sexta-feira, 2 de outubro de 2015

1938-1940-GRUPO (ITALIANO) CORRENTE [CORRENTE] OU BOTTEGA DE CORRENTE (Milão).

GRUPO (ITALIANO) CORRENTE [CORRENTE] OU BOTTEGA DE CORRENTE (Milão, 1938-1940). Destaques BIROLLI, Renato e Emilio VEDOVA, Giuseppe SANTOMASO e Alígi SASSU. O Grupo Corrente surgiu do Grupo (Italiano) dos Seis de Turim [Sei di Torino] (v.) e da revitalização das artes italianas, por este outro grupo que também adotou a posição Anti-Fascista. O movimento constituiu a verdadeira frente da arte das vanguardas italianas, que lutou com engajamento ideológico contra a arte oficial do regime ditatorial fascista. Os artistas do Corrente buscavam a abstração de alcance internacional e foram reunidos em torno do crítico de arte Giulio Carlo Argan. Desse grupo participou um grande contingente de artistas vindos de várias regiões da Itália, como Afro (Udine – Zurique, 1912-1976), Arnaldo Badodi (Milão, 1913-1942), Renato Birolli (Verona-Milão, 1906-1959), Corrado Cagli (Ancona-Roma, 1910-1976), Bruno Casinari (Piacenza-Milão, 1912-1992), Felice Casorati (Turim-Milão, 1883-1963), Michelangelo Conte (1913-1987), Antonio Corpora (Turim-Roma, 1909-2004), Nino Franchina (1912-1987), Renato Guttuso (Bagheria-Roma, 1912-1987), Mario Mafai (Roma-Milão, 1902-1965), Giacomo Manzú (Turim-Milão, 1908-1991), Giovanni Menzio, Giuseppe Migneco (Messina-Milão, 1908-1997), Mattia Moreni (Pavia-Turim-Milão, 1920-1999), Ennio Morlotti (Lecca-Milão, 1910-1992), Gabriele Mucchi (1899-2002), Enrico Paolucci (Turim-Milão, 1901-1999; v. Grupo (Italiano) dos Seis de Turim), Cesare Peverelli (1922-2000), Giuseppe Santomaso (Veneza-Milão, 1907-1980), Aligi Sassu (Milão, 1912-), Fiorenzo Tomea (Roma, 1910-1960), Giulio Turcato (Mântua-Milão, 1912-1995), Ítalo Valenti (Milão, 1912-1995) e Alberto Viani (1906-1989), entre outros. Os vanguardistas publicaram a revista Corrente (março – dezembro, 1939), depois que fundaram a Editora Corrente (1938 – junho, 1940), que publicou vários livros dos artistas, que fundaram a Galeria de Arte Bottega de Corrente. O grupo organizou duas mostras coletivas (Milão, março – dezembro, 1939). Todos os empreendimentos do grupo foram fechados pela ditadura fascista, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Participaram do grupo Corrente os filósofos Anceschi, De Grada, Gantonio, Fromaggio, Pacci, Preti, todos discípulos de Antonio Bafi. Participaram também do grupo Emilio Vedova (Veneza-Milão, 1919-1995), professor do artista italiano que emigrou para o Brasil e se tornou professor das vanguardas brasileiras em São Paulo, Domenico Lazzarini (1920-1987). Esse grupo. que lutou contra a corrente fascista que dominava a arte italiana do período entre guerras mundiais (1919-1939), expôs suas obras nas mostras das quais participaram Bruno Casinari, Arnaldo Badadi, Renato Birolli, Ennio Morlotti, Fiorenzo Tomea, Domenico Cantatore, Mário Maffai, Gabrielle Mucchi, Giuseppe Santomaso e Emilio Vedova (v. revistas Corrente e Corrente di Vita). A arte de grande parte dos artistas do Grupo Corrente foi apresentada no Brasil, com texto no catálogo de Giovanni Ponti, na época presidente da Bienal de Veneza, na Sala Geral Italiana da II Bienal Internacional, realizada no MAM (São Paulo, 1953). Foram expostas pinturas de Afro (Basaldella), Renato Birolli, Felice Casorati, Bruno Cassinari, Mino Maccari (1898-), Mário Mafai, Mattia Moreni, Ennio Morlotti, Enrico Paulucci, Ottone Rosai (1895-), Bruno Saetti (1902-), Giuseppe Santomaso, Mário Sironi (1885-1961), Attanasio Soldatti (1887-1953) e Emilio Vedova (1919-1995). Na mesma sala apresentaram esculturas Agenori Fabbri (1911-2000), Pericle Fazzini (1913-1987), Marino Marini (1901-1980), Marcello Mascherini (1906-1983) e Alberto Viani (1906-1989), além dos desenhos de Francesco Carnevali (1892-), Fabrizio Clerici (1913-1993), Alberto Gerardi (1889-1965), Marino Marini (1901-1980), Luigi Spazzapan (1890-1958), Ernesto Treccani (1920-2009) e Leonor Fini (1908-1996). E, enviaram obras nas técnicas de Gravura Nunzio Gulino (1920-), Paolo Manaresi (1908-), Giorgio Morandi (1890-1964), Nunzio Schiavarello (1918-), Luigi Spacal (1907-2000) e Pompeo Vecchiati (1911-). REFERÊNCIA SELECIONADA: CATÁLOGO GERAL. II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo: EDIAM, 1ª ed., dezembro 1953, p. 172.

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