quarta-feira, 12 de junho de 2013



 
 
HISTÓRIA DAS PERFORMANCES NO SÉCULO XX.
GRUPO (INTERNACIONAL DA) ASSOCIAÇÃO (DOS) ARTISTAS REVOLUCIONÁRIOS DE COLÔNIA (Colônia, 1919-1921).



A Revolução Alemã renovou as artes: por todo o país brotaram associações de artistas brandindo sua bandeira libertária e patriótica. O fervor revolucionário espalhou-se por Carlsruhe, Darmstadt, Halle, Hamburgo, Hanover e Berlim. Esta fogueira ardeu e logo se apagou: os artistas gritaram seus apelos, mas isto foi tudo que conseguiram. A fervente atividade logo cessou e poucas associações de artistas prosseguiram com suas atividades.


 

 
Os artistas Hans Arp, Johannes Baargeld, Max Ernst e Marcel Janco vinham de Zurique, onde tinham participado do Dadaísmo na cidade, e se associaram a outros artistas para fundarem a Associação dos Artistas Revolucionários de Colônia. Esta foi mais uma entre as inúmeras associações de artistas que surgiram nessa época por toda a Alermanha. Os artistas reunidos lançaram manifesto (11 abr., 1919); assinaram o documento Hans Arp (1886-1966) e Sophie Taueber (depois, Arp, 1889-1943), Fritz Baumann (1896-1942), Viking Eggeling (1880-1925), Max Ernst (1891-1976), Alberto Giacometti (1901-1966), Emmy Hennings (1885-1948), Marcel Janco (1895-1984) e Hans Richter (1888-1976). Participaram do grupo, além dos citados, Augusto Giacometti (1877-1947), Otto Freundlicht (1878-1943), Angelika Hoerle (1899-1923) e Heinrich Hoerle (1895-1936), entre outros.




 
Em Colônia os artistas iniciaram a publicação de revistas: entre seus colaboradores Alberto Giacometti, pintor suíço até então pertencenteà corrente Expressionista, que se popularizou durante o periodo Dadaísta em Zurique. Nesta fase, Giacometti colaborou com as publicações de cunho politico radical, revistas que foram distribuidas nas portas de fabricas e locais de reuniões operárias e populares. As publicações lutaram contra o crescente militarismo germânico; foram animadas por Johannes Theodor Baargeld, amigo de Hans Arp, que provavelmente as patrocinou (v. abaixo, Revistas Alemãs: Dadaístas & Outras; v. Revistas Dadaístas Publicadas Internacionalmente; e v. Editora Malik).





 
Max Ernst publicou o álbum com oito litografias, encomenda da cidade de Colônia, intitulado Fiat Modes (1919). Ernst foi o primeiro artista da Associação dos Artistas Revolucionários de Colônia, também participante da Associação dos Artistas Radicais da Basiléia (Suíça, 1919-1921; v.), que expôs suas obras em Paris, convidado por André Breton, mentor do futuro Grupo (Internacional) do Surrealismo (Paris, 1924-1966). Algumas dessas obras foram feitas em conjunto com Hans Arp, as Colagens intituladas Fatagaga/ Fabricação de Quadros Gazométricos Garantidos [Fatagaga/ Fabrication de Tableaux Garantis Gazometriques]. Antes de participar do Dadaísmo em Zurique (v.), Hans Arp fundou anteriormente, com Walter Helbig (1878-1968). Albert Jacques A. Welti (1894-1965) e Oscar Wilhelm Lüthy (1882-1945) o Grupo (Suíço) da Federação Moderna (Der Moderne Bund, Weggis, Suíça, 1911-1913; v.). Quase todo o grupo da Associação dos Artistas Revolucionários de Colônia se transferiu para o Dadaísmo na Basiléia, onde fundaram a Associação dos Artistas Radicais da Basiléia (Suíça, 1919-1921; v.).





REFERÊNCIAS SELECIONADAS:



BARR, A. Cubism and Abstract Art. Cambridge: Harvard University Press, The Belknap Press, 1936. 1986, p. 07.


 
CATÁLOGO. ADES, D. Dada and Surrealism Reviewed. David Sylvester, Elizabeth Cowling (Essays). London: Arts Council of Great Britain, 1978, pp. p.  207.

 
DICIONÁRIO. SEUPHOR, M. Dictionaire de la peinture abstraite: precédé d´une histoire de la peinture. Paris: Fernand Hazam, 1957. 305p.: il., pp. 11, 122.
 

GIBSON, M. Duchamp Dada. Paris: N. E. F. Casterman, 1991. 263p.: il., pp. 37-49, 251-253.


NÉRET, G. 30 ans d'art moderne: peintres et sculpteurs. Fribourg: Office du livre, 1988. 248p.: il., pp. 213, 215, 216, 228.


PIERRE, J. El futurismo y el dadaísmo. Madrid: Aguilar, 1968, pp. 147.


RAGON, M..Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., p. 49.

 
RICHTER, H. HAUPTMANN, W. (Post-Scriptum). Dada art & anti-art. Cologne: Du Mont Shauberg, 1964. 1965. 246p.: il., pp. 33-49.

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