quinta-feira, 23 de agosto de 2012


PERFORMANCE MULTIMÍDIA (Europa, 1963-; Nova York, 1963-; São Paulo e Rio de Janeiro, a partir de meados da décadade 1980).

As Performances Multimídia começaram a partir do começo da década de 1970, quando os artistas plásticos passaram a se apresentar com monólogos, ilustrados com projeções de slides, e música, entre outras mídias modernas na época. Entre os pioneiros americanos citamos Yvonne Rainer, dançarina e coreógrafa, que participou do Grupo do Teatro Judson, e que depois se tornou artista performática multimídia. Na década de 1970 a artista se apresentou na Performance Esta é a História de uma Mulher (This is the Story if a Woman, 1974-). Outro performático foi Eric Bogosian, que assumiu a identidade de Ricky Paul, e realizou muitas apresentações com seus monólogos, em espaços intimistas de clubes nova-iorquinos conhecidos na década.




Na década de 1960 os eventos performáticos que ocorreram foram chamados de Acontecimentos (Happenings, v.); foi o começo da Dança Pós-Moderna (v. Pós-Modernismo), inicialmente com o Grupo do Teatro Judson (Nova York, 1960-1965), cujos dançarinos e coreógrafos se tornaram destaques nas apresentações performáticas encenadas nas próximas décadas. Artistas como Yayoi Kusama, Carolee Scheneeman e Yoko Ono, foram pioneiras das Performances feministas, muitas realizadas para a câmera e outras nos palcos dos teatros nova-iorquinos (1964-). Outro coletivo influente foi o Grupo Fluxo (Fluxus, Nova York, 1962; Europa, 1963-), que levou suas performances multimídia de curta duração (3-6 minutos cada), para a Europa. Foi Joseph Beys quem abriu para o grupo as portas da Academia de Arte (Düsseldorf, 1963-). O Fluxo se apresentou nas principais capitais européias e incorporou outros artistas europeus ao coletivo, que começou com Georges Maciunas (Nova York, 1962).


Na Europa, um dos primeiros grupos performáticos multimídia que apresentou performances radicais, muitas censuradas, foi o Grupo de Ação de Viena (v., publicarei posteriormente). Várias imagens das performances do grupo se encontram reproduzidas (GOLDBERG, 1998). Outros precursor foi o coreano morador de Nova York, que estudou música na Europa, Nan June Paik: o artista se apresentou em inúmeras apresentações do grupo Fluxo nos Estados Unidos e na Europa (v., publicarei posteriormente). Desde meados da década de 1960 Paik realizou muitas performances independentes, conjuntas com sua companheira, a celista Charlotte Moorman. Paik ficou muito conhecido internacionalmente por ter sido precurssor da Vídeoarte (v.).


Vários festivais foram organizados, na Europa e nos Estados Unidos, como o 1º Simpósio Internacional de Destruição na Arte (Londres, 1966), organizado por Gustav Metzger. Performáticos do mundo todo participaram desse evento, entre eles muitos artistas do Grupo (Americano) Fluxo, que promoveu o Festival de Vanguarda I, II, III, realizados em Nova York, sendo que no terceiro Moorman e Paik apresentaram as Variações sobre um Tema de Saint Saëns(continua).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

BELGRAD, D. The Culture of Spontainety: Improvisation and the Arts in Postwar America. Chicago - London: The University of Chicago Press, 1998. 343p.: il..

BRITT, D.; MACKINTOSH, A.; NASH, J. M.; ADES, D.; EVERITT, A; WILSON, S.; LIVINSGSTONE, M. Modern Art: from Impressionism to Post-Modernism. London: Thames and Hudson, 1989, 416p.: il.

DEBORD, G. Guy Debord and the Situationist International: Texts and Documents/ edited by Tom McDonough. An October book. Cambridge, Massachussets – London, England: The MIT - Massachussets Intitute of Technology Press, 2001. 2004. 402p., il. 18 cm x 23 cm.

GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword).  Performance: live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il. 26 x29 cm.

GOLDBERG, R. Performance Art:  from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 2001. 206 p., il.; algumas color. pp. 52-54. 15 x 21 cm. (world of art).

MONOGRAFIA. SILVA, V. P. P. da. Performance artística: apresentação estética e visual do corpo no contexto educativo das artes plásticas. São Paulo: Centro Universitário Maria Antônia, Universidade de São Paulo, 2008.


LECLANCHE-BOULÉ, C. Le Construtivisme Russe: typographies et photomontages. Documentation Marc Martin-Malburet. Paris: Flammarion, 1991. 173p.: il., retrs., pp. 38, 152.

SHEAD, R.  Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989. 192p.: Il,.algumas color., 25 x 33 cm.

GIDAL, P. Andy Warhol: the Factory years, films and paintings. London: Studio Vista, 1971. New York: Da Capo Paperback, 1991. 158p.: il.


WARR, T.: JONES, A. (Survey). The Artist´s Body. London: Tracey Warr, Phaidon Press, 2000, 2002. 304p.: il., algumas color. 26 x 30 cm.  


Nenhum comentário:

Postar um comentário