quinta-feira, 16 de outubro de 2014

BIOGRAFIA: MAFAI, Mário (1902-1965).

BIOGRAFIA: MAFAI, Mário (1902-1965). O pintor italiano nasceu em Roma e tornou-se, juntamente com Scipione (Gino Bonichi, 1904-1933), um dos fundadores da dita, Escola Romana (1928-1937). Mafai passou temporada em Paris, onde conheceu a arte de Chaim Soutine (1893-1943), Jules Pascin (1883-1930), Moise Kisling (1891-1953) e Marc Chagall (1887-1985), todos de origem judaica, búlgaros, lituanos e russos que moravam no ateliê A Colméia [La Ruche] (v.). Esses vanguardistas se tornaram, posteriormente, artistas bastante conhecidos da dita, Escola de Paris (1900-1940). Scipione (Gino Bonichi, 1904-1933), pintor romano e grande amigo de Mafai, foi o cofundador da Escola Romana [Scuola Romana], também conhecida como a Escola da Rua Cavour [Scuola di Via Cavour] (Roma, 1928-1933). A sede foi o ateliê de Mafai, agregando os. participantes, além dele e Scipione, Afro (Basaldella, 1912-1976), seu irmão o escultor Mirko Basaldella (1910-1969), Giacomo Balla (1871-1958); Mario Brolio, R. Melli e Edita Brolio, editores da revista Valori Plastici [Valor Plástico] (Roma, 1918-1921), que se tornou porta-voz tanto do Grupo da Pintura Metafísica bem como do Grupo da Escola Romana; participaram igualmente Corrado Cagli (1910-1976), Francesco Cangiullo (1884-1972), Giorgio de Chirico (1888-1978) e seu irmão Savinio (Alberto de Chirico, 1891-1952), Renato Guttuso (1911-1987), o escultor Marino Mazzacuratti (1907-1969), o pintor Fausto Pirandello (1899-1975), Fausto Pirandello, filho do grande dramaturgo Luigi Pirandello, e Toti Scialoja (Antonio Scialoja, 1914-1998), Gino Severini (1883-1966), Carlo Socrate (1889-1967), Giovanni Stradone (1911-1981), Renzo Vespignoni (1924-), Alberto Ziveri (1908-). Scialoja manterá posteriormente estreita ligação com as vanguardas brasileiras, através de sua participação como cenógrafo e figurinista nos Ballets do IV Centenário de São Paulo (1953-1954). A denominação do grupo foi dada pelo crítico de arte italiano Roberto Longhi (1929), e a primeira exposição ocorreu em Roma (1928). Existiram outros grupos conhecidos como Escola Romana [Scuola Romana]. Mafai conheceu a Pintura Metafísica dos italianos Giorgio de Chirico (1888-1978) e Carlo Carrà (1881-1966), que ele reinterpretou à seu modo. As composições de Mafai, de natureza íntima, e a temática adotada das naturezas-mortas, lembram a obra de outro italiano que dedicou-se quase que somente as naturezas-mortas estáticas, imóveis, pintadas com areia, o que resultava em cores opacas e sem nenhum brilho: Giorgio Morandi (1890-1964). Nas décadas de 1940-1950 Mafai pintou obras Expressionistas, sustentadas por colorido intenso. Várias de suas pinturas estiveram presentes à representação italiana na II Bienal de São Paulo (1953), como Banco de Flores (1952, 100 cm x 80 cm); Estrada de Subúrbio (1951, 100 cm x 200 cm); Paisagem Romana (1953, 50 cm x 70 cm); Pimentões (1952, 50 cm x 75 cm) e Rosas (1952, 50 cm x 70 cm). Obras desta série foram resultantes do Realismo pictórico adotado pelo artista (1948-1953). Na epoca Mafai pintou temas como vistas das praças, reuniões populares como feiras e mercados ao ar livre, eventos realizados em Roma. No entanto, o artista carregou sempre na sua obra elementos líricos que brotaram da visão pessoal original, com contornos psicológicos modernos. Várias das obras de Mafai podem ser apreciadas na Galeria de Arte Moderna (Roma). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: ALBINI, Carla. Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Traduction de Maria Brandon-Albini. Paris: Éditions Entente, 1943. 1985, pp. 262-274. DICIONÁRIO. BREUILLE, J-P. Dictionnaire de la peinture et de sculpture : l'art du XXe siècle. Sous la direction de Jean-Philippe Breuille. Paris: Lib, Larousse, 1991. 777p.: il., retrs., p. 517. (Dictionnaires specialisés). DICIONÁRIO. CHILVERS, I. Dictionary of 20th century art. Edited by Ian Chilvers. Oxford: Oxford University Press, 1998. 670p., p. 526. (Oxford reference)

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