domingo, 5 de maio de 2013


 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCESNO SÉCULO XX.
ARTE CORPORAL, ACONTECIMENTOS [HAPPENINGS] E PERFORMANCES NA PRESENÇA RESIDUAL DO CORPO - HUMANO OU ANIMAL, VIVO OU MORTO -(Estados Unidos e Europa, desde o começo da década de 1960).

 
Obras performáticas discretas passaram a utilizar partes dos corpos dos artistas, como braços, mãos, ohos e face, como a Escultura Performática de Bruce Nauman, e o Desenho Performático de Marcel Duchamp. Na Arte Corporal foram incluídas obras que utilizaram secreções e excreções do corpo humano: Esperma (Serrano), Fezes (Manzoni, Mike Kelly), Sangue (Marc Quinn), Sopro (Manzoni), Vírus (Chadwick), Vômito (Sherman) e Urina (Serrano, Warhol), entre outras. As substâncias citadas foram utilizadas na produção de Arte Corporal Performática. Essas obras não existiriam sem a presença do artista e sem a performance do corpo do artista, que produziu as substâncias citadas. Muitas das obras não se mostam chocantes, pois o público nem desconfia como e com que material foram executadas. As obras que se mostraram explícitas, quase sempre chocaram o público: este foi o caso do Cristo imerso em Urina [Piss Chist] de Andres Serrano (Nova York, 1972). Na categoria de Arte Corporal Performática não é chocante a Pintura Oxidada [Ocxidation Painting] de A. Warhol, realizada com sua urina, que efetuou reação química com a tela especialmente tratada com reagentes químicos.

Na década de 1970, em alguns estados americanos, alguns artistas performáticos se destacaram: a jovem cubana Ana Mendieta, que frequentava a Universidade de Iowa, utilizou seu corpo para marcar forma feminina a areia da praia. Nessa Instalação de Arte Corporal Performática, a artista inseriu e queimou vários materiais vegetais colocados dentro da depressão produzida da forma escavada de seu corpo, como galhos secos, folhas e flores, entre outros. A sequência de atos estudados de Mendieta desejava evocar a fertilidade e a maternidade na mulher: a maioria de suas primeiras performances foi de natureza poética e lírica. No entanto a artista também crucificou o corpo feminino em armações de bambu, nas quais ela inseriu materiais naturais, que depois foram queimados. As Instalações de Mendieta foram realizadas ao ar livre, na praia, mas não causaram qualquer dano à natureza ou a seu próprio corpo.


REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

ARCHER, M. Art since 1960. New Ed. London: Thames and Hudson, 1997. 2002. 256p. 221 il., 92 color. 15 x 21 cm. (world of art).
 

GOLDBERG, R. Performance Art: from Futurism to the Present. London: Thames and Hudson 1989,2001. 206 p.: il., algumas color 15 x 21 cm. (world of art).

GOLDBERG, R.; ANDERSON, l. (Foreword). Performance:live art since 1960. New York: Harry N. Abrams, 1998. 240p.: il. 26 x29 cm.
WARR, T.: JONES, A. (Survey). The Artist´s Body. London: Tracey Warr, Phaidon Press, 2000, 2002. 304p.: il., algumas color. 26 x 30 cm.  
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário