sábado, 29 de março de 2014

BIOGRAFIA: PANNAGGI, Ivo (1901-1981).



 
BIOGRAFIA: PANNAGGI, Ivo (1901-1981).
 
 
O arquiteto, pintor e escritor nasceu e morreu em Macerata (Itália). Pannagi estudou Arquitetura (Roma e Florença): ele começou a pintar depois da I Guerra Mundial (1914-1918). Pannagi se associou ao grupo Futurista italiano junto com o também Arquiteto e Artista Plástico Vinicio Paladini (1902-1971); ambos participaram das mostras coletivas do grupo até o final da década de 1920.



Nas obras Futuristas de Pannaggi destacaram-se três períodos distintos: (1919-1922; 1922-1925; 1925-1926). No primeiro, suas obras estiveram mais associadas à estética do dito, Dinamismo Plástico Futurista; no segundo, foram associadas ao Construtivismo russo com influência das obras de El Lissitsky (v. biografia no meu Blog:<http://arterussaesovietica.blogspot.com>), como da fórmula Futurista da dita, Abstração Mecânica; e, no terceiro período, foram dedicadas completamente às máquinas, quando Pannaggi se associou ao grupo romano mais ativo dos Futuristas, que se reunia na cave do Palazzo Tittoni, onde os artistas fundaram o Teatro dos Independentes Experimentais [Teatro degli Independenti Sperimentali]. No mesmo ano Pannaggi e Paladini criaram sua obra teatral Dança Mecânica Futurista [Ballo meccanico Futurista], que estreou no teatro da revista Cronache d'Atualittá [Crônica da Atualidade], pertencente a A.G. Bragaglia (02 jun., 1922). A obra apresentou a oposição entre as figuras do boneco mecânico, criado por Pannaggi, com figurino de influência Construtivista e Cubista, lembrando os figurinos de P. Picasso para Parade (1917); e o personagem humano, vestido com costumes Futuristas, criado por Paladini. Essa peça teatral apresentou como fundo sonoro o ruído produzido pelo ronco de duas motocicletas. Os desenhos dos costumes dos personagens citados, se encontram publicados (HULTEN, 1986).




Pannaggi trabalhou como arquiteto de interiores e projetou a decoração bem como o mobiliário Futurista da Casa Zampini (Esanotoglia, Matelica). Pannagi criou quatro ambientes diversos, com a finalidade de refletir uma psicologia diferente, destinada a cada função (1925-1926). Pannagi idealizou, desenhou e realizou a cenografia e figurinos para a pantomima A Torre Vermelha [La Torre Rossa] (1923-1924), de Guido S. Picenardi; ele foi o cenógrafo para Pierrot Fumiste (1925), peça de Jules Laforge, encenada com o cenário aproveitado do primeiro ato da peça O Prisioneiro da Baia [I prigioneri di Baia], de F. T. Marinetti (1925). Pannaggi desenvolveu costumes de inspiração mecânica para Raun (1926-1927) e para A Angústia da Máquina [L'Angoscia delle macchine], ambas peças de autoria de Ruggero Vasari (1927). Inspirado nas sombras projetadas pela Lanterna Mágica, Pannaggi aproveitou a idéia e criou cenografia original com outra lanterna similar, que adaptou, e projetou sombras gigantescas no interior do teatro.

 
Durante curto período o arquiteto foi viver na Alemanha, onde escreveu artigos sobre Arte e Arquitetura para inúmeras publicações italianas, como La Casa Bella, Domus, Quadrante, L'Architettura Italiana, Ottobre, L'Impero, L'Ambrosiano, entre vários outros jornais e revistas. Na década de 1930 Pannaggi se associou a Sociedade Anônima de Katherine Dreier, Marcel Duchamp e Man Ray (Nova York;v. no meu Blog:
<http://arteamericanandevanguarda.blogspot.com>).
Pannaggi criou obras nas Artes Gráficas usando técnicas de Fotomontagem, Colagem e Arte Postal (1920-1926), quando empregou princípios Construtivistas. HULTEN (1986) publicou a foto de Pannaggi, tendo ao fundo elementos de estudo para a realização do filme Arquitetura Mecânica, que Pannaggi não conseguiu realizar.



REFERÊNCIAS SELECIONADAS:





CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 533-534.
 

DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: Il, p. 115.
 

sexta-feira, 21 de março de 2014

BIOGRAFIA: PIATTI, Ugo (1880-1953).

 
 
BIOGRAFIA: PIATTI, Ugo (1880-1953).

Piatti nasceu e morreu em Milão: ele foi restaurador, pintor e inventor. Piatti estudou na famosa Academia de Brera: ele frequentou o grupo dos Futuristas, em Milão. Piatti participou da primeira mostra Futurista, organizada por F. T. Marinetti (1876-1944), no Salão Ricordi, a dita, Exposição de Arte Livre (Milão, 1911). Na ocasião, Piatti encontrou Luigi Russolo (1885-1947), outro Futurista que recebeu formação musical. Piatti passou a colaborador da pesquisa de Russolo, na invenção e construção do instrumento musical denominado Entoarumor [Intonarumori]. No entanto, quando o invento foi patenteado (Milão,11 de janeiro, 1914), o foi únicamente em nome de Russolo.

Na programação do primeiro concerto com o novo intrumento, no Teatro dal Verme (Milão, 1914), o nome de Piatti foi publicado no programa. Piatti participou da tournê de Russolo e seu instrumento musical por várias cidades européias. Russolo apresentou-se no Théâtre des Champs Elysées (Paris, 1921), em Londres, em Turim e em muitas outras cidades. No concerto londrino encontrava-se na platéia o compositor das vanguardas russas, Igor Stravinsky (1882-1971).

Quando a peça O Tambor de Fogo [Il Tamburo di Fuoco], de autoria de Marinetti foi apresentada em Praga (1923), no intervalo ocorreu o dito, intermezzo musical de Francesco Balilla Pratella, com ruídos do Entoarumor ao fundo. Piatti e Russolo desenvolveram vários tipos de instrumentos e chegaram a ter 27 variedades do Entoarumor (c. 1921): eles construíram vários instrumentos sob encomenda, inclusive para o Teatro Scala de Milão, a fim de permitir a execução de músicas de Pratella. Algumas fotografias do Entoarumor com seus inventores, inclusive do concerto no qual o instrumento participou, encontram-se publicadas (HULTEN, 1986). Após a II Guerra Mundial, obras de Piatti foram incluídas em mostras dedicadas a arte vanguardista italiana no século XX.
 
REFERÊNCIA SELECIONADA:
 
 
 
 
CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 492, 493, 539, 559, 560.
 

LACERBA.



 

LACERBA.


O mesmo grupo que publicou a revista La Voce (Florença, 1908-1916), cujo principal mentor foi Ardengo Soffici, se organizou para lançar a outra revista italiana de vanguarda, publicada por 22 numeros: Lacerba (Florença, 10 jan., 1913-1915). O grupo editorial entrou em acordo com os escritores e artistas plásticos italianos mais conhecidos, que se reuniram em torno da filosofia de Benedetto Croce (1866-1952), de rejeição ao passado, o dito, Passadismo, que desejava quebrar o vínculo histórico sucessório dos movimentos na arte. A publicação foi fundada pelos escritores e intelectuais italianos Giovani Papini (1881-1966), Ardengo Soffici (1879-1964) e Aldo Palazzeschi (Aldo Giurliani, 1885-1974).

 
Desde que lançou seu primeiro número, a revista apoiou os artistas e escritores Futuristas italianos, até a sua ruptura com o grupo provocada pela publicação do artigo de Papini, Futurismo e Marinettismo (14 fev., 1915). Papini foi um dos grandes colaboradores da revista, animador incansável da publicação, escritor inventivo que abordou os mais diversos temas com desenfreado vigor e admirável sinceridade; mais tarde, esse escritor, que se converteu ao catolicismo, deixou extensa obra literária de inquestionável qualidade, que Mário de Andrade admirava. Pallazzeschi foi pacifista, contrário à I Guerra Mundial: ele não se associou ao Fascismo do Grupo do Futurismo, que abandonou.


Foram vários os colaboradores de Lacerba, como o pintor Ottone Rosai (1895-1947) e o poeta Auro D’Alba (Umberto Bottone, 1888-1965), que assinou com Marinetti o Manifesto dos Autores Italianos (1911). D’Alba publicou vários de seus poemas na revista (maio, 1913), sendo que suas poesias foram republicadas na Coleção Bayonette (Milão: ed. Poesia, 1915). D’Alba também publicou dois artigos na revista: O Puro Lirismo na Sensibilidade Futurista [Il puro lirismo na sensibilitá Futurista] (mar., 1914) e A Temática na Poesia [Il sogetto in poesia] (jun., 1914).



Carlo Dalmazzo Carrà (1881-1966) publicou vários de seus artigos na revista, sendo o mais importante Planos Plásticos como Expansão Esférica no Epaço; outro foi Pintura Passada = Ilustração, Pintura Futurista = Pintura [Pittura passada = ilustrazionismo, Pittura Futurista=Pittura], ambos publicados na mesma edição de Lacerba (15 out., 1913), além do artigo Deformação Dinâmica (15 fev., 1914).



O intelectual Guillaume Apollinaire (1880-1918), foi um dos colaboradores da revista; nela ele publicou o ensaio L'Antitradition Futuriste [A Antitradição Futurista]. O grupo dos Futuristas imprimiu o artigo em volante bilíngue, francês e italiano, que circulou entre as vanguardas dos dois países, França e Itália (1913). Independentemente das polêmicas que provocou, Lacerba se inclui entre as mais destacadas revistas das vanguardas européias. A publicação foi grande divulgadora da arte contemporânea, apresentando como seus colaboradores vários pintores Futuristas, como Umberto Boccioni, Luigi Russolo, Gino Severini e Carlo Carrà (v., Futurismo).


A revista Lacerba foi imortalizada quando citada textualmente na pintura Cubista de Pablo Picasso, Natureza-Morta com Lacerba. (Catalogue Raisonée de Picasso, obra n. 655, crayon - colagem, 72 cm x 58,5 cm, Zervos II 2. 461). O quadro, hoje no acervo da Fundação Guggenheim (Veneza, Itália), foi pintado por Picasso no inverno parisiense (1913-1914).



 

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:



 

CATÁLOGO. ADES, D. Dada and Surrealism Reviewed. Introduction by David Syilvester and supplementary essay by Elizabetn Cowling. London: the Authors and the Art Council of Great Britain, Hayward Galleries, 1978. 475p.: il.,
p. 28.

 

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp.
459, 510.
 

 

PIERRE, José. El futurismo y el dadaismo. Madrid: Aguilar, 1968, p. 177.
 

quinta-feira, 20 de março de 2014

BIOGRAFIA: DIULGHEROFF, Nikolay (1901-1982).


 
BIOGRAFIA: DIULGHEROFF, Nikolay (1901-1982).
Diulgheroff nasceu em Kyustendil, cidade situada no oeste do Principado da Bulgaria: ele estudou na Universidade de Artes Aplicadas (Viena, Áustria, 1920-1921), na Alemanha, em Dresden (1922), e, em seguida, tornou-se aluno da Bauhaus (Weimar, 1923-1925): ele foi próximo ao Mestre, espiritualizado e expressionista, Johannes Itten (1888-1963). Ainda aluno, Diulgheroff participou de duas exposições coletivas (Berlim, Dresden) e expôs suas obras individualmente na capital da Bulgária (Sofia, 1924).

 
Diulgheroff estabeleceu-se em Turim a fim de estudar Arquitetura na Academia Albertina (1926-1932). O artista foi apresentado a muitos eminentes Futuristas, como Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936), pintor, decorador, fundador do Movimento Futurista de Turim, escritor e editor de várias revistas Futuristas. Diulgheroff associou-se ao Futurismo, trazendo com ele a cultura característica do Construtivismo originário da Europa Central; ele assinou, com o grupo de arquitetos Futuristas italianos Virgílio Marchi (1895-1960), Alberto Sartoris (1901-1998) e Guido Fiorini (1891-1965), o Manifesto da Arquitetura Futurista Dinâmica, estado de alma, dramático (Manifesto dell’architettura dinamica, stato d’animo, drammatica), nova perspectiva racionalista na arquitetura, publicado na primeira página da revista Roma Futurista (Roma, 29 fev., 1920). A versão do documento se encontra reproduzida (HULTEN et al., 1986: 511).

Diulgheroff produziu as monografias La Nuova Archittetura [A Nova Arquitetura] (1931); Il Futurismo [O Futurismo] (1932); Gli Ambienti della Nuova Archittetura [O Ambiente da Nova Arquitetura] (1935). O artista participou do Grupo dos Seis de Turim (Gruppo dei Sei di Torino, 1929-1931), liderados pelo crítico de arte, escritor e arquiteto Edoardo Persico (1900-1936), fundado com Gigi Chèssa (1898-1935) com a adesão de Jessie Boswell (1881-1956), Nicola Galante (1883-1969), Carlo Lèvi (1902-1975) e Francesco Menzio (1899-1979), ao qual se associaram depois dele, Diulgheroff, Felice Casorati (1883-1963), o escultor, pintor e arquiteto Luigi Spazzapan (1890-1958), o escultor Umberto Mastroiani (1910-1998) e arquiteto e designer Carlo Mollino (1905-1972). O Grupo dos Seis de Turim publicou, apoiado por Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936), o único número da revista Futurismo (1924). O coletivo contactou o Grupo da Escola Romana [Scuola Romana] e expôs suas obras na mostra coletiva conjunta, realizada na Galeria La Cometa (Roma, 1930); e, no ano seguinte, em Paris (1931). Na década 1920-1930 Diulgheroff participou das mais destacadas mostras Futuristas, realizadas em Turim, Leipzig, Paris, Florença, Barcelona, Mântua e Veneza.



Diulgheroff colaborou com a receita do Frango Fiat [Pollofiat] e desenhou o interior da Taverna Santopalato, o primeiro estabelecimento dedicado à culinária Futurista: na época, Fillia e Marinetti lançaram o Manifesto da Culinária Futurista (Milão, 28 dez., 1930). Diulgheroff criou cartazes e anúncios para renomadas marcas internacionais como Amaro Cora, Cinzano e Campari. O artista foi homenageado com o título de Cidadão Honorário de Turim, cidade que amou, onde viveu mais de cinco décadas. Algumas obras do artista pertencem ao acervo da Galeria Nacional de Arte Moderna (Roma).
 

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:


 
DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: Il, p. 271.



INTERNET. From Wikipedia, the free encyclopedia. Nikolay Diulgheroff.This page was last modified on 11 March 2013 at 04:52. Retrieved from: "http://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Nikolay_Diulgheroff&oldid=543346048" Acessed 23 April, 2013.

terça-feira, 18 de março de 2014

BIOGRAFIA: FILLIA, Luigi Colombo (1904-1936).





BIOGRAFIA: FILLIA, Luigi Colombo (1904-1936).




Nasceu em Revello e morreu em Turim; o artista foi escritor, editor, pintor e ativista político futurista italiano. Ainda muito jovem Fillia fundou o movimento futurista de Turim, juntamente com T. A. Brasci e Leonardo Dudreville (1887-1976). Fillia foi muito amigo de Giacomo Balla (1871-1958) e Enrico Prampolini (1894-1956), artistas destacados no Futurismo.


Fillia tornou-se editor e lançou várias publicações de qualidade, revistas como Futurismo (1924); Vetrina Futurista [Vitrine Futurista] (1927); La Città Futurista [A Cidade Futurista] (1929-), que publicou alguns manifestos, assinados por Ugo Pozzo (1900-1981) e Prampolini; La Cittá Nuova [A Cidade Nova] (1932-1934). Pozzo, amigo e colaborador de Fillia, trabalhou na composição gráfica de outra das revistas vanguardistas que Fillia editou, a Stile Futurista [Estilo Futurista] (1935).

 
Fillia assinou vários manifestos:




1. Manifesto da Culinária futurista,
foi assinado por F. T. Marinetti e Fillia (Milão, 28 dez., 1930).




 
2. Manifesto da Arte Sagrada Futurista,
foi assinado por F. T. Marinetti e Fillia (1932).




3. Manifesto da Cenografia Futurista,
foi lançado por Fillia (Luigi Colombo) e Enrico Prampolini, quando definiu os princípios da teoria cenográfica teatral Futurista.





4. Aeropintura: Perspectivas do Voo,
assinado por Benedetta Marinetti, Fortunato Depero, Gerardo Dottori, Fillia (Luigi Colombo), F. T. Marinetti, Enrico Prampolini, Mino Somenzi e Tato (Guglielmo Sansoni).




5. Manifesto da Construção Absoluta de Motores Ruidosos,

lançado por Fillia (Luigi Colombo) e Enrico Prampolini, voltado para carros e veículos com motor em movimento.



Na pintura, as obras de Fillia seguiram várias vertentes comuns a alguns futuristas, com representações mecânicas com influência de Prampolini; algumas obras, que expressaram valores espirituais e estados psíquicos, receberam as influencias de Giacomo Balla (1871-1938) e Umberto Boccioni (1882-1916), como Feminilidade (1928). Algumas obras apresentaram registros espirituais associados ao cosmos, como a Espiritualidade Aérea ou Espiritualidade do Aviador. Obras de Fillia participaram de várias mostras coletivas futuristas, organizadas nacionalmente; a partir da década de 1960, suas obras participaram das mesmas mostras póstumas que as obras de Dudreville. Fillia faleceu muito jovem, sem poder desenvolver a sua obra da maturidade (1936); Fillia morreu ainda muito jovem, sem poder desenvolver a sua obra da maturidade; no entanto, pinturas de Fillia pertencem aos acervos de museus em Roma, Veneza e Turim, entre outros.




REFERÊNCIAS SELECIONADAS:



CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 476.

 




PIERRE, J. El futurismo y el dadaísmo. Madrid: Aguilar, 1968, p. 168.

segunda-feira, 17 de março de 2014

BIOGRAFIA: PREZZOLINI, Giuseppe (1882-1982).



BIOGRAFIA: PREZZOLINI, Giuseppe (1882-1982).

 


O escritor italiano que viveu cem anos, nasceu em Perugia e morreu em Lugano (Suíça). O ativo vanguardista viveu em Florença, onde fundou, juntamente com Giovanni Papini (1881-1966),a revista Il Leonardo (1903); ele se tornou colaborador da publicação Regno [Reino]. Durante alguns anos (1908-1913) Prezzolini foi diretor da Voce (Voz, Florença, 1908-1916), um dos mais respeitados periódicos da imprensa italiana. Prezzolini foi um dos mais ferrenhos adversários do Futurismo Marinettiano, de F. T. Marinetti (1876-1944), pois nunca compreeendeu nem tampouco aceitou a estreita relação do movimento com o fascismo de Benito Mussolini.


REFERÊNCIA SELECIONADA:



 

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.; CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 545.

BIOGRAFIA: POZZO, Ugo (1900-1981).




BIOGRAFIA: POZZO, Ugo (1900-1981).



O pintor, desenhista, ceramista e artista gráfico Ugo Pozzo nasceu e morreu em Turim (Itália). O artista foi amigo e colaborador de Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936) e trabalhou na composição gráfica de uma das revistas vanguardistas que Fillia editou, La Cittá Nuova (A Cidade Nova, 1932-1934). A revista que Fillia editou anteriormente foi La Cittá Futurista (A Cidade Futurista, 1929-), que publicou alguns manifestos assinados em conjunto com Enrico Prampolini (1894-1956). A dupla Pozzo e Fillia editou outra revista destacada nas vanguardas italianas, a Stile Futurista [Estilo Futurista](1935).



Pozzo, associado ao Futurismo em Turim, participou do grupo desde primeira mostra, realizada no Clube de Inverno (1922). O artista continuou participando com pinturas das mostras coletivas futuristas; nas suas obras Pozzo evidenciou o dinamismo plástico, revelando a presença da síntese da arte mecânica. O artista tornou-se muito ativo nas Artes Gráficas, pois ilustrou vários livros de Fillia, desenhou cartazes e projetou decorações de interiores no estilo decorativo do Futurismo. Em meados da década de 1930 Pozzo trabalhou em Arte Mural, e, em conjunto com o escultor Tullio d'Albisola (Tullio Spartaco Mazzotti,1899-1971), ele criou obras cerâmicas.

 
 
 
REFERÊNCIA SELECIONADA:


 
CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 542.