quinta-feira, 9 de outubro de 2014
1928-1937.ESCOLA (ITALIANA) ROMANA OU ESCOLA (ITALIANA DA) VIA CAVOUR (Roma).
ESCOLA (ITALIANA) ROMANA OU ESCOLA (ITALIANA DA) VIA CAVOUR (Roma, c. 1928-1937).
O pintor italiano Mário Mafai (1902-1965), que nasceu em Roma, tornou-se, juntamente com outro romano, Scipione (Gino Bonichi, 1904-1933), um dos fundadores da dita, Escola Romana. O grupo ficou conhecido como Escola da Rua Cavour [Scuola di Via Cavour] local do ateliê de Mafai, onde se reuniam os participantes.
Foram os principais associados Giuseppe Capogrossi (1899-1972), Conrado Cagli (1910-1976), Mário Mafai (1902-1965), Scipione (Gino Bonichi, 1904-1933), Antônio (Toti) Scialoja (1914-1998), Giacomo Balla e Gino Severini (v. Futurismo nas Artes Plasticas); Mário Broglio, Edita Broglio, Giorgio de Chirico e Savínio (Andrea Alberto de Chirico; v. Grupo da Pintura Metafísica); Afro (Basaldella) e Renato Guttuso (v. o Grupo Corrente). Posteriormente Capogrossi, a partir da Abstração que o consagrou, criou seu próprio Grupo (Italiano) Origem [Origine] (1949-1956; v.). Participaram também Mirko Basaldella, Cesare Peverelli, Fausto Pirandello, Carlo Socrate, Renzo Vespignoni, Alberto Ziveri, entre vários outros; se associaram depois ao grupo Giovanni Stradone (1911-1981) e o escultor Marino Mazzacuratti (1907-1969). Participou do grupo Toti Scialoja, artista que, na década de 1950, passou prolongado período vivendo em São Paulo, onde trabalhou como destacado cenógrafo e figurinista para o Ballet do IV Centenário de São Paulo (1953-1955; v.).
A arte da Escola Romana foi influenciada pela Pintura Metafísica, lançada em Roma pouco antes da década de 1920, por Carlo Carrà e Giorgio de Chirico, girando em torno da revista Valori Plastici [Valor Plástico], de Mário Broglio. A primeira exposição do grupo realizou-se em Roma (1928). A denominação mais conhecida do grupo, Escola Romana, foi recebida do crítico de arte italiano Roberto Longhi (1929).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ALBINI, C. Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Traduction de Maria Brandon-Albini. Paris: Éditions Entente, 1943.
DINI, P.: BORGIOTTI, M. (Introd.). Movimenti Pittorici italiani dell´Ottocento:.I Macchiaioli e la Scuola Napolitana. Milano: Alfieri & Lacroix, 1966. 165p.: il., algumas color., pp. 05-15.24 x 30 cm.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
REVISTA VALORI PLASTICI [VALOR PLÁSTICO] (Roma, 1918-1921).
REVISTA VALORI PLASTICI [VALOR PLÁSTICO] (Roma, 1918-1921).
A revista Valori Plastici (Roma, 1918-1921), foi publicada por Mário Brolio e R. Melli. Através dessa publicação Brolio se tornou o porta-voz do Grupo da Pintura Metafísica e do Grupo da Escola Romana (ou Escola da Via Cavour; v.). Essa publicação constitui a fonte de importantes documentos do movimento da Pintura Metafisica, liderada por Carlo Carrà e Giorgio de Chirico. A revista foi publicada traduzida para o francês e o alemão, esta distribuida pela Galeria Hans Goltz (Berlim - Munique).
Foram colaboradores os artistas Giorgio de Chirico, Carlo Carrà e Alberto Martini, entre outros. A Valori Plastici publicou o texto Zeus, o Explorador (jan., 1918); e o importante artigo Sobre a Arte Metafísica [Sull'arte metafisica], de Giorgio de Chirico; (nos. 04/ 05, abr.– mai., 1919). No mesmo número a revista publicou o artigo O Quadrante do Espírito [Il Quadrante dello Spirito], de Carlo Carrà. O quadro As Aparições Ovais, de Carrà foi capa da Valori Plastici (jan., 1919). A revista publicou outros artigos, de Alberto Savinio e Giorgio Morandi que escreveu sobre o Cubismo, bem como sobre o movimento holandês De Estilo [De Stijl], liderado por Piet Mondrian. Os artigos citados se encontram publicados, traduzidos por Waltensir Dutra (CHIPP, 1996: 452-459).
A editora Valori Plastici publicou o livro de Carlo Carrà escrito sobre Georg Schrimpf (1889-1938), pintor da Nova Objetividade (Roma, 1924). Schrimpf conheceu a obra de Carrà através da Galeria Hans Goltz, distribuidora da revista Valori Plastici [Valores Plásticos], publicada em alemão, da qual ele se tornou artista exclusivo (Munique-Berlim, 1918-1921). Schrimpf adotou Carrà como modelo de pintura; suas obras foram permeadas pela influência do italiano, que, por sua vez foram influentes sobre o movimento alemão, pois Schrimpf foi professor da Escola Superior de Decoração de Interiores (Munique, 1927-). Posteriormente G. Schrimpf passou período vivendo na Itália (Roma, 1933-1938).
Karl Hubbuch (1891-1979) e Georg Scholz (1890-1945) tornaram-se professores da Escola Estatal de Baden (Karlsruhe,1924-1933), associados ao foi o principal mestre, Wilhelm Schnarrenberger (1892-1966). Esta tríade adotou o estilo de pintura conhecido como do Realismo Mágico, predominante nos artistas da Nova Objetividade (Alemanha, 1925-1933). O artista George Grosz (1893-1959) pintou algumas obras com a influência da fase da Pintura Metafísica italiana, bem como Scholz; obras de Grosz, Hubbuch, Schnarrenberger, Scholz e Wilhelm Heise (1892-1965), entre outros, participaram da principal exposição que nomeou a Nova Objetividade, organizada a convite de Gustav Friedrich Hartlaub (1884-1963), diretor da Kunsthalle (Mannheim, 1925). Obras dos mesmos artistas participaram da mostra internacional Os Independentes [De Anafhangelijken], no Stelelijk Museum (Amsterdã, 1929).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
DICIONÁRIO. SCHMIED, W.; WITFORD, F.; ZOLLNER, F. The Prestel Dictionary of Art and Artists in the 20th century. Munich – London - New York: Prestel, 2000. 381p.: il., p. 331, 27.5 x 20 cm.
DICIONÁRIO. BREUILLE, J-P. Dictionnaire de la peinture et de sculpture : l'art du XXe siècle. Sous la direction de Jean-Philippe Breuille. Paris: Lib, Larousse, 1991. 777p.: il., retrs., p. 120. (Dictionnaires specialisés).
MICHALSKI, S. New Objectivity. Neue Schlichkeit: Painting in Germany in the 1920s – Painting, Graphic Art and Photography in Weimar Germany 1920-1933. Cologne - London - Los Angeles - Madrid - Paris - Tokyo: Taschen, 2003, 220p.; il., color., pp. 22-39, 72-78, 99-106, 212, 214, 217, 218.
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
BIOGRAFIA: ROSSO, Medardo (1858-1928).
BIOGRAFIA: ROSSO, Medardo (1858-1928).
O artista nasceu em Turim e faleceu em Milão (Itália). Rosso se tornou um dos mais originais escultores das vanguardas italianas. O artista estudou na Academia de Brera (Milão, 1882-1883), quando recebeu a influência de escultores da Escola Lombarda, das obras de Tranquillo Cremona (1837-1878), Daniele Ranzoni (1843-1889) e das esculturas de Giuseppe Grandi (1843-1894). Rosso sempre deixou suas obras escultóricas sem o acabamento tradicional; ao descrevermos sua escultura, diríamos que o artista buscou envolver suas figuras em atmosfera indefinida, envoltas na bruma, personagens dissolvidos na névoa que deixava os contornos indefinidos. Na escultura do século XX Rosso foi o único artista que manteve na obra esta característica marcante; entre as suas esculturas mais destacadas A Porteira; Amantes sob a Luz da Rua (c. 1882); A Carne dos Outros (1883); A Faxineira da Igreja (1883).
Rosso foi fotógrafo inovador: na fotografia Impressões em um Ônibus (HULTEN ET AL, 1983), Rosso colocou a figura de mulher comum, vestida com roupas usuais, sentada dentro de seção cortada de ônibus. Rosso participou de encontros e discussões sobre arte (Milão, 1919), juntamente com o grupo de escritores e intelectuais italianos do fizeram parte o jornalista, escritor e crítico de arte Giuseppe Ungaretti (1888-1970), Massimo Bontempelli (1878-1960), Vicenxo Cardarelli (Naxareno Cardarelli, 1887-1959) e Carlo Carrà (1881-1966). Rosso viveu em Milão, onde, durante 20 anos, foi crítico de arte do jornal L'Ambrosiano.
A escultura Ecce Puer: um Retrato de Alfred Mond na idade de seis anos (1906- 1907, bronze, 43,2 cm, no acervo do Museu d' Orsay, Paris), de autoria de M. Rosso, se encontra reproduzida (BONFANTE-WARREN, 2000), que declarou que Rosso foi um dos precursores da escultura impressionista. Nessa escultura notável o esmaecimento entre a figura e o espaço que a rodeia e a concepção da luz, parte integrante da face da criança retratada. A reprodução fotográfica dessa obra perdida, se encontra publicada (HULTEN ET AL, 1986).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BONFANTI-WARREN, A. The Musée D'Orsay. New York: Barnes and Noble, 2000. 320p., il., color., pp. 274-275. .
CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York:Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 640p.: il, retrs., p. 556.
BIOGRAFIA: ADAMI, Hugo; Pilade Francisco Hugo Adami (1899-1999).
BIOGRAFIA: ADAMI, Hugo; Pilade Francisco Hugo Adami (1899-1999).
O pintor, ator, cenógrafo e cantor lírico conhecido como Hugo Adami, nasceu em São Paulo e estudou com Giuseppe Barchitta, na Escola Profissional Masculina do Brás; e, depois, com Georg Elpons (1865-1939), Enrico Vio (1874-1960), William Zadig (1884-1952) e Alfredo Norfini (1867-1944) no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo, 1915). Adami estudou música e tornou-se cantor de ópera, trabalhando durante dois anos na Companhia Leopoldo Fróes, no Rio de Janeiro.
Adami participou pela primeira vez do SNBA - Salão Nacional de Belas Artes (1921) e do Salão da Primavera (1923), ambos no Rio de Janeiro; ele viajou para Florença, onde estudou arte durante o período de cinco anos (1923-1927). Adami participou da mostra do Novecento (Florença, 1926), na companhia dos pintores Achille Virgille Funi (1890-1982), Mario Sironi (1885-1961), Pietro Marrusig (1879-1930) e Mário Tosi (1895-1979). O artista visitou Paris e participou do Salão das Tulherias (1927). Adami conheceu e estabeleceu amizade com Giorgio De Chirico (1888-1878); ele voltou ao Brasil e expôs na sua primeira mostra individual, na Casa das Arcadas (São Paulo, 1928). A mostra foi comentada por Mário de Andrade (1888-1945), no ensaio publicado no Diário de Notícias. No mesmo ano Adami voltou à Itália, quando expôs na Bienal de Veneza (1929-1931).
Adami regressou ao Brasil (1931), para radicar-se em São Paulo, onde foi um dos fundadores da SPAM/ Sociedade Pró Arte Moderna (1932-1935). O artista participou, com Flávio de Carvalho (1899-1973) do CAM/ Clube dos Artistas Modernos, fundado (24 nov., 1932-), por Antonio Gomide (1895-1967), Carlos Prado, Vittorio Gobbis (1894-1968) e Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976).
Adami expôs em outra mostra individual, em São Paulo (1933); o artista expôs no SPBA - Salão Paulista de Belas Artes (1934; 1935; 1936); no penúltimo salão (1935) Adami recebeu a Grande Medalha de Prata e, no último a Medalha de Ouro (1936). Adami participou da mostra da Família Artística Paulista (1937), juntamente com obras de Alfredo Volpi (1896-1988), Aldo Bonadei (1906-1964), Paulo Rossi Osir (1890-1959) e Clóvis Graciano (1907-1988). Obras de Adami participaram do 2º Salão de Maio (São Paulo, 1938), organizado por Flávio de Carvalho e de outra mostra do SPBA (1940).
O artista voltou a viver na Europa (1937-1949) e afastou-se das atividades artísticas (1945-1970). O artista somente voltou a pintar anos depois (1975) e reapareceu no cenário brasileiro a partir da década de 1980, quando participou da mostra Do Modernismo à Bienal, no MAM (São Paulo, 1982); da Mostra Retrospectiva, no MAM (São Paulo, 1986); da Artistas Contemporâneos da Sociarte (São Paulo, 1992; 1993; 1995); da mostra Unidade e Confronto, na Escola Pan Americana de Arte (São Paulo, 1994); da Hugo Adami, 35 Pinturas, no Escritório de Arte Renato Magalhães Gouveia (São Paulo, 1996); e de mostra individual, com apresentação do crítico de arte Mário Barata, no MAM (São Paulo, 1996). A obra de Adami, Sem Título (desenho, nanquim e grafite/ papel, 20,2 cm x 40,5 cm), pertence ao acervo do MAC – USP.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
CATÁLOGO. BARBOSA, A. M. Catálogo Geral de Obras 1963-1993. São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Fundação Bienal, 1993, p. 03.
DICIONÁRIO. AYALA, W.: SEFFRIN, A. Dicionário de pintores brasileiros. Curitiba: UFFR - Universidade Federal do Paraná, 1997. 2ª ed., ver., ampl.< 428p. : il., color., p. 19.
DICIONÁRIO. PONTUAL, R. Dicionário das Artes Plásticas no Brasil. Introdução histórica e crítica de Mário Barata (et al.). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559p.: il, retrs.
DICIONÁRIO. TEIXEIRA LEITE, J. R. T. Dicionário Crítico de Pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Paulo Mendes da Silva - Art Livre, 1988, p. 13.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
GRUPO (INTERNACIONAL) NOVECENTO ITALIANO (Milão, 1923-; internacionalmente, 1925-1933).
GRUPO (INTERNACIONAL) NOVECENTO ITALIANO (Milão, 1923-; internacionalmente, 1925-1933).
Destaques: Leonardo DUDREVILLE, Achille FUNI, Marino MARINI e Mario SIRONI.
O período do entre guerras (1919-1939) ficou marcado pelo movimento apoiado pelo estado italiano, que, liderado pela jornalista e crítica de arte Marguerita Sarfatti (1883-1961), representou a única arte apoiada pelo ditador Benito Mussolini (1883-1944). Essa historiadora e crítica de arte foi curadora de todas as mostras do grupo durante 10 anos: Sarfatti decretou o retorno da arte à ordem, e, com este, a valorização da pintura Figurativa. Sarfatti organizou as mostras dos Sete Pintores do Novecento [Sette Pittore dei´900´] (Milão, março, 1923), dos Seis Pintores do Novecento [Sei Pittore dei´900´] (Milão, 1925), da Primeira Mostra do Novecento Italiano [Prima Mostra del Novecento Italiano] (Milão, 1926), e duas das Bienais de Veneza (1924; 1926), além de ser a curadora dos artistas da representação italiana
escolhidos para participarem da Exposição Universal (Paris, 1925).
Foi Sarfatti quem organizou o grupo do Novecento italiano, com mais de 100 artistas, cujas obras viajaram com ela, que apresentou palestras nas diversos exposições inauguradas em vários países (1926-1933). Participaram desse grupo muitos egressos do Futurismo italiano (v.); entre os principais associados o brasileiro Hugo Adami (Pilade Francisco Hugo Adami, 1899-1999), Anselmo Bucci ( !887-1933), Baccio Maria Bacci (1888-1974), Massimo Campigli (1895-1971), Carlo Carrà (1881-1966), Giorgio de Chirico (1888-1978), Filippo de Pisis (1896-1956), Francesco Cangiullo (1884-1977), Ricioto Canudo (1877-1923), Felice Casorati (1883-1963), Emilio Centurion (ítalo-argentino, 1894-1970), Remo Chitti (1891-1971), Primo Conti (pintor, escritor e editor da revista Il Centone, 1900-1988), Bruno Corrà (Conde Bruno Ginanni Corradini, 1892-1976), Giorgio de Chirico (1888-1978), Leonardo Dudreville (1885-1975), Achille Virgille Funi (1890-1972), Arnaldo Ginna (Conde Arnaldo Ginanni Corradini, 1890-1982; v. Futurismo no Cinema), Tullio Garbari (pintor e crítico arte, 1901-1931), Arturo Martini (pintor e gravador, 1889-1947), Pietro Marussig (pintor de Trieste, 1879-1931), Giorgio Morandi (pintor e gravador, 1890-1964), Bruno Munari (11907-1998), Enrico Prampolini (artistas multimídia, e cineasta, 1894-1956); Alberto Salietti (pintor de Ravenna, 1892-), Ottone Rosai (pintor de Florença, 1895-1957), Medardo Rosso (escultor e crítico arte, 1858-1928), Luigi Russolo (músico, pintor, inventor de instrumentos musicais, 1885-1947), Gino Severini (pintor e cenógrafo que vivia em Paris, 1883-1966), Mário Sironi (pintor de Sassari, 1885-1961), Ardengo Soffici (pintor e editor de revistas, 1879-1964) e Mário Tozzi (1895-12979), entre inúmeros outros.
Os artistas Gian Emilio Malerba (1880-1926), Ubaldo Oppi (1889-1942) e Aligi Sassú (1912-2000) se associaram, mas logo depois deixaram o grupo, surgindo posteriormente nos grupos anti-fascistas italianos como o Grupo Vermelho [Grupo Rosso] (1934-1935) e o Grupo Corrente (1938-1940).
Na Itália o Grupo do Novecento organizou várias mostras, em Milão, Roma, Veneza, Turim, entre outras cidades (1923-1933). O grupo se separou, mas reagrupou-se em seguida, nomeado de Comitê Diretor do Novecento italiano, sendo oficial a Primeira Mostra do Novecento Italiano [Prima Mostra del Novecento Italiano], realizada com 30 artistas no Palazzo da Permanente (Milão, fev. – mar., 1926). Foi organizada por M. Sarfatti a representação italiana na Bienal de Veneza (XIV-XV/ 1924; 1926; 1931) e a Quadrienal de Roma (1933). Outras mostras associadas foram Seis Pintores do Novecento (Milão, 1925); a Exposição Universal (Turim, 1925); a Arte Moderna (Milão, 1926); a exposição dos Sete Pintores do Novecento, inaugurada com discurso do ditador italiano na Galeria C’A Pesaro (Milão, mar., 1923); da 1ª Mostra do Novecento, na Galeria Gian Ferrari (Milão, 1926); da mostra, Novecento (Florença, 1926).
Obras de c. de 100 artistas participaram das várias outras mostras internacionais, todas com curadoria de Sarfatti, itinerantes a Helsinki (1931) e Pittsburg (Estados Unidos, 1932), entre outras cidades como Amsterdã, Basiléia, Berlim, Berna, Bruxelas, Budapeste, Estocolmo, Genebra, Lausanne, Paris, Viena e Zurique, além da participação destacada nas mostras italianas mais importantes do período.
Na América do Sul a influência recebida do Grupo do Novecento italiano se deve as mostras itinerantes, realizadas com curadoria da protegida do ditador italiano B. Mussolini, Marguerita Sarfatti, como a exposição inaugurada com palestra de Sarfatti na sede da Associação Amigos da Arte [AAA] (Buenos Aires - Montevidéu, 13 set. – out., 1930). Receberam essa influência artistas sul-americanos de origem italiana, como os argentinos Antonio Berni, Emilio Centurión, Victor Cúnsolo, Raquel Forner, Lorenzo Gigli, Fortunato Lacámera, Horácio March, Onofrio Pacenza, Emilio Pettoruti e Lino Enea Spilinbergo; os uruguaios Gilberto Bellini, Elsa Andrada de Torres, Carlos Prevosti e Joaquín Torres-Garcia. A influência da arte italiana deste período alcançou a obra dos brasileiros Hugo Adami, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcanti, Vittorio Gobbis, Fúlvio Pennacchi, Cândido Portinari, Carlos Prado, Francisco Rebolo, Paulo Rossi Osir e Alfredo Volpi, destacados por Tadeu Chiarelli, curador da mostra Novecento Sudamericano, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2003).
Os integrantes do Grupo do Novecento italiano se apresentaram em mostras posteriores, como na Sala Especial do Futurismo, na II Bienal do Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1953), com curadoria de Giulio Carlo Argan, Giuseppe Fiocco, Luciano Minguzzi, Rodolfo Pallucchini, Carlo Alberto Petrucci e Gino Severini. Na mostra, Aspectos do Segundo Futurismo, realizada na GCAM/ Galeria Cívica de Arte Moderna (Turim, 1962); na A Experiência Aero-Espacial na Pintura Contemporânea [L' Experienza dell'aero-spazio nell pittura contemporanea], na GCAM (Segnana, 1972); na mostra Turim: entre duas guerras, na GCAM (Turim, 1978); e na exposição paulista Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Argentina, Brasil, Itália e Uruguai, realizada na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2003).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color., pp. 49-50.(world of art).21 x 15 cm.
CATÁLOGO GERAL. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dez., 1953, p. 172.
ENSAIO. CHIARELLI, T. O Tempo em Suspensão: Presença/ Ressonâncias da Pintura Metafísica e do Novecento Italiano na Arte de Argentina, Brasil e Uruguai. Apud CATÁLOGO. Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, pp.07-12.
ENSAIO. GINANNESCHI, E. O enigma de uma viagem na arte do século XX. Apud CATÁLOGO. Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, pp. 18-20.
ENSAIO. ORGAMBIDE, P. Tiempo de Pettoruti. Apud CATÁLOGO. Emilio Pettoruti. Un pintor ante el espejo. Málaga (Espanha): Museu Municipal de Málaga. Buenos Aires (Argentina): Fundación Pettoruti.
ENSAIO. WECHSLER, D. De uma Estática do Silêncio a uma Silenciosa Declamação: Encontros e apropriações de uma Tradição nas Metrópolis do Rio da Prata. Apud CATÁLOGO. Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, pp. 13-16.
GRUPO (ITALIANO DOS) SEIS PINTORES DO NOVECENTO (Milão, 1925).
GRUPO (ITALIANO DOS) SEIS PINTORES DO NOVECENTO (Milão, 1925).
Carlo Carrà foi um dos artistas que aderiu ao controvertido grupo do Novecento italiano, promovido pelo estado fascista (1923-1933). Formou-se o Grupo dos Seis Pintores do Novecento Italiano (1923), liderados por Fillia (Luigi Colombo), com a adesão de Nikolay Diulgheroff (1901-1982) e de Medardo Rosso (1858-1928). O grupo publicou o único número da revista Futurismo (Milão, 1924) e expôs na mostra organizada pela amante de Benito Mussolini, Margherita Sarfatti, dos Seis Pintores do Novecento [Sei Pittori dell' 900´] (v. o Grupo dos Sete Pintores do Novecento Italiano).
REFERÊNCIA SELECIONADA:
ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color., pp. 49-50.(world of art).21 x 15 cm.
GRUPO (ITALIANO DOS) SETE PINTORES DO NOVECENTO [PITTORI DEL '900] (Milão, 1922).
GRUPO (ITALIANO DOS) SETE PINTORES DO NOVECENTO [PITTORI DEL '900] (Milão, 1922).
Destaques: FUNI, Achille e Leonardo DUDREVILLE.
A historiadora de arte italiana Marguerita Sarfatti (1883-1961), que trabalhava como como jornalista e crítica de arte no jornal do ditador italiano O Povo da Itália [Il Popolo d’Itália], tornou-se curadora da Mostra dos Sete Pintores do ´900 [Dei sette Pittori del '900], inaugurada com a presença do ditador italiano, seu amante, na Galeria C’A Pesaro (Milão, mar., 1923). Desta mostra organizada por Lino Pesaro participaram obras de Baccio Maria Bacci (1888-1974), Anselmo Bucci (1887-1955), Leonardo Dudreville (1887-1976), Achille Virgile Funi (1890-1982), Gian Emilio Malerba (1880-1926), Pietro Marrusig (1879-1937), Ubaldo Oppi (1889-1942), Gino Severini (1883-1966) e Mário Sironi (1885-1961). O mesmo grupo de pintores, entre muitos outros, participou depois da Primeira Mostra do Novecento Italiano [Prima Mostra del Novecento Italiano] (Milão, 1926), e se tornou conhecido por sua participação neste grupo apoiado pela ditadura fascista, o do Novecento Italiano (1922-1933; v.).
REFERÊNCIA SELECIONADA:
ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color., pp. 40-50.(world of art).21 x 15 cm.
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