sábado, 25 de maio de 2013



 


PERFORMANCES:  PERFORMÁTICO FUTURISTA.  
CANGIULLO, Francesco (1884-1977).

 
O artista gráfico, pintor, poeta, escritor das palavras em liberdade, nasceu em Nápoles (Itália) e morreu em Leghorn (Suíça). Francesco Cangiullo colaborou com seus textos para os mais conhecidos periódicos de vanguarda de sua época, como as revistas La Difesa dell´Arte (1910-), Lacerba (1913-1915), L'Italia Futurista (1916-1920), Procellaria (1922-) e La Cultura Italiana (1929-), todas publicadas em Florença. O artista e escritor se associou as vanguardas Futuristas; o artista escreveu e assinou o Manifesto do Mobiliário Futurista (1920). No ano seguinte, ele assinou juntamente com F. Marinetti o Manifesto do Teatro da Surpresa (1921). Cangiullo tornou-se diretor, juntamente com Roberto de Angelis, da Companhia do Teatro da Surpresa. Cangiullo afastou-se do Futurismo (1924).



Francesco Cangiullo trabalhou conjuntamente com o ator e autor teatral Futurista Ettore Petrolini, que produziu várias das ditas, Sínteses Teatrais Futuristas (1916-): eles escreveram juntos a peça Radioscopia, misto de drama com espetáculo no estilo do vaudeville francês e do music-hall americano.



A estética de Cangiullo, próxima da Dadaísta, foi notável pela originalidade, pois seus textos ilustrados com tipografia criativa, apresentaram soluções gráficas inéditas. O trabalho de Cangiullo foi influenciado por seu amigo Giacomo Balla, pintor e professor do grupo dos artistas plásticos Futuristas (v. Futurismo nas Sínteses Teatrais e no Teatro). Cangiullo tornou-se performático e declamou suas poesias nas Noites Futuristas, organizadas por Giuseppe Sprovieri na Galeria Sprovieri, conhecida como a Galeria Futurista (Roma e Nápoles, 1914).

 
Cangiullo inventou novas formas para as palavras e, como Guillaume Apollinaire nos seus Caligramas [Caligrammes], o artista italiano reinventou a tipografia, com a página composta tal qual fogos de artifícios, entre outras. Cangiullo empreendeu, de modo criativo, a deformação da palavra escrita, ocasião em que criou o novo visual, muito gráfico, que apresentou no seu livro Café Concerto (Milão: Edição Futurista de Poesia, 1916). No final dos anos 1920, Cangiullo também produziu obras conjuntas com seu irmão mais novo, Pascalino.

 
REFERÊNCIA SELECIONADA:

 

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L;. CAUMONT, J;.CELANT, G;. COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE; MARIA, L. DE; DI MILLIA, G.;FABRIS, A.;FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.;GREGOTTI, V.;LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.;MENNA, F.; ÁCINI, P.;RONDOLINO, G;. RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.;SILK, G.; SMEJKAI, F.;STRADA, V.;VERDONE, M.;ZADORA, S. Futurism and Futurisms.New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 440, 536.

 

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