terça-feira, 27 de outubro de 2015

BIOGRAFIA: BRECHERET, Victor; Vittorio Brecheret (1894-1955).

BIOGRAFIA: BRECHERET, Victor; Vittorio Brecheret (1894-1955). Brecheret nasceu em Farnese de Castro, província de Viterbo, na Itália e morreu em São Paulo; ele veio para o Brasil com menos de dez anos de idade. Durante muitos anos o futuro artista ocultou sua nacionalidade italiana, por ter conseguido documentação brasileira, adotando o nome de Victor Brecheret. Seu tio, Enrique Nanni, também italiano e dedicado à arte da fundição, originário da mesma região de Viterbo, incentivou o futuro artista, que estudou no Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo), e voltou a estudar na Itália (1913), aluno do escultor Arturo Dazzi (1881-1966). Brecheret expôs no Salão dos Escultores Amadores (Roma, 1918). O artista voltou ao Brasil (1919), passando a trabalhar na dependência do Palácio das Indústrias; sua familia tornou-se fabricante de sapatos (São Paulo). Brecheret expôs sua maquete do Monumento ás Bandeiras, na Casa Byington (São Paulo, julho, 1920), obtendo crítica favorável. No ano seguinte o artista expôs no mesmo local sua escultura Eva, que fora apresentada em sua mostra italiana; a prefeitura de São Paulo adquiriu a obra do artista. Brecheret foi descoberto pelo futuro grupo dos modernistas (1920), do qual participaram Oswald de Andrade, Emiliano Di Cavalcanti, Menotti del Picchia e Helios Selinger, tornando-se um dos inspiradores do movimento. O artista foi premiado com o Pensionato do Governo do Estado de São Paulo, que permitiu-lhe estudar cinco anos na Europa. Brecheret partiu para Paris devido ao prêmio, deixando com os organizadores da Semana de 22 as obras que participaram, inclusive seu polêmico Cristo com trançinhas, que depois Mário de Andrade (1880-1945) adquiriu para sua coleção, hoje no acervo do IEB - Instituto de Estudos Brasileiros, na USP. Brecheret conheceu em Paris a obra do romeno Constantin Brancusi (1876-1957), que o influenciou; ele participou da sala intitulada Templo da Minha Raça, no Salão de Outono (Paris, 1923). O Museu Jeu de Paume adquiriu grupo esculpido em granito de Brecheret, condecorado pelo governo francês com a Legião de Honra. Brecheret regressou definitivamente ao Brasil (1937); suas esculturas participaram dos Salões de Maio em São Paulo, do I (1937); do II (1938) e do III (1939). Somente então o artista iniciou a execução de seu projeto do Monumento às Bandeiras, inaugurado, não sem grande polêmica, no IV Centenário da Cidade de São Paulo (1954). Brecheret participou da I Exposição da SPAM - Sociedade Pró-Arte Moderna (São Paulo 1933); recebeu o prêmio de melhor escultor nacional na I Bienal Internacional de São Paulo, no Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1951). O artista foi homenageado com sala especial na IV Bienal de São Paulo (1957). As esculturas de Brecheret foram incluídas na mostra Arte Moderna no Brasil, itinerante por Buenos Aires e Rosário, Santiago e Lima (Argentina, Chile e Peru, 1957); a sua importante retrospectiva ocorreu no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Álvares Penteado (1969). As obras de Brecheret encontram-se nos mais importantes museus brasileiros, como o Museu de Arte Assis Chateaubriand e no MAC - USP, onde estão suas Três Graças (c. 1930, terracota, 106 cm x 42 cm x 50 cm); Mãe Índia (c. 1948, terracota, 43,5 cm x 12,2 cm x 14 cm); Luta de índios Galápagos (1951, terracota, 85 cm x 185 cm x 31 cm); e Índio Suassapara (1951, bronze, 79,5 cm x 101,8 cm x 47,6 cm), reproduzida (Grove, 2000). O artista possui obras em diversas coleções particulares e seu belíssimo Monumento ás Bandeiras, talhado à mão em granito cinza, tornou-se marco na paisagem paulista, situado na entrada do Parque do Ibirapuera, um dos locais privilegiados e agradáveis da cidade de São Paulo. A belíssima escultura de Brecheret, em mármore bege leitoso italiano, Don Cósimo (72,5 cm x 35 cm x 14 cm) foi apresentada na mostra da Coleção Fadel, no CCBB (Rio de Janeiro, 2002). AMARAL, A., op. cit., p. 227 BARBOSA, (1993), p. 64. TURNER & GROVE, (2000), p. 129.

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