domingo, 22 de novembro de 2015

1929-CICI - CONGRESSO INTERNACIONAL DO CINEMA INDEPENDENTE (La Sarraz, Suíça).

1929-CICI - CONGRESSO INTERNACIONAL DO CINEMA INDEPENDENTE (La Sarraz, Suíça). O CICI/ Congresso Internacional do Cinema Independente foi organizado pelo francês Robert Aron (1898-1975), na época secretário da NRF/ Nouvelle Révue Française [Nova Revista Francesa], e diretor da Révue du Cinéma [Revista de Cinema], de Jean-George Auriol (Jean-Georges Huyet, 1907-1950). Foram homenageados no CICI os escritores vanguardistas André Gide (André Paul Guillaume Gide, 1869-1922) e o dramaturgo, poeta e romancista siciliano Luigi Pirandello (1867-1936). O objetivo principal do CICI/ Congresso Internacional do Cinema Independente foi criar cooperativa de produção e organizar a distribuição dos filmes do cinema independente europeu, buscando sua divulgação a nível mundial. Hans Richter (1888-1976) foi um dos organizadores, como anteriormente do Congresso FIFO/ Filme e Fotografia [Film und Foto] (v.) e novamente convidou Sergei Eisenstein (Sergey Mikhailovich Eisenstein, 1898-1948) para proferir palestra no evento, o que realmente ocorreu; compareceram vários cineastas europeus independentes, entre outros o Futurista Enrico Prampolini (1894-1956).

1918-1932 ESCOLA ITALIANA SINFÔNICA (1918-1932).

1918-1932 ESCOLA ITALIANA SINFÔNICA (1918-1932). O músico Ottorino Respighi se expressou na música como poeta lírico: ele pertenceu à nova geração da Escola Sinfônica, da qual fizeram parte Alfredo Casella, Hildebrando Pizzetti (1880-1968); e Gian Francesco Malipiero (n. 1882), que durante muitos anos dirigiu o Conservatório de Veneza. Esta ala vanguardista renunciou aos excessos até então praticados pelo dito, Bel canto italiano; Respighi participou do movimento de rebeldia contra o Neo-romanticismo de origem germânica, representado principalmente pelas óperas de Richard Wagner. Respighi tornou-se conhecido como regente, pois ele praticou certo brio orquestral, dedicou-se à recobrar a tradição italiana com músicas compostas para alaúde (1918; 1923; 1932).

terça-feira, 27 de outubro de 2015

BIOGRAFIA: BRECHERET, Victor; Vittorio Brecheret (1894-1955).

BIOGRAFIA: BRECHERET, Victor; Vittorio Brecheret (1894-1955). Brecheret nasceu em Farnese de Castro, província de Viterbo, na Itália e morreu em São Paulo; ele veio para o Brasil com menos de dez anos de idade. Durante muitos anos o futuro artista ocultou sua nacionalidade italiana, por ter conseguido documentação brasileira, adotando o nome de Victor Brecheret. Seu tio, Enrique Nanni, também italiano e dedicado à arte da fundição, originário da mesma região de Viterbo, incentivou o futuro artista, que estudou no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo), e voltou a estudar na Itália (1913), aluno do escultor Arturo Dazzi (1881-1966). Brecheret expôs no Salão dos Escultores Amadores (Roma, 1918). O artista voltou ao Brasil (1919), passando a trabalhar na dependência do Palácio das Indústrias; sua familia tornou-se fabricante de sapatos (São Paulo). Brecheret expôs sua maquete do Monumento ás Bandeiras, na Casa Byington (São Paulo, julho, 1920), obtendo crítica favorável. No ano seguinte o artista expôs no mesmo local sua escultura Eva, que fora apresentada em sua mostra italiana; a prefeitura de São Paulo adquiriu a obra do artista. Brecheret foi descoberto pelo futuro grupo dos modernistas (1920), do qual participaram Oswald de Andrade, Emiliano Di Cavalcanti, Menotti del Picchia e Helios Selinger, tornando-se um dos inspiradores do movimento. O artista foi premiado com o Pensionato do Governo do Estado de São Paulo, que permitiu-lhe estudar cinco anos na Europa. Brecheret partiu para Paris devido ao prêmio, deixando com os organizadores da Semana de 22 as obras que participaram, inclusive seu polêmico Cristo com trançinhas, que depois Mário de Andrade (1880-1945) adquiriu para sua coleção, hoje no acervo do IEB - Instituto de Estudos Brasileiros, na USP. Brecheret conheceu em Paris a obra do romeno Constantin Brancusi (1876-1957), que o influenciou; ele participou da sala intitulada Templo da Minha Raça, no Salão de Outono (Paris, 1923). O Museu Jeu de Paume adquiriu grupo esculpido em granito de Brecheret, condecorado pelo governo francês com a Legião de Honra. Brecheret regressou definitivamente ao Brasil (1937); suas esculturas participaram dos Salões de Maio em São Paulo, do I (1937); do II (1938) e do III (1939). Somente então o artista iniciou a execução de seu projeto do Monumento às Bandeiras, inaugurado, não sem grande polêmica, no IV Centenário da Cidade de São Paulo (1954). Brecheret participou da I Exposição da SPAM - Sociedade Pró-Arte Moderna (São Paulo 1933); recebeu o prêmio de melhor escultor nacional na I Bienal Internacional de São Paulo, no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1951). O artista foi homenageado com sala especial na IV Bienal de São Paulo (1957). As esculturas de Brecheret foram incluídas na mostra Arte Moderna no Brasil, itinerante por Buenos Aires e Rosário, Santiago e Lima (Argentina, Chile e Peru, 1957); a sua importante retrospectiva ocorreu no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (1969). As obras de Brecheret encontram-se nos mais importantes museus brasileiros, como o Museu de Arte Assis Chateaubriand e no MAC - USP, onde estão suas Três Graças (c. 1930, terracota, 106 cm x 42 cm x 50 cm); Mãe Índia (c. 1948, terracota, 43,5 cm x 12,2 cm x 14 cm); Luta de índios Galápagos (1951, terracota, 85 cm x 185 cm x 31 cm); e Índio Suassapara (1951, bronze, 79,5 cm x 101,8 cm x 47,6 cm), reproduzida (Grove, 2000). O artista possui obras em diversas coleções particulares e seu belíssimo Monumento ás Bandeiras, talhado à mão em granito cinza, tornou-se marco na paisagem paulista, situado na entrada do Parque do Ibirapuera, um dos locais privilegiados e agradáveis da cidade de São Paulo. A belíssima escultura de Brecheret, em mármore bege leitoso italiano, Don Cósimo (72,5 cm x 35 cm x 14 cm) foi apresentada na mostra da Coleção Fadel, no CCBB (Rio de Janeiro, 2002). AMARAL, A., op. cit., p. 227 BARBOSA, (1993), p. 64. TURNER & GROVE, (2000), p. 129.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

1867-1872 GRUPO DOS MANCHISTAS OU GRUPO (FLORENTINO) DOS PINTORES DE MANCHAS [MACCHIAIOLLI] [Macchia = mancha] (Florença, Itália),

1867-1872 GRUPO DOS MANCHISTAS OU GRUPO (FLORENTINO) DOS PINTORES DE MANCHAS [MACCHIAIOLLI] [Macchia = mancha] (Florença, Itália), Destaques; FATTORI, Giovanni e Silvestro LEGA. Na segunda metade do século XIX, o Grupo dos Pintores de Manchas [Macchiaiolli], foi o mais importante da nascente vanguarda italiana. Participaram desse grupo os pintores que desejavam se libertar do Academicismo, buscando novas maneiras de se expressar na arte. No início das atividades do Grupo dos Manchistas, o significado da mancha [macchia] nas suas pinturas marcava o retorno ao Realismo. O movimento do Grupo dos Pintores de Manchas se desenvolveu com a dita, Escola Pergentina [Scuola Pergentina](v.) quando os artistas amadureceram o novo estilo e alcançaram novo modo de se expressarerm (c. 1862-1867). Os Pintores de Manchas tinham origens diversas, vieram de diversas regiões do país: eles costumavam se reunir no Caffé Michelangelo (Florença). Telemaco Signorini (1835-1901) escreveu e publicou a história do movimento no livro Caricaturistas e Caracturizados do Café Michelangelo (1867). O Grupo manchista foi influenciado pela pintura do francês Edgar Degas, que passou quatro anos na Itália, quando viveu prolongado período com sua tia, a Condessa Laura Belleli, residente em Florença; e com seu pai, residente em Nápoles. Degas conheceu, influenciou e foi influenciado por vários artistas desse grupo das vanguardas italianas, cuja pintura foi a mais próxima da estética do Impressionismo na França. Entre os artistas plásticos que a crítica de arte italiana incluiu na categoria manchista se encontram os nomes como do pintor e escultor Adriano Cecioni (1836-1886), que, juntamente com Giovanni Costa ( , Serafino de Tivoli (1826-1892) e Telemaco Signorini (1835-1901), passou temporada em Paris onde recebeu a influencia direta de artistas franceses. Quando os artistas do Grupo dos Pintores de Manchas visitaram Paris, entraram em contacto com as pinturas do Grupo da Escola de Barbizon [École de Barbizon] (v.), destacadas na Exposição Universal (1855). Os artistas conheceram as obras e teorias do Realista (Verista) Gustave Courbet, que montou o dito, Pavilhão Realista do lado de fora dessa mostra, quando distribuiu o texto que ele escreveu, de grande repercussão entre os artistas europeus. No grupo dos Manchistas Lega foi o pintor mais rigoroso; outros, como Cecioni e Signorini, foram mais reflexivos, críticos, teóricos e propagandistas do movimento. A pintura de Signorini foi analítica; diferente de Lega o artista pintava sem ultrapassar o real na sua arte, apresentando nas obras sentido construtivo, enérgico. Os quadros mais conhecidos de Signorini foram A Sala das Loucas, A Penitenciária de Portoferraio, além da pintura intimista Toilete Matinal, lembrando a temática dos Impressionistas franceses. Signorini, depois que se libertou do Academicismo, passou a freqüentar o Caffé di Via Larga (Veneza), onde ele contatou artistas toscanos e venezianos que o influenciaram. Entre os mais importantes participantes do Grupo dos Pintores de Manchas [Macchiaiolli], os napolitanos Savério Altamura (1822-1897), Domenico Morelli (1826-1901), Giuseppe Polizzi e o toscano Serafino de Tivoli Giovanni Costa . Entre os pintores mais destacados Giuseppe Abbati (1836-1868) e Giovanni Fattori (1821-1908): entre os mais importantes artistas associados Vito D'Ancona , Giovanni Boldini (1842-1931), Odoardo Borrani , Giovanni Bortolenna , Vicenzo Cabianca , Silvestro Lega e Rafaello Sernesi ( (v. o Grupo (Lombardo) do Impressionismo Italiano (Lombardia.c. 1874-1885); v. o Grupo (Milanês) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Milanês) do Oitocento, ou o Grupo da Scapigliatura Milanesi (Milão, c. 1848-1898); v. o Grupo (Napolitano) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Italiano) da Escola Napolitana, ou da Escola de Resina ou da República de Portici (Portici, na região próxima a Nápoles, Itália, c. 1864-); v. o Grupo (Toscano) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Italiano) da Escola Toscana, ou da Escola Pergentina ou da Stanze dei Risorti (Pergentina, região Toscana, próxima a Veneza, norte da Itália, c. 1862-); v. o Grupo (Napolitano) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Italiano) do Impressionismo da Escola de Paisagem ou da Escola de Staggia (Staggia, cidade da Província de Siena ao norte da Itália, c. 1854-); ALBINI, C. Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Traduction de Maria Brandon-Albini. Paris: Ed. Entente, 1943, pp. 31-34,53-66. DINO, P.; BORGIOTTI, M. (Introd.) Movimenti Pittorici Italiani dell' Ottocento. Milano: Alfieri & Lacroix, 1966, pp. 05-15.

domingo, 18 de outubro de 2015

1854-1874 PANORAMA DA ESCOLA (ITALIANA) DE PAISAGEM OU ESCOLA DE STAGGIA [SCUOLA DI PAESAGIO OU SCUOLA DI STAGGIA] (Staggia, cidade da Província de Siena ao norte da Itália).

1854-1874 PANORAMA DA ESCOLA (ITALIANA) DE PAISAGEM OU ESCOLA DE STAGGIA [SCUOLA DI PAESAGIO OU SCUOLA DI STAGGIA] (Staggia, cidade da Província de Siena ao norte da Itália). Destaques: TIVOLI, Serafino e Francesco Saverio Altamura. O grupo se formou em torno de Serafino de Tivoli (1826-1892), pintor de Livorna que chegou a Florença juntamente com Francesco Saverio Altamura (1822-1918), vindo de Nápoles. Altamura tinha adquirido com Gabriele Smargiassi (1798-1937), a experiência da pintura de paisagem. Nessa fase, muitos dos artistas italianos convergiram para Florença, para escapar do ambiente pesado e persecutório da Casa dos Bourbon, que reinava na região sul da Itália. Depois da Restauração, a Casa de Lorena permitiu um clima de maior liberdade artística, na época em que os artistas se transferiram para Florença e Veneza (c. 1850). O grupo dos artistas italianos se reunia no Café Michelangelo, quando debatia os problemas da arte de seu tempo. Domenico Morelli (1823-1901), outro napolitano que foi viver em Florença, e que, juntamente com Altamura e seu colega napolitano, Bernardo Celentano (1835-1863), se tornaram o maior sucesso da 1ª Exposição Italiana (Florença, 1861). O grupo dos paisagistas de Staggia (1854-) foi impulsionado por Serafino de Tivoli, que arrastou seus companheiros para viagem a Paris, ocasião em que eles visitaram a Exposição Universal (1855) e, o dito, Pavilhão Realista de Gustave Courbet (Jean-Desiré-Gustave Courbet, 1819-1877). As pinturas do artista francês, inscritas para participarem oficialmente da exposição, foram recusadas pelo comitê de seleção. Courbet organizou seu estande debaixo de muitas críticas do lado de fora da mostra, local em que o artista apresentou vários de seus quadros recusados nos sucessivos salões oficiais de arte. Para o catálogo dessa mostra, o artista escreveu seu conhecido texto Arte Viva [Art Vivant). Os paisagistas italianos da Escola de Staggia foram influenciados pela arte e teorias desse mestre do Realismo nas vanguardas francesas. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Albini, C. (1943). Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Paris: Éditions Entente, pp. 31-34, 53-66. Dino, P. (1966). Movimenti Pittorici Italiani dell' Ottocento. Milano: Alfieri & Lacroix, pp. 05-15. Grada, R. (19xx). Fattori. Pinacoteca de los genios. Buenos Aires: Editorial Codex. Saverio Altamura. Retrieved from: http://www.treccani.it/enciclopedia/francesco-saverio-altamura_(Dizionario_Biografico)/ Wikipedia, the free encyclopedia. Bernardo Celentano. Retrieved from: https://it.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Celentano Wikipedia, the free encyclopedia. Domenico Morelli. Retrieved from: https://en.wikipedia.org/wiki/Domenico_Morelli

1848-1899 PANORAMA DO OITOCENTO ITALIANO [OTTOCENTO] (Itália).

1848-1899 PANORAMA DO OITOCENTO ITALIANO [OTTOCENTO] (Itália). A estética do Grupo (Francês) do Impressionismo foi a mais próxima da desses artistas, que surgiram anteriormente em vários grupos por toda a Itália. No grupo milanês se destacaram as obras de Le Piccio (Giovanni Carnevali, 1806-1873), Telêmaco Signorini (1835-1901), posteriormente destacado no Grupo dos Pintores de Manchas [Macchiaioli]; Mosè Bianchi (1840-1904), principal expoente do Grupo (Lombardo) do Impressionismo Italiano (v.); e Giovachino Toma (1836-1891), do Grupo (Pergentino) do Impressionismo Italiano [Scuola Pergentina] (v.). Além desses artistas citados participaram do Grupo (Milanês) do Oitocento o escultor Giuseppe Grandi (1843-1894), Gaetano Previatti (1852-1920), Daniele Ranzoni (1843-1889), e o artista mais influente do grupo, Tranquillo Cremona (1837-1878). As pinturas de Mosè Bianchi, Gaetano Previatti e Giovanni Segantini foram influenciadas pelo estilo do Impressionismo: ele foi amigo do escultor Giuseppe Grandi e, como ele, pesquisou modelos sensíveis, que poderíamos chamar de Impressionistas, visíveis nos seus croquis, maquetes e retratos. O artista esculpiu monumentos, entre os quais o mais importante é o consagrado Cinco Dias (Milão). A pintura de Tranquilo Cremona influenciou a pintura de Mosè Bianchi e Gaetano Previatti. O artista do Grupo do Oitocento italiano que ficou mais conhecido foi Giovanni Segantini, que, nas suas pesquisas inovadoras, partiu da temática do quadro histórico. Segantini se destacou devido à riqueza pictórica de suas obras: foi ele quem iniciou o Divisionismo da pincelada na arte italiana. As pinturas de Segantini apresentavam cromatismo denso e rico, que levou suas obras a serem consideradas exemplares no Simbolismo. No último período de sua vida a pintura de Segantini ficou mais próxima da estética do Grupo da Escola de Barbizon [École de Barbizon] (Barbizon, França, c. 1855-1875): ele foi influenciado pela obra de seu maior expoente, J-F. Millet. Uma pintura de Segantini se encontra reproduzida (Hulten et al., 1986). O pintor do Oitocento italiano Silvestro Lega (1826-1895), participou do movimento: a pintura dele se aproximou lentamente do estilo dos Pintores de Manchas [Macchiaiolli] e marcou o período mais importante na fase final de sua obra (1862-1880). Declarou ALBINI (1943) que, em 1875, dez anos depois de seu quadro calmo e idílico As Noites campesinas, a vida serena de Lega se transformou em dramática. E foi assim, no coração dos desastres mais graves, que ele descobriu a expressão mais vigorosa de sua arte. Ninguém na Itália tinha ainda sentido que, nessa escola, havia o germe da revolução. Ninguém ainda levara a técnica aos seus derradeiros limites, até sentirem Lega, porque era violento, porque a vida o havia exasperado (Lionello Venturi in Pretesti di Critica. Apud Albini,1943). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Albini, C. (1943). Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Paris: Éditions Entente, pp. 31-34, 53-66. Dino, P. (1966). Movimenti Pittorici Italiani dell' Ottocento. Milano: Alfieri & Lacroix, pp. 05-15.

sábado, 17 de outubro de 2015

CESCHIATTI, Alfredo (1918-1989).

CESCHIATTI, Alfredo (1918-1989). O escultor brasileiro de origem italiana nasceu em Belo Horizonte (MG) e faleceu no Rio de Janeiro (RJ). Ceschiatti viajou para a Europa e, na volta, tornou-se aluno de Correia Lima na Escola Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, 1938). O artista foi convidado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para esculpir o baixo-relevo da Igreja da Pampulha (Belo Horizonte), com o qual Ceschiatti conquistou o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro (1945). O artista realizou cursos na Europa e, na volta, exposição individual no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB, 1948). Ceschiatti ficou conhecido pelas grandes esculturas que ele realizou para os projetos de Oscar Niemeyer (1907-2012) como As Banhistas, instalada no lago em frente ao Palácio da Alvorada; e A Justiça, obra na frente do Palácio da Justiça na Praça dos Três Poderes (Brasília). Outra obra conhecida muito visível em São Paulo é sua grande escultura na Estação Sé do metrô paulista. As esculturas Eva (1965, bronze, 147 cm x 47 cm x 34 cm) e Duas Amigas (1967, bronze, 255 cm x 127 cm x 58 cm), pertencem ao acervo do Palácio Itamaraty (Brasília - Rio de Janeiro). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: PALÁCIO ITAMARATY BRASÍLIA: Brasília. Rio de Janeiro. São Paulo: Banco Safra, 2002, pp. 148-151.

CARNICELLI, Mick; Miguel Carnicelli Sobrinho (1893-1967).

CARNICELLI, Mick; Miguel Carnicelli Sobrinho (1893-1967). O artista italiano nasceu em Agrópoli e morreu em São Paulo; sua família emigrou para o Brasil (1898-). Mick Carnicelli e seu irmão mais velho Gaetano, foram mandados à Itália para estudar (1918). O artista precisou prestar o serviço militar no país, mas como mostrou-se rebelde à disciplina no exército italiano foi enviado para lutar na Eritréia (África). O artista e seu irmão Gaetano regressaram a São Paulo sem completarem seus estudos e duvida-se mesmo que Mick Carnicelli tenha frequentado as aulas da Academia de Arte (Veneza). O futuro artista aproveitou a vida como um dândi, frequentando os melhores lugares de Turim, Milão e Veneza. Carnicelli trabalhou no comércio paulista como vendedor da Casa Falchi. mais tarde, Na época em que Mick Carnicelli trabalhava na Alfaiataria Carnicelli o pintor Vittorio Gobbis levou Quirino da Silva para conhece-lo (São Paulo, 1926). Quando Carnicelli visitou a Exposição Francesa, despertou para sua vocação adormecida de pintor. O jovem voltou a pintar e a participar de mostras coletivas paulistas como a de Pintura Moderna Brasileira-Norte Americana (1944); o artista participou do VIII e X Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos (1944; 1946); suas obras participaram da Exposição de Pintura Moderna, realizada na Galeria Itá, em homenagem a Mário de Andrade falecido no ano anterior (São Paulo, 1946). Carnicelli expôs em mostra conjunta com Bruno Giorgi, Ernesto de Fiori e Alfredo Volpi na Galeria Domus (São Paulo, 1947). Carnicelli realizou sua primeira mostra individual na Galeria Itá, na rua Barão de Itapetininga, centro de São Paulo (1945); a apresentação no catálogo foi de Menotti del Picchia, para quem Carnicelli tinha desenhado anteriormente a capa, as ilustrações e os contornos dos verbetes para o poema Angústia de São João, (São Paulo, 1922). Na época em que Carnicelli viveu com a francesa Jeanne Pauline Dollé, ele retratou-a. O artista trabalhou no seu estúdio, na sua casa no bairro de Santana; ele manteve outro estúdio no porão da casa de seu pai, na Av. Brigadeiro Luís Antônio, tema de algumas de suas obras. O artista publicou desenhos na revista Investigações (1949-1952); algumas de suas ilustrações foram publicadas em livros (1950-1956). As obras Figurativas de Mick Carnicelli como O Homem que Lê, Pátio de Manobras da Sorocabana e Subúrbio, estiveram em exposição na I Bienal do Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1951). Obras de Mick Carnicelli participaram da mostra Pintores Paulistas (São José dos Campos, SP, 1958); e da mostra Pintura Paulista Contemporânea, no MAM (São Paulo, 1958). No final da década de 1950 Carnicelli adoeceu (1959): ele foi viver com suas irmãs na Cidade Vargas (SP), onde faleceu alguns anos depois (maio, 1967). Obras do artista participaram de várias mostras póstumas como Os Grupos: a Década de Quarenta, no Museu Lasar Segall (1977); e de outra mostra no mesmo museu paulista, com curadoria de Helio Cabral, São Paulo, Periferia e Centro nos anos Quarenta: Joaquim Figueira e Mick Carnicelli (1980). Outra mostra importante, da qual obras de Carnicelli participaram, foi Pintores Italianos no Brasil (1982), organizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo, coletiva com obras dele e de Ernesto de Fiori. Pinturas de Carnicelli participaram da mostra O Olhar Italiano sobre São Paulo (1993), na Pinacoteca do Estado de São Paulo, que destacou as paisagens dele, de Alfredo Volpi e de Ernesto de Fiori. A obra de Carnicelli tem em comum traços de influência do Expressionismo alemão, marcante no melhor da obra de Anita Malfatti; os retratos de Carnicelli são ousados na cor e na luminosidade, acentuada por generosas doses de branco nos locais banhados pela luz, como nos retratos Décio (1949, óleo/ tela, 58 cm x 48 cm) e José (1947, aquarela/ papel, 77 cm x 56 cm), ambas na coleção Orandi Momesso. Os interiores intimistas do artista se destacaram nas obras Porão com Cavalete (1945, óleo/ tela) e Porão (1947, aquarela/ papel), que refletem a influência das vanguardas francesas sobre a obra de Mick Carnicelli. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ARTIGO. LAUDANNA, M. Os ítalos e os brasileiros na arte do entre guerras: Mick Carnicelli. São Paulo: Jornal das Exposições Paralelas, Pinacoteca do Estado de São Paulo, 1999, pp. 05-07. CATÁLOGO GERAL. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dez., 1953, p. 100.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

BIOGRAFIA: PANCETTI, Giuseppe Giannini (1904-1958).

BIOGRAFIA: PANCETTI, Giuseppe Giannini (1904-1958). O artista foi filho de um imigrante italiano que veio morar no Brasil; seu pai foi mestre de obras da construção do Theatro Municipal (São Paulo, 1911-). Aos dez anos de idade o artista foi enviado para estudar na Itália; Pancetti foi viver na casa de seus tios, em Massa Carrara, onde estudou no Colégio dos Salesianos. O artista exerceu diversas profissões depois que abandonou os estudos, mais simples como carpinteiro e operário, até que conseguiu ingressar na marinha mercante italiana. Pancetti voltou ao Brasil e engajou-se na marinha de guerra brasileira (1922): como marinheiro participou das forças legais no combate à revolta do Forte de Copacabana e das várias revoluções brasileiras (1924; 1930; 1932). Pancetti começou a pintar marinhas (1925-), ele evoluiu como artista somente depois que passou a frequentar o dito Núcleo Bernardelli, criado à partir da ENBA (Rio de Janeiro, 1931-1941). Pancetti pintou na companhia de artistas como Edson Motta, Milton Dacosta e Bruno Lechowsky (1887-1941), que o ajudaram a desenvolver-se na composição. O artista pintou a melhor fase de sua obra na década de 1940; na de 1950, ele pintou marinhas no litoral baiano. Nos vinte anos finais de sua vida, Pancetti pintou de forma obsessiva o próprio retrato: mais de 40 obras do tema são conhecidas, e sobressai o fato de Pancetti mostrar-se em trajes de trabalhador rural ou de operário, nunca negando suas origens proletárias. O Catalogue Raisonné do artista brasileiro foi compilado e publicado (Teixeira Leite, 1988); destacamos na obra do artista as influências de Paul Gauguin, e mesmo do Expressionismo de Vincent van Gogh. Pancetti utilizou paleta com cores diferentes e luz característica nas suas obras, destacadas especialmente nas suas hoje celebradas marinhas. Na obra de Pancetti destacamos seu Auto-Retrato (1952-1955, óleo/ tela, 45,7 x 33,2 cm), em exposição na Coleção Fadel, mostra realizada no CCBB (Rio de Janeiro, março – abril, 2002). A obra encontra-se reproduzida no catálogo da mostra. REFERÊNCIA SELECIONADA: Teixeira Leite, J. R. T. (1988). Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, p. 207.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

1938-1940-GRUPO (ITALIANO) CORRENTE [CORRENTE] OU BOTTEGA DE CORRENTE (Milão).

GRUPO (ITALIANO) CORRENTE [CORRENTE] OU BOTTEGA DE CORRENTE (Milão, 1938-1940). Destaques BIROLLI, Renato e Emilio VEDOVA, Giuseppe SANTOMASO e Alígi SASSU. O Grupo Corrente surgiu do Grupo (Italiano) dos Seis de Turim [Sei di Torino] (v.) e da revitalização das artes italianas, por este outro grupo que também adotou a posição Anti-Fascista. O movimento constituiu a verdadeira frente da arte das vanguardas italianas, que lutou com engajamento ideológico contra a arte oficial do regime ditatorial fascista. Os artistas do Corrente buscavam a abstração de alcance internacional e foram reunidos em torno do crítico de arte Giulio Carlo Argan. Desse grupo participou um grande contingente de artistas vindos de várias regiões da Itália, como Afro (Udine – Zurique, 1912-1976), Arnaldo Badodi (Milão, 1913-1942), Renato Birolli (Verona-Milão, 1906-1959), Corrado Cagli (Ancona-Roma, 1910-1976), Bruno Casinari (Piacenza-Milão, 1912-1992), Felice Casorati (Turim-Milão, 1883-1963), Michelangelo Conte (1913-1987), Antonio Corpora (Turim-Roma, 1909-2004), Nino Franchina (1912-1987), Renato Guttuso (Bagheria-Roma, 1912-1987), Mario Mafai (Roma-Milão, 1902-1965), Giacomo Manzú (Turim-Milão, 1908-1991), Giovanni Menzio, Giuseppe Migneco (Messina-Milão, 1908-1997), Mattia Moreni (Pavia-Turim-Milão, 1920-1999), Ennio Morlotti (Lecca-Milão, 1910-1992), Gabriele Mucchi (1899-2002), Enrico Paolucci (Turim-Milão, 1901-1999; v. Grupo (Italiano) dos Seis de Turim), Cesare Peverelli (1922-2000), Giuseppe Santomaso (Veneza-Milão, 1907-1980), Aligi Sassu (Milão, 1912-), Fiorenzo Tomea (Roma, 1910-1960), Giulio Turcato (Mântua-Milão, 1912-1995), Ítalo Valenti (Milão, 1912-1995) e Alberto Viani (1906-1989), entre outros. Os vanguardistas publicaram a revista Corrente (março – dezembro, 1939), depois que fundaram a Editora Corrente (1938 – junho, 1940), que publicou vários livros dos artistas, que fundaram a Galeria de Arte Bottega de Corrente. O grupo organizou duas mostras coletivas (Milão, março – dezembro, 1939). Todos os empreendimentos do grupo foram fechados pela ditadura fascista, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Participaram do grupo Corrente os filósofos Anceschi, De Grada, Gantonio, Fromaggio, Pacci, Preti, todos discípulos de Antonio Bafi. Participaram também do grupo Emilio Vedova (Veneza-Milão, 1919-1995), professor do artista italiano que emigrou para o Brasil e se tornou professor das vanguardas brasileiras em São Paulo, Domenico Lazzarini (1920-1987). Esse grupo. que lutou contra a corrente fascista que dominava a arte italiana do período entre guerras mundiais (1919-1939), expôs suas obras nas mostras das quais participaram Bruno Casinari, Arnaldo Badadi, Renato Birolli, Ennio Morlotti, Fiorenzo Tomea, Domenico Cantatore, Mário Maffai, Gabrielle Mucchi, Giuseppe Santomaso e Emilio Vedova (v. revistas Corrente e Corrente di Vita). A arte de grande parte dos artistas do Grupo Corrente foi apresentada no Brasil, com texto no catálogo de Giovanni Ponti, na época presidente da Bienal de Veneza, na Sala Geral Italiana da II Bienal Internacional, realizada no MAM (São Paulo, 1953). Foram expostas pinturas de Afro (Basaldella), Renato Birolli, Felice Casorati, Bruno Cassinari, Mino Maccari (1898-), Mário Mafai, Mattia Moreni, Ennio Morlotti, Enrico Paulucci, Ottone Rosai (1895-), Bruno Saetti (1902-), Giuseppe Santomaso, Mário Sironi (1885-1961), Attanasio Soldatti (1887-1953) e Emilio Vedova (1919-1995). Na mesma sala apresentaram esculturas Agenori Fabbri (1911-2000), Pericle Fazzini (1913-1987), Marino Marini (1901-1980), Marcello Mascherini (1906-1983) e Alberto Viani (1906-1989), além dos desenhos de Francesco Carnevali (1892-), Fabrizio Clerici (1913-1993), Alberto Gerardi (1889-1965), Marino Marini (1901-1980), Luigi Spazzapan (1890-1958), Ernesto Treccani (1920-2009) e Leonor Fini (1908-1996). E, enviaram obras nas técnicas de Gravura Nunzio Gulino (1920-), Paolo Manaresi (1908-), Giorgio Morandi (1890-1964), Nunzio Schiavarello (1918-), Luigi Spacal (1907-2000) e Pompeo Vecchiati (1911-). REFERÊNCIA SELECIONADA: CATÁLOGO GERAL. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dezembro 1953, p. 172.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

BIOGRAFIA: ADAMI, Hugo; Pilade Francisco Hugo Adami (1899-1999).

BIOGRAFIA: ADAMI, Hugo; Pilade Francisco Hugo Adami (1899-1999). O pintor, ator, cenógrafo e cantor lírico conhecido como Hugo Adami, nasceu em São Paulo e estudou com Giuseppe Barchitta, na Escola Profissional Masculina do Brás; e, depois, com Georg Elpons (1865-1939), Enrico Vio (1874-1960), William Zadig (1884-1952) e Alfredo Norfini (1867-1944), no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo, 1915). Adami estudou música e tornou-se cantor de ópera, trabalhando durante dois anos na Companhia Leopoldo Fróes, no Rio de Janeiro. Adami participou pela primeira vez do SNBA - Salão Nacional de Belas Artes (1921) e do Salão da Primavera (1923), ambos no Rio de Janeiro; ele viajou para Florença onde estudou arte durante o período de cinco anos (1923-1927). Adami participou da mostra do Novecento (Florença, 1926), na companhia dos pintores Achille Virgille Funi (1890-1982), Mario Sironi (1885-1961), Pietro Marrusig (1879-1930) e Mário Tosi (1895-1979). O artista visitou Paris e participou do Salão das Tulherias (1927). Adami conheceu e estabeleceu amizade com Giorgio De Chirico (1888-1878); ele voltou ao Brasil e expôs na sua primeira mostra individual, na Casa das Arcadas (São Paulo, 1928). A mostra foi comentada por Mário de Andrade (1888-1945), no ensaio publicado no Diário de Notícias. No mesmo ano Adami voltou à Itália, quando expôs na Bienal de Veneza (1929-1931). Adami regressou ao Brasil (1931), para radicar-se em São Paulo, onde foi um dos fundadores da SPAM/ Sociedade Pró Arte Moderna (1932-1935). O artista participou com Flávio de Carvalho (1899-1973) do CAM/ Clube dos Artistas Modernos, fundado (24 novembro, 1932-) por Antonio Gomide (1895-1967), Carlos Prado, Vittorio Gobbis (1894-1968) e Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Adami expôs em outra mostra individual, em São Paulo (1933); o artista expôs no SPBA - Salão Paulista de Belas Artes (1934; 1935; 1936); no penúltimo salão (1935) Adami recebeu a Grande Medalha de Prata e, no último, a Medalha de Ouro (1936). Adami participou da mostra da Família Artística Paulista (1937), juntamente com obras de Alfredo Volpi (1896-1988), Aldo Bonadei (1906-1964), Paulo Rossi Osir (1890-1959) e Clóvis Graciano (1907-1988). Obras de Adami participaram do 2º Salão de Maio (São Paulo, 1938), organizado por Flávio de Carvalho e de outra mostra do SPBA (1940). O artista voltou a viver na Europa (1937-1949) e afastou-se das atividades artísticas (1945-1970). O artista somente voltou a pintar anos depois (1975) e reapareceu no cenário brasileiro a partir da década de 1980 quando participou da mostra Do Modernismo à Bienal, no MAM (São Paulo, 1982); da Mostra Retrospectiva, no MAM (São Paulo, 1986); da Artistas Contemporâneos da Sociarte (São Paulo, 1992; 1993; 1995); da mostra Unidade e Confronto, na Escola Pan Americana de Arte (São Paulo, 1994); da Hugo Adami, 35 Pinturas, no Escritório de Arte Renato Magalhães Gouveia (São Paulo, 1996); e de mostra individual, com apresentação do crítico de arte Mário Barata, no MAM (São Paulo, 1996). A obra de Adami, Sem Título (desenho, nanquim e grafite/ papel, 20,2 cm x 40,5 cm), pertence ao acervo do MAC – USP. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: AYALA, W.: SEFFRIN, A. Dicionário de pintores brasileiros. Curitiba: UFFR - Universidade Federal do Paraná, 1997. 2ª ed., ver., ampl.< 428p. : il., color., p. 19. BARBOSA, A. M. Catálogo Geral de Obras 1963-1993. São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Fundação Bienal, 1993, p. 03. PONTUAL, R. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil. Introdução histórica e crítica de Mário Barata (et al.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559p.: il, retrs. TEIXEIRA LEITE, J. R. T. Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, 1988, p. 13.

sábado, 11 de julho de 2015

BIOGRAFIA: AITA, Zina (1900-1967).

BIOGRAFIA: AITA, Zina (1900-1967). A artista brasileira de origem italiana nasceu em Belo Horizonte e morreu em Nápoles. Aita foi artista plástica modernista, participante da dita, Semana de 22 (São Paulo, 1922). Aita viveu quase sempre na Itália, para onde sua família viajou no período da Primeira Guerra Mundial: a artista estudou com o renomado ceramista Galileo Chini (1873-1956), com ênfase nas técnicas das artes decorativas em cerâmica (Florença). Aita voltou ao Brasil, ocasião em que conheceu Ronald de Carvalho (1893-1935), Manuel Bandeira (Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, 1886-1968), Oswald de Andrade (1890-1954), Tarsila do Amaral (1886-1973), o poeta e futuro diplomata Vinícius de Moraes (1913-1980), participantes do grupo de intelectuais cariocas e paulistas, alguns como Ronald de Carvalho e Oswald de Andrade organizadores da Semana de Arte Moderna. Aita associou-se por grande amizade a Anita Malfatti (1896-1964); logo após a famosa Semana de 1922, a artista apresentou 46 obras, na mostra individual realizada na galeria O Livro, pertencente à Jacinto Silva (São Paulo). A mostra foi sucesso de crítica e levou várias das obras da artista a serem adquiridas por participantes e organizadores da semana como Paulo Prado (1869-1943), Graça Aranha(1868-1931), Nestor Rangel Pestana (18xx-1933), Yan de Almeida Prado (Joâo Fernandes de Almeida Prado, 1898-1989), e o escultor alemão Wilhelm Haarberg (1891-1956). A fotograafia de Zina Aitacom Mário de Andrade, Anita Malfatti e amigos, na inauguração de sua mostra em São Paulo, encontra-se publicada na revista Época (n. 194, especial), mostrando a artista aos 22 anos de idade, jovem e bonita. Aita voltou contra sua vontade para Nápoles, viajando com sua família, radicou-se nesta cidade italiana e dedicou-se a pintura, aquarela (1924-). Aita tornou-se conhecida no país, pois adquiriu e dirigiu manufatura de cerâmica decorativa, na técnica de faiança. A artista expôs suas cerâmicas em Monza e Faenza, onde recebeu o prêmio Assunto Sacro (1930). O Museu Internacional da Cerâmica adquiriu duas obras de Aita para seu acervo (Faenza, 1949). Aita participou de várias mostras coletivas, como a organizada na Câmara de Comércio de Nápoles (1950); da Mostra do Ultramar (1951) e da Exposição de Cerâmica (Pompéia, Itália). A artista participou de mostras religiosas como a do Angelicum, em Milão, que adquiriu a Madonna dela para seu acervo: esta mostra foi itinerante a São Paulo (1952). Aita expôs na Mostra do Meio-Dia (Roma, 1955); na Exposição de Arte Sacra, no Palazzo Real (Nápoles, 1956); na Mostra do Presépio, no Palazzo Baschi (Roma); na Manifestação de Arte Nacional, no Palazzo Real (Nápoles); na individual Cerâmica de Zina Aita, realizada na Galeria de Arte Vanvitelli (Nápoles, 1957), e participou da IV Exposição Nacional de Arte (Roma, 1967). Aita voltou ao Brasil para passar temporada, quando produziu inúmeros desenhos e aquarelas com motivos da flora e fauna tropicais, principalmente pintando figuras de pássaros brasileiros (1953). No entanto, a fase que despertou maior interesse em sua obra foi a pintura que a artista produziu na década de 1920: alguns exemplares de obras desta fase encontram-se nos acervos brasileiros, como o do MAC (USP) e na Coleção Mário de Andrade (IEB - USP), bem como em várias coleções particulares brasileiras. REFERÊNCIAS SELECIONADAS; AMARAL, A. Artes Plásticas na Semana de 22. São Paulo: Perspectiva, 1970, p. 230. ALTMAN, F.; GRANATO, F.; MENGOZZI, F.; GIRON, L. A.; GONÇALVES FILHO, A. 80 anos de Revolução: Semana de Arte Moderna de 1922. Rio de Janeiro: Época, n.194, Editora Globo, 2002, p. 07. AYALA, W.: SEFFRIN, A. Dicionário de pintores brasileiros. Curitiba: UFFR - Universidade Federal do Paraná, 1997. 2ª ed., ver., ampl., 428p. : il., color., p. 16. Graça Aranha. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Esta página foi modificada pela última vez à(s) 19h10min de 7 de junho de 2015. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Gra%C3%A7a_Aranha Acesso em: 14 junho, 2015. Manuel Bandeira. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Esta página foi modificada pela última vez à(s) 19h45min de 31 de maio de 2015. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Bandeira Acesso em: 14 junho, 2015. Ukrainian Futurism, 1914-1930: A Historical and Critical Study (review). Malynne Sternstein. Modernism/modernity. Volume 6, Number 3, September 1999, pp. 157-159 | 10.1353/mod.1999.0036 Retrieved from: https://www.google.com.br/search?hl=pt&source=hp&q=Ukrainian+Futurism%2C+1914-1930%3A+A+Historical+and+Critical+Study+%28review%29.&gbv=2&oq=Ukrainian+Futurism%2C+1914-1930%3A+A+Historical+and+Critical+Study+%28review%29.&gs_l=heirloom-hp.12...1594.1594.0.5344.1.1.0.0.0.0.266.266.2-1.1.0....0...1ac.1.34.heirloom-hp..1.0.0.Vhtq0HLyFiQ Acessed in: June 06, 2015.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

BIOGRAFIA: GOBBIS, Vittorio (1894-1968).

BIOGRAFIA: GOBBIS, Vittorio (1894-1968). Nasceu em Motta di Livenza, na Itália; foi morar em São Paulo (c. 1924), depois de ter feito cursos de pintura e restauração em Veneza, conhecendo a fundo as técnicas dos velhos mestres. O pintor foi um dos fundadores do CAM [Clube dos Artistas Modernos] e da SPAM [Sociedade Pró - Arte Moderna], juntamente com Flávio de Carvalho (1899-1973), Carlos Prado (1908-1992), Antonio Gomide (1895-1967) e Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976). Foi Gobbis quem trouxe a cultura européia para as discussões no eclético ambiente cultural paulista, fato que revestiu-se de grande importância para a dinâmica do desenvolvimento da cultura pictórica em uma cidade ainda provinciana. Gobbis dedicou-se ainda à compra, venda, restauração e conservação da pintura de quadros. Gobbis produziu, de acordo com TEIXEIRA LEITE (1988): [...] obra não muito extensa e desigual [...]. No entanto o artista conseguiu esplêndidos momentos: suas obras participaram do Salão Paulista de Belas Artes, onde foi agraciado com Medalha de Prata (1933), Medalha de Ouro (1936) e Prêmio de Aquisição (1956). Gobbis participou do Salão Nacional de Belas Artes (1935), onde recebeu Medalha de Ouro e participou da I e II Bienal de São Paulo (1951; 1953). Na II Bienal Gobbis apresentou as obras Cajus (c. 1953, óloe/ tela, 92 cm x 73 cm), e Caminho da Penha, Vitória, Espírito Santo (c. 1953). O artista produziu obras nas técnicas de aquarela, desenho e óleo; mas seu mérito maior foi citado por Mário de Andrade no seu célebre artigo Esta Família Paulista (1939), no qual o autor enfatizou a importância da presença de Vittorio Gobbis na vida cultural da cidade. Mesmo com todas as medalhas Gobbis não conseguiu livrar-se da pobreza material, que seu espírito e vida boêmia contribuíram para acentuar; o artista morreu esquecido, aos 74 anos de idade, [...] morando por favor num fundo de quintal, num mísero aposento feito de tábuas de caixotes, tão exíguo que mal dava para lhe abrigar o corpanzil [...] TEIXEIRA LEITE, 1988). Duas obras de V. Gobbis, Nu Recostado (1931, óleo/ tela, no MASP) e Negra (1931, óleo/ tela, no acervo da Escola Paulista de Medicina), participaram da importante mostra do Novecento Sudamericano. Relações artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai, com o patrocínio do Instituto Italiano de Cultura, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (31 de agosto - 05 de outubro, 2003). A mostra, que não seguiu critério geopolítico nem cronológico, buscou integrar visualmente as obras produzidas no mesmo período no Brasil, Uruguai e Argentina, comparando-as com obras de artistas influentes do Novecento italiano (v.). Outras duas obras de Gobbis integram o acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo: a instituição cultural com magníficas instalações abriga em seu segundo piso obras de sua coleção permanente. Na última sala encontram-se dois quadros de Gobbis, doações de Emmanuel Araújo: a obra Sem título, dita Lagosta (sd, e a citada Cajus com a qual Gobbis participou da II Bienal de São Paulo), a segunda pintura bem mais solta e moderna do que a primeira. Vale a visita para a apreciação dos quadros de um dos primeiros artistas italianos no Brasil, que pertenceu às primeiras vanguardas das terras paulistanas e que deve ser relembrado, Vittorio Gobbis. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ENSAIO. CHIARELLI, Tadeu. Novecento Sudamericano. Relações artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Instituto Italiano de Cultura - Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003. TEIXEIRA LEITE, J. R. T. Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, 1988, p. 220.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

1947-1948-GRUPO ITALIANO FORMA UM (Roma).

1947-1948-GRUPO ITALIANO FORMA UM (Roma). Os artistas Piero Dorazio (1927-2005), Carla Accardi (1924-2014), Ugo Attardi (1923-2006), Armando Buratti (1924-), Pietro Consagra (1920-2005), Mino Guerrini (1927-1990), Achille Perilli (1927-), Antônio Sanfilippo (1923-1980) e Giulio Turcato (1912-1995), se associaram no imediato pós-guerra no Grupo (Italiano) Forma Um (Forma Uno, 1947-1948), e lançaram Forma, um Manifesto (1947). O grupo lutou pela renovação da arte italiana e tornou-se avançado na Abstração pictórica. As pinturas do grupo foram apresentadas em duas exposições no Clube da Arte (Roma, 1947; 1948); e na mostra Arte Hoje, da qual Consagra foi um dos organizadores e que ocorreu no Museu de Arte Contemporânea (Roma, 1948). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Achille Perilli. From Wikipedia, the free encyclopedia. This page has been modified for the last time March 19, 2013 at 11:24. Acess: 25, April, 2013. Armando Buratti. From Wikipedia, the free encyclopedia. This page has been modified for the last time December 27, 2012 at 00:14. Acess: 25, April, 2013. Carla Accardi. From Wikipedia, the free encyclopedia. This page was last modified on 22 March 2013 at 01:37. Retrieved from http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Carla_Accardi&oldid=546148233" Acess: 25, April, 2013. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: Il, p. 136. Mino Guerrini. From Wikipedia, the free encyclopedia. This page has been modified for the last time April 15, 2013 at 20:34.Acess: 25, April, 2013. Murilo Mendes 1901-2001. Juiz de Fora: CEMM/ Centro de Estudos Murilo Mendes. Rio de Janeiro: Museu da Chácara do Céu. São Paulo: Museu Lasar Segall, 2002. Ugo Attardi. From Wikipedia, the free encyclopedia. This page was last modified on 8 March 2013 at 16:25.Retrieved from "http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Ugo_Attardi&oldid=542838897" Acess: 25, April, 2013. SEUPHOR, M. Dictionaire de la peinture abstraite. Paris: Fernand Hazam, 1957, p. 151.

BIOGRAFIA: MARUSSIG, Piero (1879-1937). O artista italiano nasceu em Trieste e morreu em Pavia. Marussig recebeu a influência do movimento do Pós-Impressionismo e das correntes que marcaram a arte européia no final do século XIX e o início do século XX: o Estilo Jovem [Jugendstill] (Munique e Viena), que na França chamou-se Arte Nova [Art Nouveau] e que marcou as exposições de arte das Secessões européias (Berlim, Munique e Viena). Marussig passou a viver em Milão (1920), onde conheceu os Futuristas Carlo Carrá(1881-1966), Achille Virgile Funi (1890-1972) e Mario Sironi (1885-1965). Marussig participou da primeira formação do Novecento italiano (1923-1933). A jornalista, historiadora e crítica de arte Margherita Sarfatti (1883-1961), porta voz da política para as artes dominadas pelo estado italiano durante a ditadura de Benito Mussolini, tornou-se curadora de todas as mostras desde a do Grupo dos Sete Pintores [Sette Pittori], da qual participaram Anselmo Buci, Baccio M. Bacci, Leonardo Dudreville, Gian Emilio Malerba, Pietro Marussig, Ubaldo Oppi e Mario Sironi, inaugurada com a presença e discurso do Il Duse na Galeria Lino Pesaro, conhecida depois como C'a Pesaro (Milão, 1923). Novamente foi Sarfatti a curadora de duas das Bienais de Veneza (XIV e XV/1924; 1926); foi ela quem organizou a representação oficial italiana para a Exposição Universal (Paris, 1925), e no mesmo ano foi curadora da mostra dos Seis Pintores do Novecento [Sei Pittore del'900]. Outras mostras ocorreram no Palazzo della Permanente (Milão, 1926; 1929). O movimento do Novecento italiano, que se transformou na arte oficial italiana, afirmou-se no início da década de 1930. Na época o grupo recebeu a adesão de mais de 100 artistas e tornou-se conhecido oficialmente depois da I Mostra do Novecento Italiano, realizada na Galeria Gian Ferrari (Milão, 1926). Sarfatti foi viver em Roma, onde organizou e dirigiu, junto com B. Mussolini, a revista Gerarchia [Hierarquia](1922). No mesmo ano em que ela publicou seu livro História da Pintura Moderna, a jornalista passou a realizar com o grupo do Novecento inúmeras mostras internacionais. Na ocasião da inauguração da exposição itinerante na sede da AAA/Associação Amigos da Arte (Buenos Aires), Sarfatti proferiu palestra, nessa mostra itinerante à Montevidéu (Uruguai, 1930). Sarfatti levou o Novecento para Helsinki (Finlândia, 1931), além de Amsterdã, Basiléia, Berlim, Berna, Bruxelas, Budapeste, Estocolmo, Genebra, Lausanne, Lípsia, Paris, Viena e Zurique, além de destacada participação em outras mostras italianas importantes no período. Paralelamente às artes iniciou-se movimento na literatura italiana com o grupo formado em torno do escritor fascista Massimo Bontempelli, que publicou a revista Novecento (Roma, 1926-1929). Algumas obras do grupo do Novecento participaram das mostras Os Realismos em Paris 1919-1939 [Les Réalismes 1919-1939 à Paris], no MNAM (1980-1981); da mostra Futurismo & Futurismus no Palácio Grassi (Florença, 1986). E, a arte do Novecento apresentou-se no Brasil, na mostra Novecento Sudamericano: Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo (31 de agosto - 05 de outubro, 2003). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: BREUILLE, J-P. Dictionnaire de la peinture et de sculpture : l'art du XXe siècle. Sous la direction de Jean-Philippe Breuille. Paris: Lib, Larousse, 1991. 777p.: il., retrs., p. 100.. (Dictionnaires specialisés). Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, p. 24. CATÁLOGO GERAL. II Bienal do Museu de Arte Moderna. São Paulo: EDIAM, 1a edição, dezembro de 1953, pp. 225-226.

1928-1937-ESCOLA (ITALIANA) ROMANA OU ESCOLA (ITALIANA DA) VIA CAVOUR (Roma).

ESCOLA (ITALIANA) ROMANA OU ESCOLA (ITALIANA DA) VIA CAVOUR (Roma, c. 1928-1937). O pintor italiano Mário Mafai (1902-1965), que nasceu em Roma, tornou-se, juntamente com outro romano, Scipione (Gino Bonichi, 1904-1933), um dos fundadores da dita, Escola Romana. O grupo ficou conhecido como Escola da Rua Cavour [Scuola di Via Cavour] local do ateliê de Mafai, onde se reuniam os participantes. Foram os principais associados Giuseppe Capogrossi (1899-1972), Conrado Cagli (1910-1976), Mário Mafai (1902-1965), Scipione (Gino Bonichi, 1904-1933), Antônio (Toti) Scialoja (1914-1998), Giacomo Balla e Gino Severini (v. Futurismo nas Artes Plasticas); Mário Broglio, Edita Broglio, Giorgio de Chirico e Savínio (Andrea Alberto de Chirico; v. Grupo da Pintura Metafísica); Afro (Basaldella) e Renato Guttuso (v. o Grupo Corrente). Posteriormente Capogrossi, a partir da Abstração que o consagrou, criou seu próprio Grupo (Italiano) Origem [Origine] (1949-1956; v.). Participaram também Mirko Basaldella, Cesare Peverelli, Fausto Pirandello, Carlo Socrate, Renzo Vespignoni, Alberto Ziveri, entre vários outros; se associaram depois ao grupo Giovanni Stradone (1911-1981) e o escultor Marino Mazzacuratti (1907-1969). Participou do grupo Toti Scialoja, artista que, na década de 1950, passou prolongado período vivendo em São Paulo, onde trabalhou como destacado cenógrafo e figurinista para o Ballet do IV Centenário de São Paulo (1953-1955; v.). A arte da Escola Romana foi influenciada pela Pintura Metafísica, lançada em Roma pouco antes da década de 1920, por Carlo Carrà e Giorgio de Chirico, girando em torno da revista Valori Plastici [Valor Plástico], de Mário Broglio. A primeira exposição do grupo realizou-se em Roma (1928). A denominação mais conhecida do grupo, Escola Romana, foi recebida do crítico de arte italiano Roberto Longhi (1929). REFERÊNCIA SELECIONADA: DINI, P.: BORGIOTTI, M. (Introd.). Movimenti Pittorici italiani dell´Ottocento:.I Macchiaioli e la Scuola Napolitana. Milano: Alfieri & Lacroix, 1966. 165p.: il., algumas color., pp. 05-15. 24 x 30 cm.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

BIOGRAFIA, SPILIMBERGO, Lino Enea (1896-1964).

BIOGRAFIA, SPILIMBERGO, Lino Enea (1896-1964). O artista plástico de origem italiana nasceu em Buenos Aires e morreu em Unquillo (Argentina). O artista estudou na Academia Nacional de Belas Artes (Buenos Aires). As obras de Spilimbergo participaram do Salão Nacional, quando o artista recebeu o 1º Prêmiopelo melhor conjunto de obras, o que permitiu-lhe passar prolongada temporada européia. Spilimbergo viveu na França e na Itália (1925-1929). O artista passou um período estudando em Paris com André Lhote (1885-1962); suas pinturas receberam as influências de Paul Cézanne (1839-1906), do Cubismo e da PinturaMetafísica (v. no meu Blog http://arteeuropeiadevanguarda.blogspot.com). Spilimbergo participou do primeiro Grupo (Italiano) dos Oito Pintores [Gruppo Delle Otto Pittore], formado em torno do crítico de arte Edoardo Persico (1900-1936) com Gino, Lilloni, Pancheri e Pepino, entre outros que reagiram contra a estética retrógrada da arte apoiada pelo estado fascista. O grupo citado expôs na sua primeira mostra na Galeria del Millione (Milão, 1930). Os artistas do grupo citado também participaram do Grupo Círculo e Quadrado [Cercle et Carré] (Paris, 1929-1931) e do Arte Concreta Abstração-Criação [Art Concrete, Abstraction-Création] (Paris, 1932-1936). De volta a Buenos Aires obras de Spilimbergo participaram da mostra da A.A.A - Associação dos Amigos da Arte (1928); depois o artista organizou mostra coletiva da qual participaram vários pintores que Spilimbergo conheceu em Paris, entre outros das vanguardas argentinas como Antonio Berni (1905-1981) e Héctor Basaldúa (1895-1976), entre outros, exposição que ocorreu no Salão Witcomb (Buenos Aires, 1930). Spilimbergo recebeu o 1º Prêmio de Pintura, no Salão Nacional, no ano em que, juntamente com os esultores Antonio Silvestre Sibellino (1891-1960) e Luis Facini (1889-1973) o artista fundou o Sindicato dos Artistas (Buenos Aires, 1933). Spilimbergo integrou a equipe do muralista mexicano David Alfaro Siqueiros (1896-1974), que pintou mural na residência do diretor do jornal Crítica, Natálio Botana. Obras do artista participaram da Exposição Universal (Paris, 1937), juntamente com pinturas de Raquel Forner (1902-1988) e do escultor Alfredo Bigatti (1898-1964), entre outros artistas argentinos. Spilimbergo decorou, juntamente com A. Berni, o Pavilhão Argentino da mostra realizada em Nova York (1939). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: CHIARELLI, T. O Tempo em Suspensão: Presença/ Ressonâncias da Pintura Metafísica e do Novecento Italiano na Arte de Argentina, Brasil e Uruguai. In Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, p. 09. GINANNESCHI, E. O Enigma de uma Viagem na Arte do Século XX. In Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, pp. 18-20. WECHSLER, D. De uma estática do Silêncio a uma Silenciosa Declamação. Encontros e Apropriações de uma Tradição nas Metrópolis do Rio da Prata. In Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, p. 13. http://www.biografiasyvidas.com/biografia/b/basaldua.htm

segunda-feira, 20 de abril de 2015

BIOGRAFIA, AFRO; Afro Basaldella (1912-1976).

BIOGRAFIA, AFRO; Afro Basaldella (1912-1976). O pintor italiano mais conhecido pelo nome de Afro nasceu em Udine e faleceu em Zurique (Suíça). A primeira mostra da qual suas obras participaram foi conjunta com seus irmãos pintores, Dino e Mirko: Afro recebeu bolsa de estudos de arte (Roma): ele expôs suas pinturas na Galeria del Milione (Milão, 1933) e participou da Quadrienal de Roma e da Bienal de Veneza várias vezes. Afro participou do Grupo Corrente, que revitalizou a arte italiana, quando adotou uma posição antifascista, no período da ditadura de Benito Mussolini. Os artistas do grupo buscavam a Abstração de alcance internacional. Artistas oriundos de várias regiões italianas participaram do grupo reunido em torno do crítico de arte Giulio Carlo Argan (1909-1992). Os artistas publicaram a revista Corrente (02 números, março e dezembro, 1939), coincidindo com as duas mostras coletivas realizadas em Milão; e fundaram a galeria de arte Bottega de Corrente e a Editora Corrente (1938- junho, 1940). Todas as iniciativas do grupo foram encerradas pela ditadura fascista, pouco antes do começo da Segunda Guerra Mundial (1940). Afro viajou para Nova York e começou a parceria de duas décadas com a Galeria Catherine Viviano (1950-1970). A arte norte-americana impressionou Afro, cuja obra recebeu as novas influências: suas pinturas até então seguiram a estética do movimento Neo-Cubista italiano. As pinturas de Afro participaram da importante exposição A Nova Década: 22 Pintores e Escultores Europeus [The New Decade: 22 European Painters and Sculptors], mostra que percorreu vários museus norte-americanos. Obras de Afro participaram da Documenta 1 (Kassel, Alemanha), e, em meados da década ele se tornou conhecido mundialmente, quando recebeu o prêmio de Melhor Artista Italiano na XXVIII Bienal de Veneza (1956). No ano seguinte Afro foi professor-residente do Mills College (Oakland, Ca.); ele foi convidado a executar o mural, Jardim da Esperança [Garden of Hope], para a UNESCO, incluído entre obras dos artistas Appel, Calder, Matta, Miró, Picasso e Rufino Tamayo. Afro continuou expondo suas pinturas internacionalmente: ele expôs na Documenta 2 (Kassel, Alemanha), em numerosas mostras em museus europeus e, nos Estados Unidos recebeu o 1º Prêmio da Trienal Carnegie (Pittsburgh), e o Prêmio Italiano do Museu Solomon Guggenheim (Nova York), que adquiriu sua pintura Vôo Noturno [Night Flight] (1957). O curador do Guggenheim, James Johnson Sweeney (v. Pop Art), escreveu monografia sobre Afro, elogiando suas cores quentes, sensuais e fluidas, seu espírito festivo e sua celebração da luz e vida – vida através da luz. Afro padeceu de problemas de saúde antes de falecer na Suíça (Zurique, 1976). A arte de grande parte dos artistas do grupo Corrente foi apresentada no Brasil, com texto no catálogo de Giovanni Ponti, na época presidente da Bienal de Veneza, na Sala Geral Italiana da II Bienal Internacional de São Paulo, realizada no MAM (1953). Foram expostas pinturas de Afro Basaldella, Renato Birolli (1906-1959), Felice Casorati (1883-1963), Bruno Cassinari (1912-1992), Mino Maccari (1898-), Mário Mafai (1902-1965), Mattia Moreni (1920-1999), Ennio Morlotti (1910-1992), Enrico Paulucci (1901-1999), Ottone Rosai (1895-1957), Bruno Saetti (1902-1984), Giuseppe Santomaso (1907-1980), Mário Sironi (1885-1965), Attanasio Soldatti (1896-1953) e Emilio Vedova (1919-1995), entre desenhos e esculturas de outros artistas italianos. Afro foi homenageado com um grande retrospectiva na Galeria Nacional de Arte Moderna (Roma, 1978); outra mostra de suas pinturas ocorreu no Palazzo Reale (Milão, 1992). Foi lançado o Catalogue Raisonée de suas obras, pela Academia Americana (Roma, novembro, 1997) e, no ano seguinte, apresentado na Fundação Guggenheim (Veneza, 1998). Outra monografia sobre Afro foi publicada por Cesare Brandi (1978). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: DICIONÁRIO. BREUILLE, J-P. Dictionnaire de la peinture et de sculpture : l'art du XXe siècle. Sous la direction de Jean-PhilippeBreuille. Paris: Lib, Larousse, 1991. 777p.: il., retrs., p. 737. (Dictionnaires specialisés). DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: Il, pp. 425-426. DICIONÁRIO.SCHMIED, W.; WITFORD, F.; ZOLLNER, F. The Prestel Dictionary of Art and Artists in the 20th century. Munich – London - New York: Prestel, 2000. 381p.: il., p. 145. CATÁLOGO GERAL. II Bienal do Museu de Arte Moderna. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dez., 1953. INTERNET. Afro Basaldella. From Wikipedia, the free encyclopedia. 24 set., 2008. Disponível em Acesso em 02 fev., 2009. LUCIE-SMITH, E. Art Today. Oxford: Phaidon Press, 1977. 417p.: il., retrs., p. 490. 26.5 x 21 cm.

sábado, 4 de abril de 2015

BIOGRAFIA: CAPOGROSSI, Giuseppe (1899-1972).

BIOGRAFIA: CAPOGROSSI, Giuseppe (1899-1972). O artista nasceu e morreu em Roma (Itália): Capogrossi viveu um período em Paris (1927-1933), mas depois voltou a viver em Roma. O artista participou da Escola Romana (Roma, 1924-1937). As primeiras obras de Capogrossi foram Figurativas, abordando temas como bailarinas, nadadores, naturezas-mortas e nus, nos quais ele deixou-se influenciar por obras vanguardistas do Cubismo francês e do Construtivismo russo. Este período de sua obra durou mais de uma década (c. 1930-1945), quando o artista alcançou a Abstração, de caráter pessoal (1945-). A partir de sua obra Abstrata, que o consagrou, Capogrossi criou seu próprio movimento artístico, quando formou o Grupo (Italiano) Origem [Origine] (1949-1956, v.). No início da década de 1950, Capogrossi alcançou o depuramento de seu estilo inovador: os motivos Abstratos do pintor, repetiram fileiras de formas similares, com eventuais aberturas como as dos dentes de um pente, utilizando linguagem repleta de códigos pessoais, marcantes, na sua obra personalizada. Nas suas obras Abstratas o artista desenvolveu a linguagem a partir de um único signo, que chamou de Morphema, forma de tridente que lembra a letra M e que tornou-se o principal elemento de seu alfabeto pessoal, visual e plástico. Capogrossi pintou seus signos em múltiplas variações, à princípio somente em branco e preto e depois usando coloridos fortes e variados, propondo texturas de gamas diferenciadas. A obra pictórica Abstrata de Capogrossi, apresentou seu signo, o Morphema,encadeado em sucessivas correntes, pintados em cores fortes e primárias como o vermelho, o amarelo e o azul real, predominando marcantes linhas negras e largas dos contornos. Sobre esta linguagem pictórica depurada, ARGAN (1992), declarou que o artista havia alcançado identidade entre forma e signo, quando na imediaticidade do fato perceptivo, o signo adquiriu a estrutura dinâmica da forma. O signo de Capogrossi, o Morphema, foi disposto segundo ritmos acelerados, para ocupar, em sequências graduais toda a superfície do quadro. Este signo, configurou-se progressivamente como forma simbólica, uma espécie de sigla heráldica, que tornou vibrante a menor variação de cor e escala, ocupando todo campo do quadro, dilatando-o. Capogrossi depois se associou ao Grupo Espacial [Spazialista] (Milão,1952), liderado por Lucio Fontana, do qual também participaram Enrico Baj, Cesare Peverelli, Gianni Dova e Roberto Crippa, entre outros. Capogrossi assinou o VI Manifesto (1953). O artista foi logo convidado por Antoni Tàpies para participar da importante mostra Veemências Confrontadas [Vehémences Confrontés], na Galeria Nina Drousser (Paris, c. 1965). Esta exposição levou para a mostra européia obras dos vanguardistas norte-americanos Jackson Polock e Wilhem De Kooning, entre outros participantes do Expressionismo Abstrato norte-americano. Capogrossi apresentou Relevos na sua mostra individual na Galeria del Cavallino (Veneza, 1966). A obra de Capogrossi Superficie n. 38 (1952) encontra-se reproduzida (RAGON, 1992); a pintura Superfície n. 305 (1959), se encontra reproduzida (LUCIE-SMITH, 1977); a sua obra Sem Título (guache/ papel), apresentando formas Abstratas marcantes e características dele, também se encontra reproduzida (SEUPHOR, 1957). Uma das pinturas mais originais de Capogrossi, anteriores à fase da Abstração que o consagrou, a obra Figurativa Banhistas no Trampolim (1931) pertence ao acervo do MAC - USP. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ARGAN, G. C. Arte Moderna.Tradução de Denise Bottmann e Federico Carotti. Biografias de Lara-Vinca Masini. São Paulo: Editora Schwarcz, 1992, p. 657 (Os artistas do século XX). DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., pp. 111-112, 467. DICIONÁRIO. SEUPHOR, M. Dictionaire de la peinture abstraite: precédé d´une histoire de la peinture. Paris: Fernand Hazam, 1957. 305p.: il., p. 145. LUCIE-SMITH, E. Art Today. Oxford: Phaidon Press, 1977. 417p.: il., retrs., p. 121. NÉRET, G. 30 ans d'art moderne: peintres et sculpteurs. Fribourg: Office du livre, 1988. 248p.: il., p. 230. RAGON, M..Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., p. 99.