sábado, 4 de abril de 2015

BIOGRAFIA: CAPOGROSSI, Giuseppe (1899-1972).

BIOGRAFIA: CAPOGROSSI, Giuseppe (1899-1972). O artista nasceu e morreu em Roma (Itália): Capogrossi viveu um período em Paris (1927-1933), mas depois voltou a viver em Roma. O artista participou da Escola Romana (Roma, 1924-1937). As primeiras obras de Capogrossi foram Figurativas, abordando temas como bailarinas, nadadores, naturezas-mortas e nus, nos quais ele deixou-se influenciar por obras vanguardistas do Cubismo francês e do Construtivismo russo. Este período de sua obra durou mais de uma década (c. 1930-1945), quando o artista alcançou a Abstração, de caráter pessoal (1945-). A partir de sua obra Abstrata, que o consagrou, Capogrossi criou seu próprio movimento artístico, quando formou o Grupo (Italiano) Origem [Origine] (1949-1956, v.). No início da década de 1950, Capogrossi alcançou o depuramento de seu estilo inovador: os motivos Abstratos do pintor, repetiram fileiras de formas similares, com eventuais aberturas como as dos dentes de um pente, utilizando linguagem repleta de códigos pessoais, marcantes, na sua obra personalizada. Nas suas obras Abstratas o artista desenvolveu a linguagem a partir de um único signo, que chamou de Morphema, forma de tridente que lembra a letra M e que tornou-se o principal elemento de seu alfabeto pessoal, visual e plástico. Capogrossi pintou seus signos em múltiplas variações, à princípio somente em branco e preto e depois usando coloridos fortes e variados, propondo texturas de gamas diferenciadas. A obra pictórica Abstrata de Capogrossi, apresentou seu signo, o Morphema,encadeado em sucessivas correntes, pintados em cores fortes e primárias como o vermelho, o amarelo e o azul real, predominando marcantes linhas negras e largas dos contornos. Sobre esta linguagem pictórica depurada, ARGAN (1992), declarou que o artista havia alcançado identidade entre forma e signo, quando na imediaticidade do fato perceptivo, o signo adquiriu a estrutura dinâmica da forma. O signo de Capogrossi, o Morphema, foi disposto segundo ritmos acelerados, para ocupar, em sequências graduais toda a superfície do quadro. Este signo, configurou-se progressivamente como forma simbólica, uma espécie de sigla heráldica, que tornou vibrante a menor variação de cor e escala, ocupando todo campo do quadro, dilatando-o. Capogrossi depois se associou ao Grupo Espacial [Spazialista] (Milão,1952), liderado por Lucio Fontana, do qual também participaram Enrico Baj, Cesare Peverelli, Gianni Dova e Roberto Crippa, entre outros. Capogrossi assinou o VI Manifesto (1953). O artista foi logo convidado por Antoni Tàpies para participar da importante mostra Veemências Confrontadas [Vehémences Confrontés], na Galeria Nina Drousser (Paris, c. 1965). Esta exposição levou para a mostra européia obras dos vanguardistas norte-americanos Jackson Polock e Wilhem De Kooning, entre outros participantes do Expressionismo Abstrato norte-americano. Capogrossi apresentou Relevos na sua mostra individual na Galeria del Cavallino (Veneza, 1966). A obra de Capogrossi Superficie n. 38 (1952) encontra-se reproduzida (RAGON, 1992); a pintura Superfície n. 305 (1959), se encontra reproduzida (LUCIE-SMITH, 1977); a sua obra Sem Título (guache/ papel), apresentando formas Abstratas marcantes e características dele, também se encontra reproduzida (SEUPHOR, 1957). Uma das pinturas mais originais de Capogrossi, anteriores à fase da Abstração que o consagrou, a obra Figurativa Banhistas no Trampolim (1931) pertence ao acervo do MAC - USP. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ARGAN, G. C. Arte Moderna.Tradução de Denise Bottmann e Federico Carotti. Biografias de Lara-Vinca Masini. São Paulo: Editora Schwarcz, 1992, p. 657 (Os artistas do século XX). DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: il., pp. 111-112, 467. DICIONÁRIO. SEUPHOR, M. Dictionaire de la peinture abstraite: precédé d´une histoire de la peinture. Paris: Fernand Hazam, 1957. 305p.: il., p. 145. LUCIE-SMITH, E. Art Today. Oxford: Phaidon Press, 1977. 417p.: il., retrs., p. 121. NÉRET, G. 30 ans d'art moderne: peintres et sculpteurs. Fribourg: Office du livre, 1988. 248p.: il., p. 230. RAGON, M..Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., p. 99.

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