andavam sobre o palco traçando formas lineares, circulares e semicirculares e andavam para frente e para trás, implacávelmente, No mesmo caso ela citou a obra Acumulação Primária [Primary Accumulattion] de Trisha Brown, na qual uma série de gestos e outros movimentos realizados com o corpo apoiado no chão se associavam à sistema de progressão matemática. E a ópera moderna Eisenstein na Praia, de Robert Wilson com música de Phillip Glass e coreografia de Lucinda Childs e Andy de Groat, foi citada como obra Minimalista, na colaboração integrada entre várias disciplinas que se associaram para criar o que a autora denominou de um novo Maximalismo [Maximalism]. Várias fotografias de Lucinda *Childs com Robert Morris, do Grupo (Americano) de Dança Grande União e de Trisha Brown se encontram publicadas (PHILLIPS, 1999).


Nas décadas de 1960 e 1970, com a explosão da dança pós-moderna, se formaram muitos grupos voltados para o ensino da nova arte. A atividade forneceu meios para a subsistência do dançarino performático, mas que precisava encontrar seu novo espaço e seu público. O artista plástico Jeff Duncan, que recebeu bolsa da Fundação Rockefeller transformou o espaço em que vivia em centro de ensino de performances de Dança, interessantes o suficiente para atrair grande público de artistas que apoiaram a iniciativa. Entre estes Jack Moore e Art Bauman, que com Duncan fundaram o DTW - Dance Theater Workshop (v.), do qual participaram Martha Clarke, Judith Dunn, Rudy Perez, Wendy Perron, Kei Takei e Ron Wilson. Nessa época o Judson Theater, que abrigou o Grupo (Americano) da Judson, fechou suas portas, mas havia formado durante cinco anos um público voltado para os espetáculos alternativos e performáticos, envolvendo a nova Arte do Movimento – Dança Pós-Moderna.


REFERÊNCIAS SELECIONADAS:



PHILLIPS, L. The American Century: Art and Clture in America 1950-2000. New York: Whitney Museum of American Art, W. W. Norton, 1999. 398p.: il., retrs., pp. 163-165, 247-249


GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance: live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il., pp. 20, 148, 156, 215, 228. 26 x29 cm.



 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.ARTE PERFORMÁTICA, ESCULTURA VIVA [LIVING SCULPTURE] (Inglaterra e Estados Unidos, desde o final da década de 1960).
 


 
A oscilação entre o estranho, o bizarro e o original pode ser encontrado nas obras européias como a Escultura Cantante (1969) das ditas, Esculturas Vivas: Gilbert e George. Os artistas, maquilados, vestidos formalmente, moveram-se como marionetes ao som da canção Debaixo dos Arcos de Flanagen e Allen, gravada, e repetida, mais e mais. Outras ditas, Esculturas Vivas, se fizeram presentes na obra de Anthony Howell, e de outros artistas ingleses como as do Grupo Estilo Gentil: a Primeira Banda Mundial da Pose (v.). Nos Estados Unidos, desde a década de 1970, algumas artistas americanas realizaram performances como esculturas vivas: esse foi o caso da californiana Faith Wilding.

 
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:


GOLDBERG, R. Performance Art: from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 1989,2001. 206 p.: il., algumas color., pp. 52-54. 15 x 21 cm (World of art).

GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance: live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il,. pp. 65, 77. 26 x29 cm.


HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX. ARTE PERFORMÁTICA, ESCULTURA PERFORMÁTICA OU ESCULTURA CORPORAL [BODY SCULPTURE]. 
 
Na Europa surgiu outro estilo de Arte Corporal, que resultou das transformações realizadas por vontade própria no corpo do próprio artista, como nas obras de Orlan. Expoente francês da Escultura Corporal [Body Sculpture], Orlan  adotou a identidade feminina, de artista multimídia performática. Orlan passou a reconstruir seu próprio corpo por meio de várias cirurgias plásticas, executadas por médicos que concordaram e permitiram fotografias e filmagens na construção da obra transformadora da carne da artista. Orlan produziu sucessivas modificações permanentes no próprio corpo: sua exploração foi também das novas tecnologias, disponíveis para a transformação da carne viva de seu próprio organismo, usado como material de sua arte, criando assim novas e variadas identidades para a artista.
 
Orlan trabalhou sua imagem como a de uma mulher inserida no mundo contemporâneo, em oposição à imagem da mulher na história da arte. Orlan buscou se tornar parecida com retratos clássicos, obras de grandes mestres da pintura e escultura, como a Vênus de Sandro Botticelli. As cirurgias foram realizadas com anestesia local ou peridural, deixando a artista consciente, quando ela dirigiu as filmagens diretamente da mesa de cirurgia. A 70ª cirurgia transformadora da artista ocorreu na Sandra Gering Gallery (Nova York, 1993) e foi transmitida ao vivo para 15 instituições internacionais, inclusive para o Centro Georges Pompidou (Paris), o Centro Multimídia (Banff, Canadá) e para o Centro McLuhan (Toronto, Canada). Os espectadores, nestes e em outros locais, podiam fazer perguntas diretas à artista, que respondia sempre que a ação transformadora permitia. O espaço do evento recebeu cenografia especial com tecidos elegantes; e  as roupas de Orlan foram criadas por estilista conhecido. Várias outras pessoas trabalharam durante o evento, providenciando a tradução simultânea para o inglês e para a linguagem dos sinais (GOLDBERG,1998).
REFERÊNCIA SELECIONADA:
 

GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance: live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il,. pp. 65, 77. 26 x 29 cm.





 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX. ARTE CORPORAL ESTÁTICA: A ARTE DA POSE E A ARTE CORPORAL ESTÁTICA CONCEITUAL (Londres, 1970-1990; na Califórina, 1970-).
 



O oposto da Arte Corporal do Movimento é a Arte Corporal Estática, como a Arte da Pose. Foram os performáticos Gilbert e George que começaram a se apresentarem como Esculturas Vivas: mas não como esculturas completamente imóveis, pois eles se apresentaram cantando, portanto, apresentando movimentos das cordas vocais, na Escultura Cantante (Londres, 1970).[1] Os artistas, transformados em esculturas vivas, se apresentaram em várias performances públicas, quando foram fotografados em poses nas quais parodiaram obras de arte famosas.

 
Surgiu na Inglaterra a primeira dita, Banda da Pose (v. Grupo da Banda da Pose), a partir do trabalho de alguns alunos da Faculdade Real de Arte [Royal College of Art] (Londres, 1973). Os membros associados a esse grupo apareceram vestidos com roupas confeccionadas em tecido sintético, na cor prata, infladas com a utilização de secadores manuais de cabelo, em poses nas quais os integrantes parodiaram filmes famosos do ator Victor Mature, entre outros. 
 
Na Califórnia, em Los Angeles, dois artistas se destacaram como precurssores da Arte Corporal Estática Conceitual: nesse caso, as nhecidossuas performances foram diferenciadas das apresentações inglesas citadas acima. Os artistas fizeram mais do que simplesmente permaneceram imóveis, pois relacionaram suas apresentações a outros conceitos.  No caso de Faith Wilding, a artista lembrou várias esperas do corpo da mulher: a espera da menstruação, a espera do casamento, a espera da gravidez e a espera do parto, entre muitas outras. A artista permaneceu imóvel durante c. 2 dias, nessa performance realizada no Instituto de Artre Contemporânea (Los Angeles, 1971). Outro foi Chris Burden, que realizou performance similar em Galeria de Arte, quando o artista subiu em pedestal como escultura viva, e lá permaneceu sentado em uma cadeira colocada no topo, até não aguentar mais e cair, dois dias depois. Neste caso o artista testou os limites de seu corpo.


REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color. 15 x 21 cm. (world of art).


GOLDBERG, R. Performance Art:  from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 1989,2001. 206 p.: il., algumas color.,  15 x 21 cm. (world of art).


GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance: live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il, 26 x29 cm.



[1]   Uma fotografia dessa obra se encontra reproduzida in ARCHER, 2002: 101.

sábado, 20 de abril de 2013

 
 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.
LISTAGEM,

constantemente revisada e atualizada,
 
dos principais eventos performáticos Futuristas e Dadaístas, realizados na Bauhaus entre outros, como récitas de balé, espetáculos musicais e de dança, além de performances de arte corporal registradas em filmes e vídeos, lançados pelas vanguardas artísticas ocidentais no século XX.


1895-1955

 
EVENTO AUTOR(ES) (MÚSICO) DATA - LOCAL - CIDADE

Rei Ubu, Alfred Jarry 1895, Théâtre de l’Oeuvre, Paris

Rei Nicoló Benjamin F. Wedekind 1901, teatro particular, Munique

O Livro de Pandora, Benjamin F. Wedekind 1904, censurado, Munique

O Livro de Pandora, Benjamin F. Wedekind 1904, no teatro, Viena

Hidalla, Benjamin F. Wedekind 1905, teatro em Munique

Assassinato: Esperança das Mulheres, Oskar Kokoschka 1909, no teatro, em Viena

Rei Bombance, Felipo T. Marinetti 1909, Théâtre de l’Oeuvre, Paris

Bonecas Elétricas, Felipo T. Marinetti 1909, Teatro Alfieri, Turim

Noite Futurista, Marinetti e Cangiullo 1910, Teatro Rosetti,Trieste

Noite Futurista Marinetti e poetas 1910, Teatro Chiarella, Milão

Noite Futurista Marinetti, A. Mazza 1911, no teatro, em Turim

Impressões da África, Raymond Russel 1911, no Théâtre Fémina, Paris

Destruição de piano, Luigi Russolo 1912, para Les Soirées de Paris,Paris

Grande Noite Futurista, Paolo Buzzi, Palazzeschi, Folgore, Pratella,

Soffici, Marinetti, 1913, Teatro Costanzi, Roma

A Arte do Ruído, Francesco Balila Pratella 1913, Teatro Costanzi Roma

A Arte do Ruído, Francesco Balila Pratella 1913, Villa Rosa, Roma

Poema da Atmosfera, Valentine Saint-Point 1913, T. Champs Elysées, Paris

Palavras em Liberdade, Marinetti, G. Balla 1914, Galeria Sprovieri, em Roma

Palavras em Liberdade, Marinetti, Cangiullo 1914, Galeria Sprovieri, em Roma

Piedigrotta, Marinetti, Cangiullo 1914, Doré Galleries, em Londres

Concerto Futurista, Luigi Russolo 1914, Teatro dal Verme, em Milão

Concerto Futurista, Luigi Russolo 1914, no teatro, em Londres

Máquina de Escrever, Balla, Virgilio Marcchi 1914, no teatro, em Roma

O Beijo, Síntese Teatral; F. T. Marinetti 1915, teatro, em Roma

Um mês de poesia, Poetas russos 1915, no Cabaré Cachorro Viralata, em São Petersburgo

Balé Triádico, Oskar Schlemmer 1915, no teatro

Evento Dadá: Poesia Kara wane, Hugo Ball 1916, no Cabaret Voltaire, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para 3 vozes em Alemão, Inglês e Francês, O Almirante Procura Casa para Alugar, Huelsenback-Janco-Tzara, 1916, no Cabaret Voltaire, Zurique

Noite da Música Russa, Hugo Ball e grupo, 1916, no Cabaret Voltaire, Zurique

Evento Dadá, Manifesto: Hugo Ball 1916, no Waag Hall, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para sete vozes, Tristan Tzara & sete vozes 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Danças, Sophie Taeuber, Susanne Perrotet 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Canções, Emmy Hennings e Ball 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para várias vozes, Hugo Ball e grupo 1916, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá: Dança do Vôo do Peixe, Sophie Taueber 1917, na Galeria Dadá, Zurique

Evento Dadá – Grupo da Tempestade [Der Sturm], 1917, Galeria Der Sturm, Berlim

Fogos de Artificio, Giacomo Balla (Igor Stravinsky) 1917, no T. Costanzi, em Roma

Parada, Cocteau, Picasso (Erik Satie) 1917, T. Champs Elysées, Paris

As Mamas de Tirésias, Guillaume Apollinaire 1917, Conservatório René Maubel,

Paris

O Céu Azul, Guillaume Apollinaire 1918, no teatro, em Paris

Evento Dadá: 1o Manifesto Dadá,Richard Huelsenbeck 1918, Galeria.G.I.B. Neumann, Berlim

Evento Dadá: 1o Manifesto Dadá Publicado,Tristan Tzara, julho, 1918, na Saal Zur Meise, Zurique

Evento Dadá: Performance Dadá, George Grosz 1918, GaleriaG.I.B. Neumann, Berlim

Evento Dadá: Manifesto, Richard Huelsenbeck 1918 Café dos Ocidentais, Berlim

Evento Dadá, Dança, Trote, Gerhard Preiss 1918, recinto fechado, Berlim

Evento Dadá na rua, George Grosz 1918, na Kürfurstendamm, Berlim

Evento Dadá: Noite do Clube Dadá, Johannes T. Baargeld 1918, Salão da Secessão, Berlim

Evento Dadá: Mostra Matinal Dadá, Várias performances 1918, no Café Áustria, em Berlim

Evento Dadá: Antisinfonia em 3 partes, Efim Golyscheff 1918, no Café Áustria, em Berlim

Evento Dadá: Concurso Pan-Germânico de Poesia do grupo Dadá, 1918, na Meister Saal, em Berlim

Evento Dadá: Fotomontagem Teatral, Richard Huelsenbeck 1918, no Teatro Erwin Piscator, Berlim

Evento Dadá: Conversa Particular de Dois Homens Loucos e uma Lareira, G. Grosz e W. Mehring 1918, porão do Teatro Max Reinhardt, Berlim

Evento Dadá: Orestea com Final Feliz, Walter Mehring 1918, porão do T. Max Reinhardt, em Berlim

Evento Dadá: Feira, com leitura de poesia por Else Hedwiger, 1918, Galeria Otto Burchard, Berlim

Noites de Poesia, várias performances, 1918, Café dos Poetas, em Moscou

Noites de Poesia do Grupo 41, performances,1918, Cabaré Fantástico, em Tiflis no teatro

Dança Plástica, Gilbert Clavel, F. Depero 1918, Palazzo Odescalchi, Florença

Evento Dadá: Último Manifesto Decadente, Val Serner, abril,, 1919, Saal zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Nor kakadou, dança, alunas de Rudolf von Laban 1919, Saal zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para duas vozes, Hugo Ball e Kathe Wulff, 1919, Saal zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Design, palestra, Viking Eggeling 1919, Saal zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Poesia Sinultâneísta para 20 vozes, A Febre do Macho, Tzara & 20 vozes 1919, Saal zur Kaufleuten, Zurique

Evento Dadá: Danças, Perrottet/ Kathe Wulff 1919, Saal zur Kaufleuten, Zurique

Proclamação Dadá, Johannes Baader 1919, em Berlim

Apresentação-Dadá, Max Ernst, Hans Arp 1920, em Colônia

Apresentação-Dadá, poesia de Jakob van Hoddis 1920, em Colônia

Feira Dadá: Manifestos, exposição 1920, Galeria Otto Burchard, Berlim

Os Gêmeos, Nikolai Foregger 1920, Teatro das Quatro Máscaras, Moscou

Agitação–Propagandística: Foregger, Vladimir Mass 1920, nas ruas de Moscou

O Espetáculo da Paródia, Sergeyy Eisenstein, Sergey Yutkevich 1920, no teatro, em Moscou

Evento Dadá: Literatura, Tzara e grupo de Breton, Jean Cocteau, Max Jacob, Pierre

Reverdy, e André Salmon, Paul Éluard, Théodore Fraenkel 1920, no Palais des Fêtes, Paris

Programa Matinal Dadá: 23 Manifestos Dadá, 1920, Salão dos Independentes, Paris

Noite Dadá, Tzara, Breton e grupo 1920, Club du Faubourg, Paris

Evento Dadá, Tzara, Breton e grupo 1920, Universidade Popular Faubourg S. Antoine, Paris

Festival Teatral Dadá, Tzara, Breton e grupo 1920, Salle Berlioz, Paris

A Primeira Aventure do Senhor Aspirina, Tristan Tzara e grupo 1920, Salle Berlioz, Paris

Le Serin Muet, Georges Ribemont- Dessaignes 1920, Salle Berlioz, Paris

O Ventríloco Desacordado, Paul Dermée 1920, Salle Berlioz, Paris

Canibal na Obscuridade,Manifesto de F. Picabia 1920, Salle Berlioz, Paris

PorFavor, André Breton e P. Soupault 1920, Salle Berlioz, Paris

Vaselina Sinfônica, Tristan Tzara e vinte vozes 1920, Salle Gaveau, Paris

O Célebre Ilusionista, Pierre Soupault 1920, Salle Gaveau, Paris

Vocês meEsquecerão, A. Breton e P. Soupault 1920, Salle Gaveau, Paris

O Sexo do Dadá, Paul Dermée 1920, Salle Gaveau, Paris

Grande Baile Dadá, Christian Shad e Val Serner 1920, Salão de dança, Genebra

Grande Noite Dadá Manifesto de Picabia 1920, Théâtre de l’Oeuvre, Paris

Festival Dadá, Tristan Tzara 1920, Salle Gaveau, Paris

Grande mostra Dadá; Manifestos, poemas, arte 1920, Galerie Montaigne, Paris

Performance
Dadá, Phillip Soupault e T. Tzara 1920, no teatro, Paris

Dada - Merz, Kurt Schwitters e grupo 1920, em vigília, Praga

Lírio da Vida, Löie Fuller 1920, em Paris

Cinema: curta-metragem, Löie Fuller 1921, em Paris

Assassinato: Esperança das Mulheres, Frank Wedekind/ (Paul Hindermith)/ Kokoscha 1921, no Landestheater, Stuttgart

O Processo de Barrès, André Breton e grupo 1921, Sociétès Savantes, Paris

Excursão Dadá: Igreja São Julião, 1921, arredores de Paris

Teatro da Surpresa, Marinetti, Cangiullo e Trupe Rodolfo de Angelis 1921, Teatro Mercadante, em Nápoles

Teatro da Surpresa, Trupe Rodolfo de Angelis 1921, turnê por Roma, Palermo, Florença, Gênova e Turim

O Rapto das Crianças, Nikolai Foregger 1922, União Artistas de Circo, em Moscou

Balé Triádico, Oskar Schlemmer 1922, Landestheater, em Stuttgart

Balés Mecânicos, Pannagi e Paladini 1922, excursão por teatros na Itália e Paris

O Gabinete das Figuras, Oskar Schlemmer 1922, no Nationaltheater, Weimar

O Pintor, peça teatral de Roger Vitrac 1922, no teatro em Paris

Noite do Coração Barbado, T. Tzara/ Filmes Sheeler 1923, Galerie Montaigne, Paris

Evento: Coração Barbado, Tzara/ Filmes de Man Ray 1923, Théâtre Michel, em Paris

Tzara/ Filmes H. Richter 1923, Théâtre Michel, em Paris

Coração à Gaz, Peça teatral de T. Tzara 1923, Théâtre Michel, em Paris

O Guarda-Roupa Espelhado, Peça teatral de L. Aragon 1923, no teatro, em Paris

Balé Triádico, Oskar Schlemmer 1923, Nationaltheater, Weimar

Poesia: Anna Blume, Kurt Schwitters 1923, na Bauhaus, Weimar

Evento Merz - Holanda, Kurt Schwitters 1923, em Amsterdã

A Sonata Primitiva [Die Ursonate], Performance, Kurt Schwitters 1924, Salão Kiepenau, Postzdam
Novo Teatro Futurista, Trupe Rodolfo De Angelis 1924, excursão na Itália

Máquina do 3000, F. Depero e F. Casavola 1924, excursão na Itália

A Lenço de Nuvens, Peça teatral de T. Tzara 1924, teatro, em Paris

A Odisséia de Ulisses, Roger Gilbert-Lecomte 1924, teatro, em Paris

Revista-Cinema-Esboço, F. Picabia e René Clair 1924, T. Champs Elysées, Paris

Relâche: balé e filme, F. Picabia e René Clair 1924, T. Champs Elysées, Paris

O Mercador de Corações, E. Prampolini e Casavola 1927

Os Jatos de Sangue, Antonin Artaud 1927, Théâtre Alfred Jarry, Paris

Os Mistérios do AmorRoger Vitrac 1927, Théâtre Alfred Jarry, Paris

As Crianças no Poder, Roger Vitrac 1928, Théâtre Alfred Jarry, Paris

A Festa, Mary Wigman 1928, teatro, em Essen

Balé Triádico (Trechos); Oskar Schlemmer 1930, no Teatro Metropol, em Berlim

Um Conde Persa [Ein persische Märchau]; Kurt Jooss 1930, no teatro, em Essen

Monumento: Homenagem, Mary Wigman 1930, no teatro, em Essen

A Mesa Verde, Kurt Jooss 1930, Arquivos Internacionais da Dança

Lamento, Martha Graham 1930, Dance Repertory Theater,
Nova York

Ofter [Sacrifício] Mary Wigman 1931-1933, Estados Unidos

The Unconsummated Act Dança por Helen Vanel 1938, na Galerie Surréaliste, em Paris

Eye Column Live Alvim Nikolais 1939, no teatro, EUA

Deaths and Entrances Martha Graham 1943, no teatro, EUA

Lady in the Dark Helen Ann Gray 1947, no teatro, EUA

Nachzug [Viagem noturna] Kurt Jooss 1952

Marks, Props and Moves Alvim Nikolais 1953,no teatro, EUA

Kiss me Kate Maurice Béjart 1953, Ballet l´Étoile, Paris

Sonho de uma noite de... Maurice Béjart 1953-1955, na Europa

As Tentações de Puck Maurice Béjart 1953-1955, na Europa

Saul Mary Wigman 1954, nos Estados Unidos

Catulli Carmine Mary Wigman 1955, nos Estados Unidos

Alta Voltagem Maurice Béjart 1955-1960, em Lyon (FR)

Prometeu Maurice Béjart 1955-1960, Marseille (FR)

Le Teck Maurice Béjart 1955-1960, em Essen (Al)

Orfeu Maurice Béjart 1955-1960, em Liége, Bélgica

Arcano II Maurice Béjart 1955-1960, Bruxelas, Bélgica

Amahl and the night visitor H. Ann Gray 1956, nos Estados Unidos

Kaleidoscope Alwin Nikolais 1956, nos Estados Unidos

Orpheus and Euridice H. Ann Gray 1957, nos Estados Unidos

Kismet H. Ann Gray 1957, nos Estados Unidos

Carousel H. Ann Gray 1957, nos Estados Unidos

A Sagração da Primavera Mary Wigman (Stravinsky) 1957, nos Estados Unidos

A Sagração da Primavera Maurice Béjart 1957, Ballet Théâtre de Paris, Paris

Bolero Maurice Béjart (Ravel) 1957, Ballet Théâtre de Paris, Paris

Os Sete Pecados Capitais Maurice Béjart 1957-1977, 90 coreografias

As Quatro Folhas de Ayman Maurice Béjart 1957-1977, 90 coreografias

O Cavaleiro Romano Maurice Béjart (Scarlatti) 90 coreografias

Contos de Hoffman Maurice Béjart (Offenbach) i, 90 coreografias

The King and I H. Ann Gray 1958, nos Estados Unidos

Intermission Piece Allan Kaprow 1959, Reuben Gallery, Nova York

Happenings (18) Allan Kaprow 1959, na Reuben Gallery

Southhampton Parade Allan Kaprow c. 1959, ar livre, Southampton (NY)

The Burning Building Red Grooms 1959, Delancay Museum, Nova York

Performance Scroll Carolee Schneemann 1960, vídeo, em Nova York

Motor Vehicle Sundown Georges Brecht 1960, ao ar livre, N. York