terça-feira, 4 de junho de 2013

HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.1918-1923-GRUPOS DO DADAÍSMO EUROPEU E AMERICANO (1918-1923)

 

DADAÍSMO EUROPEU: BERLINENSE (1918-1920).



O artista John Heartfield (Helmut Franz Joseph Herzfeld, 1891-1968), tornou-se amigo próximo de George Grosz (1893-1959), que também mudou o nome (anteriormente, Georg Gross); eles formaram o cerne do movimento Dadaísta berlinense. Os artistas associados ao Dadaísmo Berlinense, como grande parte dos intelectuais alemães da época, filiaram-se ao recém-fundado PC/ Partido Comunista (1918-). Dez anos depois filiaram-se ao Grupo da Associação Alemã dos Artistas Proletários e Revolucionários [ASSO] (v.), ramificação da frente cultural do PC (Dresden,1928-1933). Nessa cidade, Rudolf Schliter, fundador Grupo Alemão RIH, conheceu George Grosz e se associou ao Dadaísmo Berlinense, do qual participou Raoul Haussmann (1886-1971), Hannah Höch (1889-1978), Johannes Baader (1875-1956), Johannes Theodor Baargeld (1895-1927), Erwin Blumenfeld (18xx-19xx), Richard Huselsenbeck (1892-1974), Rudolf Schliter (1890-1955), Otto Schmalhauser (Dadá Diplomático), Paul Citröen, Viking Eggeling, Wieland Herzfeld (1896-1988), e Tom Herzfeld, irmãos de John Heartfield (1891-1968), proprietários da Editôra Malik [Malik-Verlag] (v.), bem como os escritores e editores Walter Mehring (1896-), Walter Serner (1889-1943), Franz Jung (1888-1963); e Artur Segal, entre outros. Todos se associaram informalmente.

Desde o lançamento do primeiro Manifesto Dadaísta, de autoria de Richard Huelsenbeck (jan., 1918), que veio diretamente do movimento do Cabaré Voltaire (Zurique, 1916-), esse grupo encontrava-se em formação c. de dois anos antes da eclosão do Dadaísmo berlinense. Os artistas citados, que voltaram-se para a publicação de revistas panfletárias, tornaram-se ativos participantes do Dadaísmo alemão (1918-1920).
 
Logo após a deposição dos Hohenzolern e a ascensão do Partido Social Democrata ao poder, Heartfield, bem como outros artistas do grupo, aderiram ao recém-fundado PC/ Partido Comunista (1918). Nesses tempos conturbados, a fase da política alemã ficou marcada pela derrota do país na I Guerra Mundial. Foram lançados inúmeros Manifestos Dadaístas, em Berlim.

Obras do grupo participaram da 1a Feira Internacional DADÁ [I Internationale DADA Messe], organizada por Raoul Hausmann com G. Grosz e J. Heartfield, realizada na Galeria Otto Burchard, mais conhecida como a Galeria Dadá (Berlim, 1920). Schliter, juntamente com Heartfield, foram autores da obra O Arcanjo Prussiano: os artistas vestiram manequim inflável com o uniforme das forças especiais alemãs (SS) e colocaram no mesmo máscara de cabeça de porco. A escultura inflada pairava no teto da galeria, conforme mostra a fotografia da inauguração da exposição, que se encontra reproduzida (GIBSON, 1991). O evento gerou processo judicial para os artistas, condenados a pagar multa (maio, 1921); mas o dono da galeria ficou alguns meses preso. O incidente encerrou o Dadaísmo berlinense, mas não representou o final das inúmeras publicações, na maioria associadas ao movimento.

Sergey Eisenstein, que lançou seu manifesto A Montagem das Atrações (Moscou, 1918), voltado para o teatro, ficou com suas montagens cinematográficas associadas ao Dadaísmo de George Grosz, que ele citou nominalmente (1923) e às Fotomontagens de Heartfield. Desde que realizou-se a Exposição Internacional de Arte Russa, na Galeria Van Diemenn (Berlim, 1922), a cultura das vanguardas soviéticas tornou-se intrínsecamente associada ao movimento cultural Dadaísta berlinense.

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
 
 
CATÁLOGO. ADES, D. Dada and Surrealism Reviewed. Introduction by David Syilvester and supplementary essay by Elizabetn Cowling. London: the Authors and the Art Council of Great Britain, Hayward Galleries, 1978. 475p.: il., pp. 79-86, 88, 103.

BIRO, A.; PASSERON, R.Dictionaire Général du Surréalisme et ses environs. Fribourg: Office du livre - Presses Universitaires de France, 1982, p. 16.
 
 

BREUILLE, J-P. Dictionnaire de la peinture et de sculpture : l'art du XXe siècle. Sous la direction de Jean-Philippe Breuille. Paris: Lib, Larousse, 1991. 777p.: il., retrs.,, pp. 290-291.      (Dictionnaires specialisés).

 
BRITT, D.; MACKINTOSH, A.; NASH, J. M.; ADES, D.; EVERITT, A; WILSON, S.; LIVINSGSTONE, M. Modern Art: from Impressionism to Post-Modernism. London: Thames and Hudson, 1989, 416p.: il., p. 222.

FABRIS, A. Photomontage as political function. São Paulo: 2003, pp. 11-57.

 
GIBSON, M. Duchamp Dada. Paris: N. E. F. Casterman, 1991. 263p.: il., pp. 84-93, 111.

 
PIERRE, J. El futurismo y el dadaísmo. Madrid: Aguilar, 1968,pp. 172-173.

 
TESCH, J.; HOLLMANN, J. Icons of Art: the 20th Century. New York: Ekhardt Hollman, Prestel, 1997. 216p.: il., pp. 87, 88.
 
  

HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.

DADAÍSMO EUROPEU: BASILÉIA (Suíça, 1919-1921).

Destaques: ERNST, Max, Viking EGGELING, Hans RICHTER, Hans ARP, Sophie ARP, Marcel JANCO, Augusto GIACOMETTI, Otto FREUNDLICHT, Johannes Theodor BAARGELD; v. a Associação dos Artistas Radicais da Basileía (Basiléia, Suíça, 1919-1921).
 
 

HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.

DADAÍSMO EUROPEU: COLÔNIA (Alemanha, 1918-1919).

 
Dadaìsmo em Colônia foi de curta duração, mas apresentou execelentes atuações, pois nele atuaram em conjunto duas das maiores e mais originais presenças no movimento: a do suiço, posteriormente naturalizado francês, Hans Arp e a do alemão, posteriormente naturalizado americano, Max Ernst. Colaborou o filho de banqueiro Johannes Baargeld (Alfred Gruenwald), ativista político e único membro fundador do Partido Livre Germânico, que patrocinou a primeira revista publicada em Colônia, Der Ventilator [O Ventilador], de pronunciada orientação marxista (ADES, et. al., 1987: 103). V. o Grupo da Associação dos Artistas Revolucionários de Colônia (Alemanha, 1918-1919).
 


REFERÊNCIA SELECIONADA:


CATÁLOGO. ADES, D. Dada and Surrealism Reviewed. Introduction by David Syilvester and supplementary essay by Elizabetn Cowling. London: the Authors and the Art Council of Great Britain, Hayward Galleries, 1978,475p.: il., pp. 103-110.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário