terça-feira, 22 de outubro de 2013

 

 
CORRA, Bruno, Conde Bruno Ginanni Corradini (1892-1976).

Bruno Corra e seu irmão, Arnaldo Ginna (Conde Arnaldo Ginanni Corradini, 1890-1982), nasceram em Ravenna; Bruno morreu em Varese. Corra, como Ginna, foi artista Futurista, cineasta, crítico e teórico da arte italiana; ele escreveu vários textos, em conjunto com seu irmão.

Corra e Ginna realizaram experiências ditas, de Pintura Cinematografica [Cinepittura], através da utilização de filmes não expostos que pintavam com o objetivo de compor sinfonia de imagens e cores, resultando em alguns curta-metragens feitos à mão. Esta forma experimental da arte cinematográfica de ambos os irmãos, experiências perdidas, encontram-se descritas no livro Il Pastore, il Gregge e la Zampogna (1912). Corra igualmente publicou nesse livro o ensaio Música Cromática; o escritor publicou várias sínteses teatrais e o romance Sam Dunn Está Morto.
        
 Corra e Ginna, juntos ou separadamente, lançaram vários manifestos como o Manifesto do Teatro Sintético (10 jan., 1915), assinado por Filippo Tomazo Marinetti  (1876-1944), Corra e Emilio Settimeli (1891-1954); o Manifesto do Cinema Futurista (11 set., 1916), por F. T. Marinetti, Corra, Emilio Settimelli, Giacomo Balla (1871-1958) e Remo Chiti (1891-1971); e Ciência Futurista, Manifesto (1916), assinado por Corra, Arnaldo Ginna, Remo Chiti, Mário Carli (1888-1935), Emilio Settimelli, Mara e Neri Nannetti (Neri Vieri, 1890-1962).

O filme Vida Futurista [Vita Futurista] (1916), o melhor exemplo do cinema Futurista italiano, desapareceu; mas seu resumo foi publicado na revista L’Italia Futurista. Ginna, Corra, Emílio Setimelli, Remo Chiti, Mário Carli, Fillia (Luigi Colombo, 1904-1936) e F. T. Marinetti, todos participaram da redação da revista A Itália Futurista (Roma, 1916-1918).
 
 
Corra desenvolveu seus escritos em atmosfera misteriosa e mediúnica, associada ao ocultismo, nos quais recordou milagres e narrativas do verdadeiro Novecento italiano; hoje, seus escritos poderiam ser classificados como Anti-Literatura. Depois que o escritor abandonou o Futurismo, ele produziu romances tradicionais. Corra escreveu Il Passatore, bem como algumas peças teatrais em conjunto com Giuseppe Achille, todas voltadas para universo bem mais comercial do que artístico.
 
 

REFERÊNCIA SELECIONADA:
 
 
CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs.,, pp. 449-450, 455.

 

GINNA, Arnaldo, Conde Arnaldo Ginanni Corradini (1890-1982).



O artista multimídia, escritor, pintor e cineasta vanguardista, nasceu em Ravena e faleceu em Roma. Gina inaugurou a temática até então inédita na arte mundial, a dos estados de espírito através da abstração Neurastenia (1908). O irmão de Ginna foi o escritor Futurista Bruno Corra.


Ginna escreveu e publicou os ensaios Método, Vida Nova, além de Arte Futurista(março, 1910). Gina traduziu em filme vanguardista Abstrato as emoções provocadas por poema de Stéphane Mallarmé, associado às composições de Mendelsohn e de Frédéric Chopin. O artista conheceu F. T. Marinetti e aderiu oficialmente ao Futurismo italiano, tendo assinado os manifestos Ciência Futurista e Cinema Futurista (1916). Gina foi o diretor do filme Vida Futurista [Vita Futurista](Roma, 1916). Gina escreveu romances e peças teatrais, com estética próxima à dos artistas franceses Surrealistas.


REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
 


CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms.
New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs.
 
 
DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi.
Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., pp. 468, 510-511.