sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

BIOGRAFIA: ROSAI, Ottone (1895-1957).


ROSAI, Ottone (1895-1957).

 


O artista italiano nasceu em Florença e morreu em Ivrea (Itália). Rosai foi um dos pintores associados ao Futurismo, movimento lançado por F. T. Marinetti. O artista se tornou escritor, criou textos em formas tipográficas livres extremamente criativos, quando também criou letras originais e associou palavras às artes gráficas. A obra Zang Tumb Tuum foi de estética Dadaísta, homenageando seu mentor Futurista. Rosai foi um dos colaboradores da revista Lacerba (Florença, 1913-1915), uma das mais importantes publicações das vanguardas européias; o artista foi amigo de Ardengo Sofficci (1879-1964).


Depois de sua primeira fase pictórica, a influência criativa do Futurismo italiano foi gradualmente desaparecendo das obras de Rosai (1916-1919), que se tornaram pesadas devido ao retrocesso ao Figurativismo. Rosai participou da performance dos artistas Futuristas, encenada no Teatro degli Independenti Sperimentali [Teatro dos Independentes Experimentais], de Anton Giulio Bragaglia (1921). Desta ação também participaram Massimo Campigli (1895-1971), Filippo De Pisis (1896-1956), Gerardo Dottori (1881-1973), Ubaldo Oppi (1889-1942), Enrico Prampolini (1894-1956), Carlo Sócrate (1880-1967)e Sciltian (1900-1985), realizada com a música A Modo de Tango (1921), de Alfredo Casella (1883-1947).


 

O local se transformou em um centro cultural Futurista, onde foram realizadas palestras e debates, além de espetáculos e leituras de poesias, promovidos pelos artistas associados ao grupo. Rosai expôs duas pinturas Dinamismo - Bar San Marco (1912, óleo/ cartão, 57 cm x 62 cm, na coleção Gianni Mattioli, Milão) e Garrafa Zang Tumb Tuum (1912, óleo/ tela, 45 cm x 35 cm, Milão), na Sala Especial do Futurismo com curadoria de Umbro Appolonio, na II Bienal Internacional (São Paulo, 1953). A paisagem Moinho (Molino, 1938), de Rosai, no acervo da Galeria Cívica de Arte Contemporânea, Milão), participou da mostra Novecento Sudamericano, Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai, realizada com o patrocínio do Instituto Italiano de Cultura, na Pinacoteca do Estado de São Paulo (31 ago. - 05 out., 2003). Outra pintura de Rosai, Os Filósofos [I Filosifi] (1920), também participou da mesma mostra, quando o artista expôs figuração das mais interessantes; as obras de Rosai se tornaram marcantes através do uso restrido da cor, nas gradações que oscilaram dos beges claros ao marrons escuros: o quadro citado pertence ao acervo da mesma galeria citada (Milão).

 

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

 
DICIONÁRIO. BREUILLE, J-P. Dictionnaire de la peinture et de sculpture : l'art du XXe siècle. Sous la direction de Jean-PhilippeBreuille. Paris: Lib, Larousse, 1991. 777p.: il., retrs., p. 537. (Dictionnaires specialisés).
 
 

CATÁLOGO GERAL da II Bienal do Museu de Arte Moderna. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dez., 1953, p. 218.

 

ENSAIO. CHIARELLI, T. O Tempo em Suspensão: Presença/ Ressonâncias da Pintura Metafísica e do Novecento Italiano na Arte de Argentina, Brasil e Uruguai. Apud CATÁLOGO. Novecento Sudamericano. Relações Artísticas entre Itália, Argentina, Brasil e Uruguai. São Paulo: Pinacoteca do Estado de São Paulo, 2003, pp.07-12.

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