sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

BIOGRAFIA: CHITI, Remo (1891-1971).

 

CHITI, Remo (1891-1971).

O escritor, teatrólogo e cineasta Chiti, foi associado ao movimento do Futurismo italiano. Remo Chiti nasceu em Staggia Senese e morreu em Roma (Itália). O escritor colaborou em inúmeras publicações das vanguardas italianas como a revista do grupo florentino L'Italia Futurista [A Itália Futurista] de Fillia (Luigi Colombo), ao redor da qual reuníram-se vários escritores e intelectuais como os irmãos Bruno Corra (1892-1976) e Arnaldo Ginna (1890-1982), Mário Carli (1883-1935) e Emilio Settimeli (1891-1954), este que foi diretor da revista Il Centauro[O Centauro].

Chitti publicou seus artigos em Difesa dell'Arte [Defesa da Arte], Domani [Amanhã], Il Centauro [O Centauro], La Rivista [A Revista], L'Impero [O Império], L'Universalle [A Universal], Saggi Critici [Sábia Crítica], Testa di Ferro [Testa de Ferro] e Oggi[Hoje], publicações com marcante orientação fascista. Chiti participou das Noitadas Futuristas [Serata Futurista], organizadas por F. T. Marinetti (1876-1944) nos teatros italianos, com declamação de poesias e performances radicais, associadas à música com apresentação de novos instrumentos como o Entoarumor [Intonarumori], criado por Luigi Russolo (1885-1947), músico e pintor italiano.

Chiti tornou-se um dos mais ativos membros do Futurismo, criou e trabalhou para seu dito, Teatro Sintético; ele lançou o Manifesto do Teatro Sintético Futurista, que F. T. Marinetti, Bruno Corra e Enrico Settimelli assinaram. Chiti assinou o Manifesto do Cinema Futurista (1916), juntamente com F. T. Marinetti, Giacomo Balla (1871-1958), Bruno Corra, Arnaldo Ginna e Emilio Settimelli.
 
O cinema Futurista que existiu não chegou até os nossos dias; o único filme produzido pelo grupo que assinou o manifesto foi Vida Futurista (Vita Futurista, 1916). O filme, que apresentou os principais princípios plásticos que nortearam o cinema Futurista, expressos no citado manifesto, perdeu-se, mas a revista L'Itália Futurista publicou (1 out., 1916), o resumo detalhado dele. Esse filme foi dividido na série de episódios, a saber: Como dorme um futurista; Ginástica matinal; Um almoço Futurista; Discussão entre um pé, um martelo e um guarda-chuva; Um passeio Futurista; Trabalho Futurista - Imagens idealizadas e deformadas externamente. Dois fotogramas do filme, um com Arnaldo Ginna e outro da dita, Dança do Esplendor Geométrico, encontram-se reproduzidos (HULTEN, 1986). As cenas filmadas foram criadas através das performances dos próprios Futuristas, que tornaram-se atores quando atuaram espontâneamente no filme, realizado com todos os artistas que assinaram o manifesto: atuaram Balla, Corra, Ginna, Marinetti e Settimelli.

Chiti publicou seu manifesto O Criador do Teatro Sintético Futurista [I creatori del teatro sintetico futurista] e escreveu várias peças de um ato para várias apresentações; seus textos e peças foram publicados póstumamente, editados por Mário Verdone com o título A Vida se Faz por Si Mesma (La vita se fá da se, 1973).

 
REFERÊNCIA SELECIONADA:

 
 

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 452, 568. 30 x 22 cm.

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