domingo, 18 de outubro de 2015

1848-1899 PANORAMA DO OITOCENTO ITALIANO [OTTOCENTO] (Itália).

1848-1899 PANORAMA DO OITOCENTO ITALIANO [OTTOCENTO] (Itália). A estética do Grupo (Francês) do Impressionismo foi a mais próxima da desses artistas, que surgiram anteriormente em vários grupos por toda a Itália. No grupo milanês se destacaram as obras de Le Piccio (Giovanni Carnevali, 1806-1873), Telêmaco Signorini (1835-1901), posteriormente destacado no Grupo dos Pintores de Manchas [Macchiaioli]; Mosè Bianchi (1840-1904), principal expoente do Grupo (Lombardo) do Impressionismo Italiano (v.); e Giovachino Toma (1836-1891), do Grupo (Pergentino) do Impressionismo Italiano [Scuola Pergentina] (v.). Além desses artistas citados participaram do Grupo (Milanês) do Oitocento o escultor Giuseppe Grandi (1843-1894), Gaetano Previatti (1852-1920), Daniele Ranzoni (1843-1889), e o artista mais influente do grupo, Tranquillo Cremona (1837-1878). As pinturas de Mosè Bianchi, Gaetano Previatti e Giovanni Segantini foram influenciadas pelo estilo do Impressionismo: ele foi amigo do escultor Giuseppe Grandi e, como ele, pesquisou modelos sensíveis, que poderíamos chamar de Impressionistas, visíveis nos seus croquis, maquetes e retratos. O artista esculpiu monumentos, entre os quais o mais importante é o consagrado Cinco Dias (Milão). A pintura de Tranquilo Cremona influenciou a pintura de Mosè Bianchi e Gaetano Previatti. O artista do Grupo do Oitocento italiano que ficou mais conhecido foi Giovanni Segantini, que, nas suas pesquisas inovadoras, partiu da temática do quadro histórico. Segantini se destacou devido à riqueza pictórica de suas obras: foi ele quem iniciou o Divisionismo da pincelada na arte italiana. As pinturas de Segantini apresentavam cromatismo denso e rico, que levou suas obras a serem consideradas exemplares no Simbolismo. No último período de sua vida a pintura de Segantini ficou mais próxima da estética do Grupo da Escola de Barbizon [École de Barbizon] (Barbizon, França, c. 1855-1875): ele foi influenciado pela obra de seu maior expoente, J-F. Millet. Uma pintura de Segantini se encontra reproduzida (Hulten et al., 1986). O pintor do Oitocento italiano Silvestro Lega (1826-1895), participou do movimento: a pintura dele se aproximou lentamente do estilo dos Pintores de Manchas [Macchiaiolli] e marcou o período mais importante na fase final de sua obra (1862-1880). Declarou ALBINI (1943) que, em 1875, dez anos depois de seu quadro calmo e idílico As Noites campesinas, a vida serena de Lega se transformou em dramática. E foi assim, no coração dos desastres mais graves, que ele descobriu a expressão mais vigorosa de sua arte. Ninguém na Itália tinha ainda sentido que, nessa escola, havia o germe da revolução. Ninguém ainda levara a técnica aos seus derradeiros limites, até sentirem Lega, porque era violento, porque a vida o havia exasperado (Lionello Venturi in Pretesti di Critica. Apud Albini,1943). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: Albini, C. (1943). Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Paris: Éditions Entente, pp. 31-34, 53-66. Dino, P. (1966). Movimenti Pittorici Italiani dell' Ottocento. Milano: Alfieri & Lacroix, pp. 05-15.

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