sábado, 25 de maio de 2013





 

 

 

HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.
PERFORMANCES: PERFORMÁTICO E MÚSICO FUTURISTA. RUSSOLO, Luigi (1885-1947).


 
O músico e artista plástico da vanguarda italiana, nasceu em Portogruaro e faleceu em Cerro di Laveno (Itália). Sua família foi dedicada à música; seu pai foi organista da catedral de Portogruaro e diretor da Scuola Cantorum (Latisana); seus irmãos mais velhos foram instrumentistas e todos diplomados pelo Conservatório Giuseppe Verdi (Milão).

Russolo inicialmente se interessou em aprender as técnicas de Gravura e Pintura; ele participou com uma série de gravuras de influência Simbolista, na dita, Exposição Branco e Preto, organizada pela Família Artística Milanesa (1909). Logo Russolo se associou ao grupo dos Futuristas, organizado por F. T. Marinetti; na época ele conheceu Umberto Boccioni, de quem sua obra pictórica recebeu marcante influência, embora preservasse a sua forte personalidade. O artista participou, junto com U. Boccioni, Carlo Carrà, Giacomo Balla e Gino Severini entre outros, da mostra inaugural do Futurismo italiano, organizada por Marinetti; o artista assinou, com o grupo dos pintores citados, o Manifesto dos Pintores Futuristas (Milão, 1910).
       
 
Russolo redigiu seu próprio manifesto, A Arte do Ruído, dito Ruidista, que ele lançou (Milão, 11 mar., 1913), que dedicou ao músico Futurista Francesco Balilla Pratella (1881-1955), apresentando nele a teoria da utilização do ruído inserido no contexto musical, que antecipou de muito as teorias do músico das vanguardas norte-americanas John Cage, na segunda metade do século XX. Russolo passou a se apresentar nas Performances, com o instrumento Entonarumor [Intonarummori], que ele inventou e construiu, em conjunto com o nunca citado Ugo Piatti (1880-1953). Este invento destinou-se à produção de sons ou ruidos modificados através da emissão de sua entonação dinâmica, como o da Música Concreta e Eletrônica, da qual Russolo foi um dos principais precurssores.

         
O artista somente então abandonou a pintura, não sem ter antes produzido algumas obras notáveis nas Artes Plásticas das vanguardas artísticas italianas como Revolta (1911, óleo/ tela, 150 cm x 230 cm, no Haags Gemeentemuseum, Haia), que participou da mostra coletiva Futurista, dita, Arte Livre (Arte Libera, Milão, abr., 1911); e a pintura Música (1911, óleo/ tela, 225 cm x 140 cm, na coleção Salomé e Eric Stowick). Russolo dedicou-se depois somente às suas pesquisas musicais: o artista publicou artigo importante sobre a nova grafia das composições modernas (1914), a qual foi adotada e tornou-se a notação utilizada por compositores de música de vanguarda. Na década de 1950 John Cage publicou novas notações para a moderna música eletrônica.
 
Russolo participou com seu novo instrumento, o Entonarumor, de concertos Futuristas patrocinados por F. T. Marinetti. O músico foi vaiado na sua primeira audição, quando recebeu a chuva de tomates entre outros vegetais que voaram para o palco, entre outras manifestações mais violentas. Russolo, no entanto, não se deixou intimidar e repetiu suas performances em 12 apresentações nos diversos palcos europeus, inclusive uma no Coliseum (Londres, jun., 1914). Na ocasião Russolo conheceu o músico russo Igor Stravinsky, que convidado, compareceu ao concerto. A chegada da I Guerra Mundial afastou Russolo da música: ele se alistou no Batalhão Lombardo de Ciclistas, na companhia de outros artistas como Umberto Boccioni (1882-1916). O mais talentoso entre os artistas Futuristas, o amigo de Russolo, perdeu a vida durante o conflito (1916), bem como o destacado arquiteto Futurista, Antônio Sant`Elia(1888-1916), dono de igual trágico destino.

 Russolo publicou L'arte dei rumori (A arte do rumor. Milão: Editora Futurista de Poesia, 1916); a editora pertencia a F. T. Marinetti. Russolo participou com seu instrumento Intonarummori de concertos parisienses, apresentando-se com vários instrumentos que produziam ruídos (dias 17, 20 e 24 jun., 1921). Estes ruídos foram classificados em seis categorias, conforme publicado (DUFOURCQ, 1976):

01- Rugidos, estalidos, ruídos de água, mugidos;

02- Sibilos, roncos;

03- Murmúrios, grunidos, gorgoteos;

04- Estridências, zumbidos;

05- Ruídos de percussão sobre metal, madeira, pele, pedra, barro cozido, e outros;

06- Vozes de homens e de animais, gritos, gemidos, aulidos, risadas, soluços e estertores.

 
No caso dos concertos de Russolo, seus ruídos foram apresentados por 29 instrumentos, sendo 3 ditos, auladores, 3 rugidores, 3 crepitadores, 3 para estridências, 3 zumbadores, 3 gorgeteadores, 2 tronadores, 1 sibilador, 4 grasnadores e 4 chilrreadores. De todos os instrumentos inventados por Russolo somente sobreviveram os auladores e os crepitadores, que foram utilizados na construção do Entonarumor. Russolo participou com seu novo instrumento do concerto conjunto realizado com Uggo Piatti, na apresentação da peça O Tambor de Fogo [Il Tamburo de Fuoco], de autoria de F. T. Marinetti. A peça apresentou um interlúdio musical de Balilla Pratella, um dos mais destacados compositores italianos das vanguardas Futuristas (Praga, República Tcheca, 1922).

Russolo passou a construir vários de seus intrumentos, que patenteou em alguns países (1925-); no entanto, quando o músico e pintor recusou a filiação ao partido Fascista, que, com Benito Mussolini passou a dominar a Itália (1922-) e ao qual vários outros Futuristas aderiram, ele foi afastado da segunda fase do movimento italiano comandado e patrocinado por F. T. Marinetti, colega de liceu do ditador Mussolini. Russolo se apresentou no seu último concerto com o Entonarumori (Milão, 1925), no qual ele reproduziu composições de seu irmão Antonio Russolo e de Franco Casavola (1891-1955).
 
Russolo foi convidado por Marinetti e compôs a música para os três únicos filmes Futuristas (1916-1917), cujas cópias não existem mais: Futuristas em Paris [Futuristi a Parigi], no qual ele também atuou; A Marcha das Máquinas [La marche des machines]; e Montparnasse, filme no qual atuaram Marinetti e Enrico Prampolini (1894-1956).

No final da década de 1920, com o advento do cinema sonoro, o instrumento de Russolo ficou sem utilidade, fazendo com que o artista desiludido, abandonasse seu projeto. Hoje, ao que se sabe, não restou nenhum exemplar no mundo do Entonarumor, que, ao que foi relatado, produzia som surdo, de timbre baixo, e mesmo difícil de ser ouvido.

Russolo dedicou o resto de sua vida a filosofia e as ciências do Ocultismo: sua última apresentação em concerto público foi como convidado de Michel Seuphor, pois ele se apresentou como músico na inauguração da primeira exposição dos pintores internacionais do Grupo Círculo e Quadrado [Cercle et Carré], realizada na Galeria 23 (Paris. 28 dez., 1929).

As pinturas de Russolo A Música (1911) e A Revolta (1911), se encontram reproduzidas (HULTEN, 1986; e PIERRE, 1991). A obra de Russolo Dinamismo de um automóvel (óleo/ tela, 104 cmx 140 cm, no MNAM, Paris), se encontra reproduzida (DUROZOI, 1992). Duas pinturas do artista, A Solidez da Névoa (1912, óleo/ tela, 10 cm x 65 cm, na coleção Gianni Mattioli, Milão) e O perfume (sd, óleo/ tela, 64,5 cm x 65,5 cm, na coleção Benedetta Marinetti, Roma), participaram da Sala Especial do Futurismo, com curadoria de G. C. Argan, Giuseppe Fiocco, Luciano Minguzzi, Rodolfo Pallucchini, Carlo Alberto Pretrucci e Gino Severini na II Bienal de São Paulo (1953). (v. abaixo o texto Arte Sonora ou Arte do Ambiente Sonoro ou Arte Ruidista).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:





CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L;. CAUMONT, J;.CELANT, G;. COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE; MARIA, L. DE; DI MILLIA, G.;FABRIS, A.;FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.;GREGOTTI, V.;LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.;MENNA, F.; ÁCINI, P.;RONDOLINO, G;. RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.;SILK, G.; SMEJKAI, F.;STRADA, V.;VERDONE, M.;ZADORA, S. Futurism and Futurisms.New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 558-562.
 
CATÁLOGO GERAL. MILLIET, S.; PFEIFER, W.. II Bienal do Museu de Arte Moderna.. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dez., 1953. 1953, p. 218.

DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., p. 545.


DUFOURCQ, N. (Org.); ALAIN, O.; ANDRAL, M.: BAINES, A.; BIRKNER, G.; BRIDGMAN, N.; Mme. de CHAMBURE; CHARNASSÉ, H.; CORBIN, S.; AZEVEDO, L. H. C. de; DESAUTELS, A.; DEVOTO, D.; DUFOURQ, N.; FERCHAULT, G.: GAGNEPAIN, B.; GAUTHIER, A.; GÉRARD, Y. HALBREICH, H.; HELFFER, M.; HODEIR, A.; ROSTILAV, M.; HOFMANN, Z.; MACHABEY, A.; MARCEL-DUBOIS, C.; MILLIOT, S.; MONICHON, P.; RAUGEL, F.; RICCI, J.; ROUBERT, F.; ROSTAND, C.; ROUGET, G.; SANVOISIN, M.; SARTORI, C. SHILOAH, A.; STRICKER, R.: TOURTE, R.; TRAN VAN KHÊ, A. V., VERLET, C. VERNILLAT, F.; WIRSTA, A.; ZENATTI, A.
La Música: Los Hombres, Los Instrumentos, Las Obras. Barcelona: Planeta, 1976, pp. 364, 369.

 
PIERRE, J. El futurismo y el dadaísmo. Madrid: Aguilar, 1968, p. 371.


 




 


PERFORMANCES:  PERFORMÁTICO FUTURISTA.  
CANGIULLO, Francesco (1884-1977).

 
O artista gráfico, pintor, poeta, escritor das palavras em liberdade, nasceu em Nápoles (Itália) e morreu em Leghorn (Suíça). Francesco Cangiullo colaborou com seus textos para os mais conhecidos periódicos de vanguarda de sua época, como as revistas La Difesa dell´Arte (1910-), Lacerba (1913-1915), L'Italia Futurista (1916-1920), Procellaria (1922-) e La Cultura Italiana (1929-), todas publicadas em Florença. O artista e escritor se associou as vanguardas Futuristas; o artista escreveu e assinou o Manifesto do Mobiliário Futurista (1920). No ano seguinte, ele assinou juntamente com F. Marinetti o Manifesto do Teatro da Surpresa (1921). Cangiullo tornou-se diretor, juntamente com Roberto de Angelis, da Companhia do Teatro da Surpresa. Cangiullo afastou-se do Futurismo (1924).



Francesco Cangiullo trabalhou conjuntamente com o ator e autor teatral Futurista Ettore Petrolini, que produziu várias das ditas, Sínteses Teatrais Futuristas (1916-): eles escreveram juntos a peça Radioscopia, misto de drama com espetáculo no estilo do vaudeville francês e do music-hall americano.



A estética de Cangiullo, próxima da Dadaísta, foi notável pela originalidade, pois seus textos ilustrados com tipografia criativa, apresentaram soluções gráficas inéditas. O trabalho de Cangiullo foi influenciado por seu amigo Giacomo Balla, pintor e professor do grupo dos artistas plásticos Futuristas (v. Futurismo nas Sínteses Teatrais e no Teatro). Cangiullo tornou-se performático e declamou suas poesias nas Noites Futuristas, organizadas por Giuseppe Sprovieri na Galeria Sprovieri, conhecida como a Galeria Futurista (Roma e Nápoles, 1914).

 
Cangiullo inventou novas formas para as palavras e, como Guillaume Apollinaire nos seus Caligramas [Caligrammes], o artista italiano reinventou a tipografia, com a página composta tal qual fogos de artifícios, entre outras. Cangiullo empreendeu, de modo criativo, a deformação da palavra escrita, ocasião em que criou o novo visual, muito gráfico, que apresentou no seu livro Café Concerto (Milão: Edição Futurista de Poesia, 1916). No final dos anos 1920, Cangiullo também produziu obras conjuntas com seu irmão mais novo, Pascalino.

 
REFERÊNCIA SELECIONADA:

 

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L;. CAUMONT, J;.CELANT, G;. COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE; MARIA, L. DE; DI MILLIA, G.;FABRIS, A.;FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.;GREGOTTI, V.;LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.;MENNA, F.; ÁCINI, P.;RONDOLINO, G;. RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.;SILK, G.; SMEJKAI, F.;STRADA, V.;VERDONE, M.;ZADORA, S. Futurism and Futurisms.New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 440, 536.

 

terça-feira, 7 de maio de 2013










 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCESNO SÉCULO XX.

 
EVENTO AUTOR(ES) (MÚSICO) DATA - LOCAL – CIDADE


 


Rei Bombance, Felipo T. Marinetti 1909, Théâtre de l’Oeuvre, Paris

Bonecas Elétricas, Felipo T. Marinetti 1909, Teatro Alfieri, Turim

Noite Futurista, Marinetti e Cangiullo 1910, Teatro Rosetti,Trieste

Noite Futurista Marinetti e poetas 1910, Teatro Chiarella, Milão

Noite Futurista Marinetti, Armando Mazza 1911, no teatro, em Turim

Grande Noite Futurista, Paolo Buzzi, Palazzeschi, Folgore, Pratella,

Soffici, Marinetti, 1913, Teatro Costanzi, Roma

A Arte do Ruído, Francesco Balila Pratella 1913, Teatro Costanzi Roma

A Arte do Ruído, Francesco Balila Pratella 1913, Villa Rosa, Roma

Palavras em Liberdade, Marinetti, G. Balla 1914, Galeria Sprovieri, em Roma

Palavras em Liberdade, Marinetti, Cangiullo 1914, Galeria Sprovieri, em Roma

Piedigrotta, Marinetti, Cangiullo 1914, Doré Galleries, em Londres

Concerto Futurista, Luigi Russolo 1914, Teatro dal Verme, Milão

Concerto Futurista, Luigi Russolo 1914, no teatro, em Londres

Máquina de Escrever, Balla, Virgilio Marcchi 1914, no teatro, em Roma

O Beijo, Síntese Teatral; F. T. Marinetti 1915, teatro, em Roma

Fogos de Artificio, Giacomo Balla (Igor Stravinsky) 1917, no T. Costanzi, em Roma

Dança Plástica, Gilbert Clavel, F. Depero 1918, Palazzo Odescalchi, Florença

O Nascimento, Mario Scaparro

Teatro da Surpresa, Marinetti, Cangiullo e Trupe Rodolfo de Angelis 1921, Teatro Mercadante, em Nápoles

Teatro da Surpresa, Marinetti, Cangiullo e Trupe Rodolfo de Angelis 1921, Teatro Mercadante, em Nápoles

Novo Teatro Futurista, Trupe Rodolfo De Angelis 1924, excursão na Itália

Máquina do 3000, F. Depero e F. Casavola 1924, excursão na Itália

O Mercador de Corações, E. Prampolini e Casavola 1927
 

FUTURISMO (INTERNACIONAL) (Milão, Paris, Roma, Turim, Veneza, entre outras cidades, 1909-1944).

 


No começo do século XX eclodiram movimentos Anarquistas e Marxistas. Os Futuristas, cujos participantes pertenciam à burguesia da época, apresentaram projeto político combativo e nacionalista, patriótico e expansionista, que saiu em defesa da I Guerra Mundial com o objetivo de fortificar a empobrecida Itália. Alguns historiadores classificam o Futurismo em Primeiro e Segundo Futurismo, tentando disfarçar o fato de que o movimento se beneficiou de sua associação ao ditador Benito Mussolini, e consequentemente ao Fascismo italiano (1922-1944).O mentor do Futurismo italiano, Felipo Tommaso Marinetti (1876-1944), que foi colega de Mussolini no colégio, lançou seu movimento na Itália (Milão) e no Brasil (Salvador, 1909); na França (Paris, 1910), e em outros países. O Futurismo Marinettiano foi sustentado a partir do fato que seu mentor se tornou milionário por herança, e pôde se dar ao luxo de patrocinar o movimento, encomendar obras aos artistas, alugar teatros para a realização de eventos de Declamação de Poesias, entre outras manifestações que foram se tornando mais e mais radicais, apresentando sempre ações performáticas. 


 
 
Marinetti reuniu em torno de sua pessoa grupo multidisciplinar de convidados, escritores e poetas; e, posteriormente, vários artistas plásticos, fotógrafos e músicos. Participaram do Futurismo Giacomo Balla (1871-1958), Anton Giulio Bragaglia (1890-1960) e seus irmãos, Arturo Bragaglia (1892-1962) e Carlo Ludovico Bragaglia (1894-1998); Umberto Boccioni (1882-1916), Anselmo Bucci (1887-1955), Carlo Carrà (1881-1966), Massimo Campigli (1895-1971), Fortunato Depero (1880-1954), Filippo De Pisis (1896-1956), Leonardo Dudreville (1885-1976), Arnaldo Gina (Conde Arnaldo Ginanni Corradini, 1890-11982), Giorgio Morandi (1890-1964), Enrico Prampolini (1894-1956), Ottone Rosai (1895-1957), Luigi Russolo (1885-1947), Medardo Rosso (1858-1928), Gino Severini (1883-1966), Carlo Socrate (1889-1967) e Ardengo Soffici (1879-1964), entre outros.

 
Foram arquitetos Futuristas Nikolay Diulgheroff (1901-1982), Mário Chiatonne (1891-1957), Virgilio Marchi (1895-1960), Antonio Sant’ Elia (1888-1916) e Alberto Sartoris (1901-1998).Foram autores Futuristas, escritores, poetas e teatrólogos, alguns igualmente jornalistas e artistas plásticos, Paolo Buzzi (1874-1956), Ricciotto Canudo (1877-1923), Mário Carli (1888-1935), Primo Conti (1900-1988), Remo Chiti (1891-1971), Enrico Cavacchioli (1885-1954), Bruno Corra (Conde Bruno Ginanni Corradini, 1892-1976), Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936), Arnaldo Gina (Conde Arnaldo Ginanni Corradini, 1890-1982), Luciano Folgore (Omero Vecchi, 1888-1966), Francesco Cangiullo (1884-1977), Pino Masnata (1901-1968), Aldo Palazzeschi (Aldo Giurliani, 1885-1974); o pintor, poeta crítico de arte Gerardo Dottori (1884-1977): o crítico de arte Francesco Arcangelli (1884-1977): e do grupo da dita, Scapigliatura Lombarda, Gian Pietro Lucini (1867-1914), entre outros.
 

Foram cineastas Futuristas Marinetti (1876-1944), Remo Chiti (1891-1971), Bruno Corra (Conde Bruno Ginanni Corradini, 1892-1976), Arnaldo Gina (Conde Arnaldo Ginanni Corradini, 1890-1982) e Emilio Settimeli (1891-1954).

 

Foram músicos Futuristas Franco Casavola (1891-1955), Alfredo Casella (1883-1947), Francesco Balila Pratella (1880-1955), Silvio Mix (1900-1927), Ugo Piatti (1880-1953) e Luigi Russolo (1885-1947).
 

Participaram das performances do Futurismo Giacomo Balla (1871-1958), Paolo Buzzi (1874-1956), Anton Giulio Bragaglia (1890-1960), Arturo Bragaglia (1892-1962), Carlo Ludovico Bragaglia (1894-1998), Mássimo Campigli (1895-1971), Francesco Cangiullo (1884-1977), Carlo Carrà (1881-1966), Enrico Cavacchiolli (1885-1954), Remo Chitti (1891-1971), Filippo De Pisis (1896-1956), Fortunato Depero (1892-1960), Gerardo Dottori (1894-1977), Luciano Folgore (Omero Vecchi, 1888-1966), Benedetta Cappa Marinetti (1897-1977), Filippo Tommaso Marinetti (1876-1944), Virgilio Marchi (1895-1960), Armando Mazza, Ubaldo Oppi (1889-1942), Giovanni Papini (1881-1966), Vinício Paladini (1902-1971), Ivo Panaggi (1901-1981), Aldo Palazzeschi (Aldo Giurliani, 1895-1974), Enrico Prampolini (1894-1956), Gaetano Previatti (1852-1920), Giuseppe Prezzolini (1882-1982), Mario Scaparo, Ardengo Soffici (1879-1964), Carlo Socrate (ou Socrates, 1889-1967), Ottone Rosai (1895-1957), Gregorio Sciltian (1900-1985); e os músicos Franco Casavola (1891-1955), Alfredo Casela (1883-1947), Silvio Mix (1990-1927), Francesco Balilla Pratella (1880-1955) e Luigi Russolo (1885-1947); entre outros.
  
 
 

As pesquisas do cientista francês Étienne-Jules Marey (1830-1904) se tornaram a base das primeiras obras pictóricas do movimento do Cubismo francês (v.) e do Futurismo italiano (v. Fotografia: Cronofotografia do Movimento Humano). Foi notável a influência de Marey nas pinturas iniciais de Giacomo Balla, expressa nas obras Cão andando na coleira, Mão de Violinista e Menina correndo em um Balcão (1912, óleo/ tela, 125 cm x 125 cm, no acervo da Galeria Cívica de Arte Moderna, Milão).



 
A mostra comemorativa do centenário de lançamento do Manifesto de F. T. Marinetti no Le Figaro (Paris, 20 fev., 1909), foi Obras-primas do Futurismo na Coleção Paggy Guggenheim [Masterpieces of Futurism at the Peggy Guggenheim Collection], curada por Philip Rylands (Veneza, 19 fev.- 31 dez., 2009).


REFERÊNCIAS SELECIONADAS PARA O FUTURISMO:


CATÁLOGO GERAL. MILLIET, S.; PFEIFER, W.. II Bienal do Museu de Arte Moderna.. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dez., 1953. 1953, pp. 445, 446, 455, 481, 493, 501-502, 543, 544, 558. 568, 574.

 
CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L;. CAUMONT, J;.CELANT, G;. COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE; MARIA, L. DE; DI MILLIA, G.;FABRIS, A.;FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.;GREGOTTI, V.;LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.;MENNA, F.; ÁCINI, P.;RONDOLINO, G;. RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.;SILK, G.; SMEJKAI, F.;STRADA, V.;VERDONE, M.;ZADORA, S. Futurism and Futurisms.New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 15-609.


CORK, R.; BRETTE, A. Formulation d' un groupe rebelle à l' Exposition d' Octobre 1913. Traduction de Thérèse Fossatti. Apud: CATÁLOGO..CORK, R.; ELIOT, T. S.; KENNER, H.; LEMAIRE, G-G.; LEWIS, W.; McLUHAN, M.; POUND, E.; RODITI, É.; WEST, R. Windham Lewis et le Vorticisme. Paris: Cahiers Pour un Temps, Centre Georges Pompidou, Pandora Ed., 1982, pp. 122-147.

 

DICIONÁRIO. BREUILLE, J-P. Le Dictionaire mondial de la photographie, la photographie des origines a nos jours. Paris: Larousse, 1994.

 

DICIONÁRIO. CHAMBERS. Biographical Dictionary. London: Melanie Parry Ed., Chambers - Hanap, 1997, p. 333.

 

DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., pp. 468, 510-511.

 

ENSAIO. BRETTE, A. Formulation d' un groupe rebelle à l' Exposition d' Octobre 1913. Traduction de Thérèze Fossatti.
Apud CATÁLOGO. CORK, R.; ELIOT, T. S.; KENNER, H.; LEMAIRE, G-G.; LEWIS, W.; McLUHAN, M.; POUND, E.; RODITI, É.; WEST, R. Windham Lewis et le Vorticisme. Paris: Centre Georges Pompidou, Pandora Ed., 1982, pp. 122-147. (Cahiers Pour un Temps).



ENSAIO. GINANNESCHI, E. O enigma de uma viagem na arte do século XX.
Apud CATÁLOGO. Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, pp. 18-20.



ENSAIO. LEMAIRE, G-G. Prolégomènes au Vorticisme: Flux et Reflux en Angleterre. Traduction de Gérard Georges Lemaire. Apud CATÁLOGO. CORK, R.: KENNER, H.: LEMAIRE, G-G.: LEWIS, W.: McLUHAN, M. :POUND, E.; RODITI, E.: WEST, R.; BRETTE. A. Windham Lewis et le vorticisme. Paris: Centre Georges Pompidou, Ed. Pandora, 1982. (Cahiers pour un temps).


ENSAIO.
LEWIS, W. Wyndham Lewis et le vorticisme. Traduction de Thérèse Fossatti. Apud CATÁLOGO. CORK, R.: KENNER, H.: LEMAIRE, G-G.: LEWIS, W.: McLUHAN, M. :POUND, E.; RODITI, E.: WEST, R.; BRETTE. A. Windham Lewis et le vorticisme. Paris: Centre Georges Pompidou, Ed. Pandora, 1982. (Cahiers pour un temps).

 
PALESTRA. D’AGOSTINI, V. O Teatro Futurista. São Paulo: CEF, Encontros Estéticos, 27 abr., 2002.

PIERRE, J. El futurismo y el dadaismo. Madrid: Aguilar, 1968.

domingo, 5 de maio de 2013


 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCESNO SÉCULO XX.
ARTE CORPORAL, ACONTECIMENTOS [HAPPENINGS] E PERFORMANCES NA PRESENÇA RESIDUAL DO CORPO - HUMANO OU ANIMAL, VIVO OU MORTO -(Estados Unidos e Europa, desde o começo da década de 1960).

 
Obras performáticas discretas passaram a utilizar partes dos corpos dos artistas, como braços, mãos, ohos e face, como a Escultura Performática de Bruce Nauman, e o Desenho Performático de Marcel Duchamp. Na Arte Corporal foram incluídas obras que utilizaram secreções e excreções do corpo humano: Esperma (Serrano), Fezes (Manzoni, Mike Kelly), Sangue (Marc Quinn), Sopro (Manzoni), Vírus (Chadwick), Vômito (Sherman) e Urina (Serrano, Warhol), entre outras. As substâncias citadas foram utilizadas na produção de Arte Corporal Performática. Essas obras não existiriam sem a presença do artista e sem a performance do corpo do artista, que produziu as substâncias citadas. Muitas das obras não se mostam chocantes, pois o público nem desconfia como e com que material foram executadas. As obras que se mostraram explícitas, quase sempre chocaram o público: este foi o caso do Cristo imerso em Urina [Piss Chist] de Andres Serrano (Nova York, 1972). Na categoria de Arte Corporal Performática não é chocante a Pintura Oxidada [Ocxidation Painting] de A. Warhol, realizada com sua urina, que efetuou reação química com a tela especialmente tratada com reagentes químicos.

Na década de 1970, em alguns estados americanos, alguns artistas performáticos se destacaram: a jovem cubana Ana Mendieta, que frequentava a Universidade de Iowa, utilizou seu corpo para marcar forma feminina a areia da praia. Nessa Instalação de Arte Corporal Performática, a artista inseriu e queimou vários materiais vegetais colocados dentro da depressão produzida da forma escavada de seu corpo, como galhos secos, folhas e flores, entre outros. A sequência de atos estudados de Mendieta desejava evocar a fertilidade e a maternidade na mulher: a maioria de suas primeiras performances foi de natureza poética e lírica. No entanto a artista também crucificou o corpo feminino em armações de bambu, nas quais ela inseriu materiais naturais, que depois foram queimados. As Instalações de Mendieta foram realizadas ao ar livre, na praia, mas não causaram qualquer dano à natureza ou a seu próprio corpo.


REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color. 15 x 21 cm. (world of art).
 

GOLDBERG, R. Performance Art: from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 1989,2001. 206 p.: il., algumas color 15 x 21 cm. (world of art).

GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance:live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il. 26 x29 cm.
WARR, T.: JONES, A. (Survey). The Artist´s Body. London: Tracey Warr, Phaidon Press, 2000, 2002. 304p.: il., algumas color. 26 x 30 cm.