terça-feira, 20 de outubro de 2015

1867-1872 GRUPO DOS MANCHISTAS OU GRUPO (FLORENTINO) DOS PINTORES DE MANCHAS [MACCHIAIOLLI] [Macchia = mancha] (Florença, Itália),

1867-1872 GRUPO DOS MANCHISTAS OU GRUPO (FLORENTINO) DOS PINTORES DE MANCHAS [MACCHIAIOLLI] [Macchia = mancha] (Florença, Itália), Destaques; FATTORI, Giovanni e Silvestro LEGA. Na segunda metade do século XIX, o Grupo dos Pintores de Manchas [Macchiaiolli], foi o mais importante da nascente vanguarda italiana. Participaram desse grupo os pintores que desejavam se libertar do Academicismo, buscando novas maneiras de se expressar na arte. No início das atividades do Grupo dos Manchistas, o significado da mancha [macchia] nas suas pinturas marcava o retorno ao Realismo. O movimento do Grupo dos Pintores de Manchas se desenvolveu com a dita, Escola Pergentina [Scuola Pergentina](v.) quando os artistas amadureceram o novo estilo e alcançaram novo modo de se expressarerm (c. 1862-1867). Os Pintores de Manchas tinham origens diversas, vieram de diversas regiões do país: eles costumavam se reunir no Caffé Michelangelo (Florença). Telemaco Signorini (1835-1901) escreveu e publicou a história do movimento no livro Caricaturistas e Caracturizados do Café Michelangelo (1867). O Grupo manchista foi influenciado pela pintura do francês Edgar Degas, que passou quatro anos na Itália, quando viveu prolongado período com sua tia, a Condessa Laura Belleli, residente em Florença; e com seu pai, residente em Nápoles. Degas conheceu, influenciou e foi influenciado por vários artistas desse grupo das vanguardas italianas, cuja pintura foi a mais próxima da estética do Impressionismo na França. Entre os artistas plásticos que a crítica de arte italiana incluiu na categoria manchista se encontram os nomes como do pintor e escultor Adriano Cecioni (1836-1886), que, juntamente com Giovanni Costa ( , Serafino de Tivoli (1826-1892) e Telemaco Signorini (1835-1901), passou temporada em Paris onde recebeu a influencia direta de artistas franceses. Quando os artistas do Grupo dos Pintores de Manchas visitaram Paris, entraram em contacto com as pinturas do Grupo da Escola de Barbizon [École de Barbizon] (v.), destacadas na Exposição Universal (1855). Os artistas conheceram as obras e teorias do Realista (Verista) Gustave Courbet, que montou o dito, Pavilhão Realista do lado de fora dessa mostra, quando distribuiu o texto que ele escreveu, de grande repercussão entre os artistas europeus. No grupo dos Manchistas Lega foi o pintor mais rigoroso; outros, como Cecioni e Signorini, foram mais reflexivos, críticos, teóricos e propagandistas do movimento. A pintura de Signorini foi analítica; diferente de Lega o artista pintava sem ultrapassar o real na sua arte, apresentando nas obras sentido construtivo, enérgico. Os quadros mais conhecidos de Signorini foram A Sala das Loucas, A Penitenciária de Portoferraio, além da pintura intimista Toilete Matinal, lembrando a temática dos Impressionistas franceses. Signorini, depois que se libertou do Academicismo, passou a freqüentar o Caffé di Via Larga (Veneza), onde ele contatou artistas toscanos e venezianos que o influenciaram. Entre os mais importantes participantes do Grupo dos Pintores de Manchas [Macchiaiolli], os napolitanos Savério Altamura (1822-1897), Domenico Morelli (1826-1901), Giuseppe Polizzi e o toscano Serafino de Tivoli Giovanni Costa . Entre os pintores mais destacados Giuseppe Abbati (1836-1868) e Giovanni Fattori (1821-1908): entre os mais importantes artistas associados Vito D'Ancona , Giovanni Boldini (1842-1931), Odoardo Borrani , Giovanni Bortolenna , Vicenzo Cabianca , Silvestro Lega e Rafaello Sernesi ( (v. o Grupo (Lombardo) do Impressionismo Italiano (Lombardia.c. 1874-1885); v. o Grupo (Milanês) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Milanês) do Oitocento, ou o Grupo da Scapigliatura Milanesi (Milão, c. 1848-1898); v. o Grupo (Napolitano) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Italiano) da Escola Napolitana, ou da Escola de Resina ou da República de Portici (Portici, na região próxima a Nápoles, Itália, c. 1864-); v. o Grupo (Toscano) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Italiano) da Escola Toscana, ou da Escola Pergentina ou da Stanze dei Risorti (Pergentina, região Toscana, próxima a Veneza, norte da Itália, c. 1862-); v. o Grupo (Napolitano) do Impressionismo Italiano ou Grupo (Italiano) do Impressionismo da Escola de Paisagem ou da Escola de Staggia (Staggia, cidade da Província de Siena ao norte da Itália, c. 1854-); ALBINI, C. Les Arts Plastiques en Italie, de 1860 a 1943. Traduction de Maria Brandon-Albini. Paris: Ed. Entente, 1943, pp. 31-34,53-66. DINO, P.; BORGIOTTI, M. (Introd.) Movimenti Pittorici Italiani dell' Ottocento. Milano: Alfieri & Lacroix, 1966, pp. 05-15.

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